No primeiro jogo oficial da temporada do Marítimo, a equipa de Daniel Ramos deslocou-se até à Bulgária para defrontar o Botev Plovdiv, equipa que surpreendera a Europa ao golear o Beitar Jerusalém. Na primeira-mão da 3ª pré-eliminatória da Liga Europa viu-se um jogo duas equipas a arriscar pouco. A preocupação maior passava por não sofrer golos, de parte a parte, num relvado muito mal tratado, algo que não ajudou em nada à qualidade do espetáculo.
O Marítimo começou melhor a partida com alguns lances junto da baliza de Cvorovic. A equipa madeirense conseguia chegar, aos poucos, perto da baliza da equipa búlgara mas acabava por falhar o último passe, a definição dos lances. Com o desenrolar da partida, o jogo foi-se tornando mais equilibrado e mais disputado a meio-campo. Num autêntico duelo de virilidade entre as duas equipas, viram-se muitas faltas, a meio da segunda parte, com o espetáculo a ficar em segundo plano.
Até ao final da primeira parte viu-se duas equipas muito equilibradas, bem taticamente mas sem que houvesse uma equipa a superiorizar-se à outra. Apesar disso, notava-se o esforço na equipa de Daniel Ramos em jogar com as linhas subidas, algo que nem sempre aconteceu.
Na segunda-parte, de novo muita indefinição nos primeiros minutos até ao lance de Fernando. O brasileiro teve nos pés a melhor oportunidade de golo na partida mas acabou por desperdiçar para alívio dos adeptos maritimistas. Nos minutos seguintes, o Marítimo despertou para o jogo mas de novo a ter algumas dificuldades na definição dos lances e a fazer-se valer, sobretudo, das jogadas individuais dos seus jogadores. A equipa portuguesa conseguia, a custo, criar alguns lances para faturar mas acabou sempre por falhar no momento de pôr a redondinha na baliza adversária. Enquanto isso, o Botev Plovdiv tentava criar perigo, sem grande sucesso perante um Marítimo que demonstrava ter jogadores superiores tecnicamente.
O último quarto de hora voltou a trazer indefinição à partida. Nesta fase, as duas equipas arriscavam ainda menos e faziam-se valer, sobretudo, de lances de bola parada. Já toda a gente previa o desfecho final da partida, com o nulo a prevalecer entre as duas equipas.
O Marítimo acaba por alcançar um empate sem golos sofridos mas fica obrigado a vencer em casa a segunda-mão. Fica a ideia de que se o Marítimo arriscasse um pouco teria conseguido levar para casa a vitória. Faltou um bocadinho assim para a equipa madeirense ter chegado à vitória. Mas, enquanto há vida, há esperança e este Marítimo já demonstrou ter tarimba para os jogos no difícil “Caldeirão” dos Barreiros.