Rio Ave FC 4-4 Jagiellonia Bialystok SSA: Parceria Dala-Galeno insuficiente para tantos erros defensivos

    Uma semana depois do jogo na Polónia, Rio Ave FC e Jagiellonia Bialystok SSA voltaram a encontrar-se para decidir a passagem à 3.ª pré-eliminatória da Liga Europa. Para a segunda mão no estádio dos Arcos apenas o treinador português procedeu a alterações; Nadjack entrou para o lugar de Borevkovic e Bruno Moreira rendeu Diego Lopes. Do lado dos polacos, não houve qualquer mexida.

    Se a partida de Bialystok começou da pior forma para os vilacondenses, o jogo desta noite não lhe ficou atrás; como consequência de uma entrada enérgica e pressionante dos polacos, logo aos seis minutos, Cillian Sheridan desvia a bola de Makaridze após cruzamento da direita e aumenta a vantagem na eliminatória. A história repetia-se e, cada vez mais longe do apuramento, cabia ao Rio Ave FC assumir a partida e justificar a superioridade teórica que lhe era atribuída.

    Desde então e até ao intervalo assistiu-se ao domínio vilacondense, com raras e geralmente inofensivas aproximações polacas à baliza de Makaridze. Mais uma vez, era Wenderson Galeno quem puxava pela equipa de Vila do Conde e a agarrava à eliminatória. A parceria com Gelson Dala funcionou com interessante sucesso e antes da meia hora de jogo (27′), após um excelente passe do angolano a rasgar a linha defensiva do adversário, Galeno só teve de colocar a bola no poste mais distante e recolocar o Rio Ave FC na partida.

    O ascendente da equipa portuguesa materializou-se na vantagem merecida quando no tempo de compensação da primeira parte, aos 45’+2′, e após uma jogada de insistência, Galeno recupera a bola, sofre falta e cobra exemplarmente o livre à entrada da área. A bola entrou forte e colocada pelo lado do guarda redes e dava, pela primeira vez, vantagem ao Rio Ave FC na partida.

    Com apenas 12 minutos em campo, Martin Pospísil apontou o 3-3
    Fonte: Jagiellonia Bialystok SSA

    Os apontamentos evidentes da primeira parte davam conta de uma elevada eficácia polaca e do seu contrário na equipa portuguesa.

    O segundo tempo começou como terminou o primeiro, com o Rio Ave FC a assumir o jogo e a remeter o Jagiellonia Bialystok SSA para a sua metade do terreno de jogo. No entanto, e à semelhança do que já tinha acontecido, eram os polacos a chegar primeiro ao golo. Após uma jogada em que os jogadores da casa ficam a pedir fora de jogo, a bola é bombeada para a área e entre a falha da defensiva vilacondense e a hesitação de Makaridze, Romanczuk encostou para novo empate.

    Apesar de tudo, sentia-se que o Rio Ave FC seria capaz de marcar dois golos e não sofrer mais nenhum. Juntando a falha do segundo golo ao da primeira mão, era inconcebível que a equipa cometesse mais erros graves.

    E com esse sentimento de que a eliminatória ainda não estava perdida, os visitados chegam novamente à vantagem na partida. Após um remate defendido na sequência de um canto, Gelson Dala, emprestado pelo Sporting CP, efetua a recarga de cabeça e confirma o facto de haver tanta esperança e confiança no apuramento.

    No entanto, esta foi uma noite para esquecer. A partir daqui o domínio acentuado deu lugar a um jogo mais dividido. Os polacos, que já aproveitavam para desperdiçar alguns segundos nas reposições de bola, conseguiam cada vez mais aproximações perigosas à área contrária e o Rio Ave FC desperdiçava a posse da bola em posições indesejáveis.

    Não foi de estranhar, por isso, que em apenas oito minutos o marcador sofresse uma reviravolta completa. Aos 71′, e com pouco mais de 10 minutos em campo, Popísil, dentro da área, sem qualquer marcação, remata com a parte de fora do pé e bate novamente o guarda redes georgiano. Oito minutos depois, através de um canto na direita do ataque, o capitão Romanczuk cabeceia para a baliza e alcança, assim, o bis na partida.

    Jogando apenas com o coração, e com a razão afastada há longos momentos, os da casa acabam por empatar a partida. Numa recuperação à entrada da sua área aos 84 minutos, Galeno teve ainda forças para disparar pelo lado esquerdo e servir Damien Furtado, ao centro, que rematou cruzado e selou o resultado final.

    A equipa portuguesa só se pode queixar de si própria, tendo sido capaz do melhor e do pior na mesma partida, como erros sucessivos e recuperações personalizadas. O resultado pode parecer pesado tendo em conta que se trata de uma eliminatória europeia, assemelhando-se mesmo a uma partida de hóquei em patins.

    Não é qualquer equipa que não alcança o apuramento depois de sofrer apenas um golo fora e conseguir marcar quatro em casa. Compreende-se, no entanto, que a fase inicial da época é propícia a maiores desatenções defensivas, à falta de rotinas e ao baixo nível de entrosamento.

    Onzes iniciais:

    Rio Ave FC: Makaridze; Nadjack, Nélson Monte, Buatu, Matheus; Tarantini (Nikola Jambor, 69′), Leandrinho (Ricardo Schutte, 89′) e Gelson Dala; Galeno, Gabrielzinho (Damien Furtado, 80′) e Bruno Moreira.

    Jagiellonia Bialstok SSA: Keleman; Burliga, Runje, Mitrovic e Guilherme Sitya; Romanczuk, Kwiecien (Swiderski, 75′), Frankowski e Novikovas (Rafal Grzyb, 86′); Machaj (Pospisil, 60′) e Sheridan.

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    Diogo Pires Gonçalves
    Diogo Pires Gonçalveshttp://www.bolanarede.pt
    O Diogo ama futebol. Desde criança que se interessa por este mundo e ouve as clássicas reclamações de mãe: «Até parece que o futebol te alimenta!». Já chegou atrasado a todo o lado mas nunca a um treino. O seu interesse prolonga-se até ao ténis mas é o FC Porto que prende toda a sua atenção. Adepto incondicional, crítico quando necessário mas sempre lado a lado.                                                                                                                                                 O Diogo escreve ao abrigo do novo Acordo Ortográfico.