AS Monaco: Podem os príncipes tornar-se reis?

    Um bom ataque é uma caraterística presente na grande parte dos campeões de qualquer competição, daí ser compreensível que se acredite num Mónaco forte na luta pelo título até à fase derradeira da Liga, e também que se inicie a cimentação de uma estrutura firme onde assenta o sonho monegasco de levantar a taça no final da época, tirando-a assim aos ao seu atual detentor, para o bem da competitividade da liga e do interesse que esta desperta nos apaixonados pelo desporto rei.

    Falando do ataque desta equipa, não devemos desprezar aqueles que iniciam esses mesmos ataques que tantos frutos têm dado à equipa de Jardim. A defesa do Mónaco começa, desde trás, com a experiência e segurança de Subašić, no clube desde a época 2011/2012, complementada por uma defesa também sólida comandada por Glik na maior parte dos jogos.

    Há ainda a realçar a força da juventude na qual o técnico português tem apostado, sendo as principais figuras desta jogadores com o nosso tão bem conhecido Bernardo Silva, cujo golo marcado ao Paris Saint-Germain na última jornada, que selou o empate na partida, permitiu à equipa manter-se no primeiro ligar, também o avançado Mbappé e os médios Lemar e Fabinho, que também atua como defesa, e o lateral Mendy.

    Não obstante, e sendo já sabido que a experiência dos jogadores pode ser fundamental para manter uma equipa firme numa luta como a em que o Mónaco se insere, fazem parte do seu plantel também nomes como o de Falcao, habituado já a grandes conquistas, que tem sido um dos grandes pilares da campanha do clube, João Moutinho ou Raggi, todos já com uma vasta experiência em alguns dos grandes clubes do velho continente.

    Bernardo Silva e Falcao têm-se apresentado em grande forma Fonte: AS Monaco
    Bernardo Silva e Falcao têm-se apresentado em grande forma
    Fonte: AS Monaco

    Por tudo isto, e como está à vista de todos, o AS Mónaco apresenta, na minha opinião, aquele que é o plantel mais equilibrado da Ligue 1, sem vedetas como os rivais de Paris, mas com o nível certo de vaidade nos seus jogadores, nas suas carreiras e no futebol que têm praticado, futebol esse que se baseia naquela que parece ser a forma mais sustentada de olhar um jogo de futebol, com a dose certa de virtuosismo para chegar com eficácia à baliza adversária e com a dose certa também de segurança e confiança para cortar pela raiz o maior número possível de ataques dos opositores. O mérito é não só dos jogadores, mas também, e muito, de Leonardo Jardim. Habituou-nos a ver as suas equipas sempre com qualidade de jogo, mas faltava-lhe talvez o que está a ter agora em França –  ordens para construir uma equipa à sua imagem e com as mesmas ambições que as suas.

    Neste momento, a equipa respira confiança e mostra-se cada vez mais crente naquele que poderá ser o primeiro título de campeão desde 99/00 e o oitavo da história do clube. Com eles vão também os adeptos acreditando cada vez mais que em maio poderão fazer a festa que tanto anseiam fazer, estando assim em harmonia com os jogadores e treinador, o que torna tudo mais fácil dentro de campo.

    O sonho comanda os jovens e a razão comanda os mais velhos, mas nesta equipa os jovens têm também a razão em si e os mais velhos sonham em conquistar títulos com este emblema ao peito. A corrida ainda vai quase a meio, por isso, resta a estes jogadores, equipa técnica e adeptos continuar a sonhar e a apoiar a causa porque sempre lutaram. Todos juntos poderão ver o seu esforço ser recompensado e, se assim continuarem, será bem merecido.

    Foto de capa:

    Artigo revisto por: Francisca Carvalho

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    Nuno Couto
    Nuno Coutohttp://www.bolanarede.pt
    Nascido no seio de uma família portista, o Nuno não podia deixar de seguir o legado e faz questão de ser um membro ativo na ação de apoiar o seu clube, sendo presença habitual no Estádio do Dragão, inserido na claque Super Dragões. Para ele, o futebol é quase uma terapia, visto que quando está a assistir a algum jogo se esquece de todos as preocupações. Foi futebolista federado, mas acabou por entender que o seu papel era fora das quatro linhas, e também para seguir os estudos em Novas Tecnologias da Comunicação.                                                                                                                                                 O Nuno escreve ao abrigo do novo Acordo Ortográfico.