O regresso do príncipe do futebol português

    André Villas-Boas foi anunciado esta semana como novo timoneiro do histórico Olympique de Marseille. É assim um regresso ao ativo de um dos melhores treinadores portugueses da última década, depois de ano e meio sem trabalhar, após o vice-campeonato chinês ao serviço do Shangai SIPG.

    Com uma cotação de mercado tremenda, o técnico português, com apenas nove épocas de treinador principal, já tem no currículo uma Supertaça Portuguesa, uma Taça de Portugal, uma Liga Portuguesa, uma Taça de Inglaterra, uma Supertaça, Taça e Liga Russas, bem como já arrecadou os dois títulos mais importantes do futebol europeu: uma Liga Europa e uma Liga dos Campeões. Este palmarés não engana e deixa evidente a qualidade e talento de Villas-Boas.

    O Olympique Marseille vai ser um dos maiores desafios da carreira do técnico. Com uma massa adepta enorme e exigente, com um plantel em reestruturação e com uma seca de títulos que aumenta a pressão nos lados de Vélodrome, se AVB voltar a ter sucesso, será algo extraordinário.

    O mote está dado pelo próprio técnico português: acabar a Ligue 1 nos três primeiros lugares, para qualificar-se para a Liga dos Campeões, e vencer as duas Taças, para terminar com a seca de títulos.

    Payet é uma das figuras da equipa
    Fonte: Olympique de Marseille

    As equipas de AVB são taticamente disciplinadas, mas sem uma rigidez, que não permita a equipa atacar com muitos elementos. Normalmente, são equipas fluídas, com constantes trocas posicionais, com constantes coberturas e reposicionamentos, mantendo sempre uma organização ímpar com e sem bola. Para além disso, no momento ofensivo (AVB gosta sempre de ter verdadeiros craques no último terço) são equipas que têm um conjunto de argumentos variado para fazer dano ao adversário. Desde atacar com posse progressiva, a transições rápidas, até a vários esquemas táticos que desmontam o adversário, é excitante ver uma equipa do treinador português.

    Quanto à constituição do plantel, AVB terá uma equipa diferente na nova época. Mario Balotelli, mega reforço da segunda metade da época (8 golos em 15 jogos), já anunciou que não vai continuar, bem como Florian Thauvin, campeão mundial pela França, deverá ser vendido ao Bayer 04 Leverkusen. Ou seja, duas das principais estrelas e desequilibradores da equipa vão sair.

    Ribéry poderá ser o substituto de Thauvin
    Fonte: Olympique Marseille

    Em relação a entradas, o único nome de que se fala é o regresso de Franck Ribéry. Seria um super reforço para os Marselheses, tendo em conta que, apesar dos 36 anos, Ribéry fez quase 40 jogos esta época, marcando 8 golos, e, pelo que mostrou nos últimos meses desta época, consegue destruir ainda qualquer lateral que lhe apareça pela frente, como se ainda tivesse 25 anos.

    De resto, seria importante aumentar a concorrência na baliza a Steve Mandanda. Por vezes parece demasiado acomodado e erra com demasiada frequência para este nível, isto apesar da sua enorme categoria. Importante rejuvenescer um pouco mais o plantel (a média de idades desta época chegava quase aos 27 anos), bem como contratar um matador para substituir Balotelli.

    Seja como for, com AVB uma coisa é certa: qualidade e perfume não vão faltar a este gigante do futebol francês na temporada 19-20.

    Foto de Capa: Olympique Marseille

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    Ruben Brêa Marques
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    O Rúben é um verdadeiro apaixonado pelo futebol, sem preferência clubística. Adepto do futebol, admira qualquer estratégia ou modelo de jogo. Seja o tiki taka ou o catenaccio, importante é desfrutar e descodificar os momentos do jogo e as ideias dos técnicos. Para ele, futebol é paixão, trabalho, competência, luta, talento, eficácia, etc. Tudo é possível, não existem justos vencedores ou injustos perdedores, e é isto que torna o futebol um desporto tão bonito.                                                                                                                                                 O Rúben escreve ao abrigo do novo Acordo Ortográfico.