Aston Villa FC 0-3 Manchester United FC: Red Devils a um passo da Liga dos Campeões

    A CRÓNICA: BRUNO E COMPANHIA CADA VEZ MAIS PERTO DA CHAMPIONS

    O Villa Park foi hoje palco de um duelo que opõe duas realidades bastante diferentes. Em excelente forma e a ocupar a 5.ª posição da tabela classificativa, o Manchester United precisava da vitória para continuar a lutar por um lugar na Liga dos Campeões. Já o Aston Villa, penúltimo classificado, procurava urgentemente uma vitória para dar um passo de gigante rumo à manutenção na Premier League.

    Contra todas as expetativas, os Villans entraram bem melhor que o Manchester United. Foram o motor e a caixa de velocidades do início da partida. O momentum da equipa de Birmingham culmina com a bola no poste direito da baliza defendida por David De Gea, após um colocado remate de Trézéguet à passagem do minuto 25. A destacar: foi uma infantil perda de bola de Pogba que permitiu esta situação de perigo. Daqui em diante, o Manchester United assume o volante e o Villa nunca mais foi condutor.

    Após uma roleta, Bruno Fernandes é rasteirado pelo lateral direito do Aston Villla, Konsa dentro da grande área, e o veterano árbitro inglês Jonathan Moss assinalou o castigo máximo. O magnífico português converte o pénalti e desfaz o nulo. E a partir do 1-0 só se viram os Red Devils.

    Aos 37 minutos, o prodigioso Mason Greenwood ensaiou aquilo que viria mais tarde a acontecer. Numa bonita jogada individual, escapou entre os centrais do Villa e rematou com o pé esquerdo para uma boa intervenção de Pepe Reina. O golo do inglês chegou pouco depois, aos 45+5. Depois duma recuperação de bola, a equipa do Manchester United progrediu no terreno e, após receber um passe de Martial, Greenwood olhou, apontou e disparou para dentro das redes de Reina, que só viu a bola parar dentro das redes. Assim ficou fixado o resultado ao intervalo: 2-0. 

    No segundo tempo o rumo não foi diferente e só trouxe a confirmação do Manchester United como senhores da partida. Corria o minuto 58 quando Bruno Fernandes bate um pontapé de canto e encontra Pogba à entrada da área, que se serve da sua boa meia distância e faz o 3-0, que acaba por ser o resultado final.

    Depois de mais uma série de ensaios, os Red Devils não conseguiram voltar a encontrar a baliza de Reina, mas podem regressar a casa com a sensação de missão cumprida. Estão a um ponto do Leicester e do quarto lugar, posição que lhes poderá conferir acesso à Liga milionário. Esse é o objetivo e não parece haver forma de parar os diabos de Manchester. O próximo jogo é na segunda-feira em Old Trafford, onde vão receber o Southampton.

    No que diz respeito aos Villans, é preciso muito mais. É uma equipa desanimada, que não parece ter as armas suficientes para se manter na Premier League. Depois de perderem 2-0 em Anfield diante do campeão, perdem agora com o Manchester United. Faltam quatro jogos para lutarem pela manutenção, cenário que parece cada vez menos provável. No domingo voltam a jogar em casa e recebem o Crystal Palace. 

    A FIGURA 


     Bruno Fernandes – Nem foi dos seu melhores jogos. E ainda assim é o Homem do Jogo. É dizer muito sobre o magnífico. Um golo, uma assistência e uma história de sucesso imediato na Premier League. Já não há ninguém que duvide do português e ele continua a impressionar, semana após semana. Bravo, Bruno! 

    O FORA DE JOGO 


     Aston Villa – Não consigo pensar num nome em particular a destacar pela negativa sem ser a própria equipa. Não há forma de acabar com este mau momento. Apesar da boa entrada, a equipa foi-se abaixo depois do 1-0 por sua própria culpa. Como se já não acreditassem que seriam capazes de dar a volta ao jogo. Ou, olhando de forma mais profunda para a questão, parecem já não acreditar que são capazes da dar a volta à despromoção. Os vencedores fazem-se com atitude, coisa que falta (muito) a este pobre Aston Villa.

    ANÁLISE TÁTICA – Aston Villa FC

    O inglês Dean Smith, com a ajuda de John Terry, desenhou um 4-4-1-1 para defrontar o motivado vermelhão de Manchester. Quis ser autoritário logo desde o início do jogo e até o conseguiu fazer devido às boas prestações de McGinn e Douglas Luiz no meio campo, os homens encarregues das transições ofensivas. Também os extremos, El-Ghazi e Trézéguet, procuraram muitas vezes zonas mais interiores, evitando assim o jogo pelas alas. O plano de jogo de Dean Smith e Terry ficou mais difícil de cumprir depois do 1-0 de Bruno Fernandes, momento-chave da partida e a partir do qual os Villans nunca mais conseguiram assumir o controlo do jogo. 

    11 INICIAL E PONTUAÇÕES

     Reina (4)

    Konsa (4)

    Hause (5)

    Mings (5)

    Taylor (5)

    El-Ghazi (5)

    Douglas Luiz (5)

    McGinn (6)

    Trézéguet (6)

    Grealish (5)

    Samata (4)

    SUBS UTILIZADOS

     Hourihane (4)

    Nakamba (4)

    Davis (4)

    Vassilev (-)

     

    ANÁLISE TÁTICA – Manchester United FC

    Ole Gunnar Solskjaer levou ao Villa Park um 4-2-3-1 pachorrento para continuar a luta pelo acesso à Liga dos Campeões. O Manchester United foi uma equipa serena e sempre fiel à sua ideia de jogo, acreditando que, com calma, a sua superioridade viria sempre ao de cima. Num jogo habitualmente construído pelo meio-campo, a responsabilidade da distribuição do jogo foi entregue a Matic e a Pogba, que contaram muitas vezes com o apoio de Bruno Fernandes e Mason Greenwood quando parecia que a bola não queria chegar lá à frente.

    Três pontos, missão cumprida e venha o próximo. Foi assim que o Manchester United entrou em campo e foi assim que saiu.

    11 INICIAL E PONTUAÇÕES

     De Gea (5)

    Wan-Bissaka (6)

    Lindelof (6)

    Maguire (6)

    Luke Shaw (7)

    Pogba (7)

    Matic (6)

    Greenwood (8)

    Bruno Fernandes (8)

    Rashford (7)

    Martial (7)

    SUBS UTILIZADOS 

    McTominay (6)

    Brandon Williams (7)

    Fred (-)

    Ighalo (-)

    Daniel James (-)

    Artigo revisto por Inês Vieira Brandão

    - Advertisement -

    Subscreve!

    Artigos Populares

    Diogo Dá Mesquita
    Diogo Dá Mesquitahttp://www.bolanarede.pt
    O Diogo é licenciado em Jornalismo pela Universidade Católica. Também tirou o curso de árbitro na Associação de Futebol de Lisboa. Tinha 8 anos quando começou a perceber a emoção que o desporto movia. No espaço de quinze dias, observou a família a chorar de alegria o golo do Miguel Garcia em Alkmaar, a tristeza da derrota em Alvalade contra o CSKA o ensurdecedor apoio dos adeptos do Liverpool enquanto perdiam a final da Liga dos Campeões por 3-0. Hoje, e cada vez mais apaixonado por futebol, continua a desenhar o seu percurso para tentar devolver a esta indústria tudo o que dela já recebeu.                                                                                                                                                 O Diogo escreve ao abrigo do novo Acordo Ortográfico.