A CRÓNICA: “GANSOS” FORA DE ÁGUA SEM FORÇAS PARA BRENTFORD FC
O jogo que vale tudo e mais alguma coisa para os clubes que o disputam. Final do Playoff de acesso à Primeira Liga Inglesa em Wembley, com público, que opõe o Brentford FC ao Swansea City AFC. É sempre das partidas mais aliciantes de acompanhar durante a temporada desportiva, o que acaba por ser um reflexo do quão competitiva é a Segunda Liga Inglesa.
De forma a não repetir erros do passado, os “Bees” de Thomas Frank entraram com a corda toda. Pressão alta, futebol rápido e pouco previsível. Tanto, que os “Swans” estavam completamente às “aranhas”. Em 20 minutos, o Brentford meteu pé e meio na principal liga do mundo: aos oito, passe fantástico de Canos para Mbeumo, que sofreu falta do jovem guarda-redes Woodman. Penalty muitíssimo bem convertido por Toney. Aos 17 minutos foi a vez de Marcondes finalizar uma excelente jogada de contra-ataque, paradigmática da qualidade futebolística dos “Bees” que já não deixam ninguém indiferente. Entrada fantástica em jogo e 2-0, que podiam até ser três, caso o grande remate de Toney de longe não tivesse embatido na trave.
O intervalo chegou com esse resultado, mas não sem antes Ayew cabecear à trave do Brentford FC, na sequência de um lance de bola parada. Estava complicado para galeses conseguirem subir à Primeira Liga Inglesa.
Wembley Stadium 🤝 the EFL Play-Offs.
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A segunda parte começou – e permaneceu – com um toada totalmente diferente do que vimos nos primeiros 45 minutos. Era impossível jogar mais tempo sempre naquele ritmo, frenético, então o Swansea City AFC conseguiu chegar-se mais perto da baliza adversária, ainda que com bastantes limitações. Alguma esperança foi permanecendo, mas acabou por esmorecer com a expulsão de Jay Fulton, aos 65 minutos, depois uma entrada em Jensen que eu já não via há muito tempo. Em defesa do jogador, justissimamente expulso, não considero que a gravidade da mesma tenha sido propositadamente, parece-me até que ele escorrega e que isso dá a entender, pelas imagens, que é pior do que na verdade foi. No entanto, pôs-se a jeito e de nada lhe valeram as desculpas.
Até ao fim, o jogo foi morno e totalmente controlado pelo Brentford, que assegura assim uma “pequena” fortuna e a subida de divisão. É com toda a justiça que o futebol doce como mel dos “Bees” chega à Primeira Divisão Inglesa!
A FIGURA
Ahead at the midway point
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Primeira-Parte do Brentford FC – Uma primeira parte ao nível de “Premier”. Uma dinâmica constante com bola, um ataque posicional de luxo e, sobretudo, uma pressão alta que sufocou completamente o adversário. Nesta fase percebeu-se logo quem iria vencer este encontro. Se continuarem com esta matriz, vão ser uma das equipas a seguir na Primeira Liga Inglesa de 2021/22.
O FORA DE JOGO
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Agressividade do Swansea City AFC – Podia ter sido a exibição da equipa no seu todo, mas destaco aqui pela negativa, a agressividade excessiva que os “Swans” colocavam na partida. Na falta de qualidade, era “barba e cabelo”. Notou-se sobretudo uma grande incapacidade para produzir perigo com a bola nos pés, estando muito dependentes dos lances de bola parada.
ANÁLISE TÁTICA – BRENTFORD FC
Pela segunda vez seguida perto de chegar à Primeira Liga Inglesa, Thomas Frank manteve-se fiel à sua ideia de jogo, com uma defesa a três e dois alas muito – que fazem todo o corredor – muito ofensivos. Sempre com irreverencia, bastante bola no pé e olhos postos na baliza adversária. O núcleo de dinamarqueses é importantíssimo, mas a figura de destaque acaba por ser Toney, um goleador de excelência.
11 INICIAL E PONTUAÇÕES
Raya (7)
Jansson (7)
Pinnock (7)
Dalsgaard (8)
Canos (7)
Janelt (7)
Jensen (8)
Rasmussen (7)
Marcondes (7)
Mbeumo (8)
Toney (8)
SUBS UTILIZADOS
Ghoddos (6)
Forss (6)
Reid (-)
ANÁLISE TÁTICA – SWANSEA CITY AFC
Inicialmente parecia que a equipa orientada por Steve Cooper iria alinhar num 4-4-2, mas ao longo do jogo fomos percebendo que a formação era mesmo um 3-4-2-1, à semelhança do que estava a dispor nas quatro linhas o Brentford FC.
Kyle Naughton, um lateral experiente, assumia esse lugar mais central e Hourihane tomava as rédeas criativas da equipa. No entanto, foi uma ideia que pouco durou, visto que assim que entrou o segundo golo dos adversários, ficou mesmo no 4-4-2.
11 INICIAL E PONTUAÇÕES
Woodman (5)
Naughton (5)
Cabango (5)
Guehi (5)
Bidwell (5)
Fulton (4)
Grimes (5)
Roberts (5)
Hourihane (5)
Lowe (5)
Ayew (5)
SUBS UTILIZADOS
Cullen (5)
Dhanda (5)
Manning (-)