JOSÉ MOURINHO REGRESSA A UMA CASA QUE BEM CONHECE
Um dérbi londrino é sempre um jogo que vale a pena seguir. Ainda mais, se estivermos a falar de dois dos clubes capitolinos que têm sido dos mais claros candidatos a vencer a Premier League – esta temporada já não, mas nos últimos anos sim –, o Chelsea FC e o Tottenham Hotspur FC.
Em 2019/20 esta partida tem um aliciante especial: o facto de José Mourinho estar agora no Tottenham Hotspur a tentar ter um sucesso pelo menos semelhante ao que teve no Chelsea FC, clube pelo qual venceu três ligas. Dito isto, Frank Lampard é pelos dias que correm o treinador dos “blues”, ele que foi um dos jogadores mais importantes do português durante a sua primeira passagem por Stamford Bridge.
Porém, esta não é com toda a certeza a altura ideal que os responsáveis das duas equipas se escolheriam para um duelo. O Chelsea FC porque não vence para Liga Inglesa há quatro jogos e o Tottenham Hotspur porque se vê privado de três dos seus principais jogadores: Sissoko, Harry Kane – já de longa data – e agora também o sul-coreano Son Heung Min, que estava a fazer um mês de Fevereiro fabuloso (quatro golos em três jogos).
Na primeira volta, os “blues” foram vencer a casa dos “spurs” por 0-2, com William a fazer uma partida de grande qualidade e desequilibrar muito no contra-ataque. Agora, sem Abraham de um lado – está em dúvida –, Son e Kane e do outro, creio que serão dois ataques muito debilitados.
COMO JOGARÁ O CHELSEA FC?
Estou em crer que a equipa de Frank Lampard irá voltar a adotar o esquema de três centrais que alinhou na casa dos seus adversários, especialmente pela impossibilidade, por lesão, de N’Golo Kanté. Mount deverá regressar ao onze inicial, dando apoio pela ala ao ponta de lança, que deverá ser Batshuayi. Um 5-2-3 com muita gente a povoar o centro do terreno. Na baliza joga Caballero, na minha opinião, erradamente: um Kepa fora de forma é melhor (em qualquer circunstância) que o argentino.
JOGADOR A TER EM CONTA
Mason Mount – “Fiel” ao seu treinador regressou a Stamford Bridge com ele, proveniente do Derby County e, digo eu, em boa hora. Um dos principais desequilibradores do Chelsea FC tem sido Mason Mount um jovem que se nota claramente ter um pedigrie de Seleção Inglesa e uma das estrelas futuras dos “blues”. Gosta muito de vir atrás buscar jogo, para começar a construir, mas onde é mais perigoso é no último terço do terreno, onde pode fintar dois e entrar na área, ou então chutar de longe: a qualidade de execução é quase sempre alto calibre.
XI PROVÁVEL:
Caballero, Azpilicueta, Tomori, Rudiger, Zouma, James, Jorginho, Kovacic, Willian, Mason Mount e Batshuayi.
COMO JOGARÁ O TOTTENHAM HOTSPUR FC?
Prevejo Mourinho a alinhar num 4-2-3-1 igual ao que jogou frente ao RB Leipzig, mas com Davies (que se nota que está com dificuldades ao nível do ritmo de jogos) e Gedson a saírem do onze incial, entrando para os seus lugares o experiente Vertonghen e Eric Dier. Isto permite ao português, num segundo tempo onde se note mais o desgaste, mudar a formação para três centrais, com Aurier a fazer toda a ala de um lado e Lamela – irá entrar na segunda-parte –, do outro flanco.
JOGADOR A TER EM CONTA
Steven Bergwijn – Mais um “holandês voador” chega à Premier League com selo de craque. Formado na excelência das academias da laranja mecânica, é muito rápido e de remate fácil. Joga maioritariamente a extremo, porém, devido à pólvora seca evidenciada por este Tottenham Hotspur frente ao RB Leipzig, é também muito necessário em terrenos mais interiores e até a aparecer na área adversária. Um craque em potência que vai dar muito trabalho aos (por vezes) “duros de rins” defesas do Chelsea FC.
XI PROVÁVEL
Lloris, Aurier, Sanchez, Alderweireld, Vertonghen, Eric Dier, Winks, Bergwijn, Dele Alli, Lo Celso e Lucas.
Foto de Capa: Chelsea FC