Liverpool FC 1-4 Manchester City FC: Citizens massacram e são cada vez mais líderes

    A CRÓNICA: ALISSON ENTREGOU A VITÓRIA EM TARDE DE LUXO PARA PHIL FODEN

    Liverpool FC e Manchester City FC defrontavam-se no Estádio de Anfield, em partida a contar para a jornada 23 da Primeira Liga Inglesa. Os homens da casa tentavam reagir aos recentes maus resultados, enquanto os visitantes procuravam o 21º jogo consecutivo sem sentir o sabor da derrota, e simultaneamente, fugir e cimentar, o primeiro lugar da tabela. Aquele que muitos consideram ser o mais entusiasmante duelo da Premier League fica marcado pelas ausências de peso de parte a parte. Os Reds, ainda assim, aparecem evidentemente mais desfalcados que o seu adversário: não contaram com Virgil Van Djik, Joël Matip, Joe Gomez, Fabinho, Naby Keita e Diogo Jota; os citizens continuam sem Nathan Aké, Sergio Agüero, melhor marcador de sempre da história do clube, e ainda Kevin de Bruyne, médio belga de grande importância para Pep Guardiola.

    A primeira parte do encontro começou taticamente bastante interessante, mas não muito mais do que isso. Apesar de ambas as equipas aparentarem um enorme respeito pela qualidade do seu oponente, esperava-se mais no que concerne a remates ou oportunidades de real perigo. A pressão intensa foi mútua e só mesmo a qualidade técnica de jogadores deste calibre consegue disfarçar e camuflar a intensidade que se viveu no relvado.

    Antes da passagem da meia hora de jogo, o Liverpool assustou por duas ocasiões, com um cabeceamento de Sadio Mane, que acabou por passar por cima, e um remate perigoso de Roberto Firmino. Num momento em que o jogo estava, aparentemente, controlado pelo Liverpool, os forasteiros acabaram por falhar uma verdadeira oportunidade de ouro para passar para a frente do marcador: Ilkay Gündoğan falhou o alvo na tentativa de conversão de uma grande penalidade. Sem golos, com muito equilíbrio, pressão, e um fraco sentido de baliza de ambas as equipas, o primeiro tempo terminou tal como começou, empatado a zero.

    O segundo tempo começou com tudo aquilo que o primeiro não teve: golos. Uma belíssima jogada de envolvimento do ataque do Manchester City desbloqueou o jogo e adiantou os visitantes no marcador. Ilkay Gündoğan finalizou de recarga uma jogada construída por Raheem Sterling e Phil Foden, que fizeram “gato-sapato” da defesa dos Reds. O médio goleador alemão redimiu-se assim do penálti falhado e somou o oitavo tento nos últimos onze jogos.

    Ao minuto 60, Rúben Dias perde uma divida com Mohamed Salah, agarrou o avançado egípcio dentro de área e foi marcada novo penálti, desta feita para o Liverpool. Salah não tremeu da linha de onze metros e restabeleceu a igualdade na partida.

    Como sabemos o futebol moderno tem cada vez mais associada a si a característica do jogo de pés dos guarda-redes. Alisson teve, no que a esse capítulo diz respeito, uma tarde para esquecer. Um guardião que até costuma pautar pela segurança e tranquilidade, entregou o “ouro ao bandido” por duas ocasiões. Se por “bandidos” entendermos dois dos jogadores mais criativos da Premier League, é claro. Primeiro a Phil Foden, e depois a Bernardo Silva. Dois erros, dois golos. Tudo fácil para o Manchester City.

    Pouco depois, por volta do minuto 80, Phil Foden sentenciou uma partida, por si só já resolvida, com um dos golos mais bonitos, pelo menos até à data, em 2021. Sem hipóteses para Alisson. O jogo terminou com 1-4 no marcador e o Manchester City segue cada vez mais confortável na liderança da Premier League.

     

    A FIGURA

    Phil Foden – A qualidade técnica deste jogador tem deixado o mundo de boca aberta e de queixo caído. O médio inglês já não é uma promessa, é uma certeza. Aproveitou o primeiro erro de Alisson para servir Ilkay Gündoğan, que bisou e até falhou um penálti. Marcou ainda o golo da tarde, e muito provavelmente do ano, até ao momento. Que jogo incrível do canhoto.

     

    O FORA DE JOGO

    Alisson – Não se pode vacilar na Premier League, já se sabe. Mas é ainda mais difícil quando se facilita frente a jogadores de calibre mundial. Dar a bola para os pés de Phil Foden, Bernardo Silva e companhia em zona de perigo, é como pedir para sofrer. E assim foi: dois erros clamorosos na saída de bola ditaram o curso do jogo que ficou definitivamente inclinado para o lado dos Citizens.

     

    ANÁLISE TÁTICA – LIVERPOOL FC

    O Liverpool de Jürgen Klopp apresentou o seu clássico 4-3-3, claramente bem definido. Ainda que limitado pelas ausências de grandes nomes do seu onze titular, o conjunto caseiro não alterou a sua forma de jogar e esteve sempre muito dependente da criatividade de Thiago Alcantara, que ponderava e guiava o jogo dos reds.

    De destacar também as subidas constantes dos seus alas, Trent-Alexander Arnold e Andrew Robertson. Sadio Mane, extremo-esquerdo, pisou terrenos mais interiores, principalmente devido a estas incursões de Andrew Robertson pelo corredor. A colocação de dois médios a ocupar o lugar de defesas-centrais, Fabinho e Jordan Henderson, não inibiu o Liverpool de estar por cima do jogo na maioria do primeiro tempo.

    A pressão alta foi uma característica comum entre as duas equipas, que pretendiam não permitir dar conforto ao adversário.

     

    11 INICIAL E PONTUAÇÕES

    Alisson (3)

    Trent Alexander-Arnold (5)

    Jordan Henderson (6)

    Fabinho (6)

    Andrew Robertson (6)

    Thiago Alcántara (6)

    Georgino Wijnaldum (6)

    Curtis Jones (5)

    Mohamed Salah (7)

    Sadio Mané (6)

    Roberto Firmino (5)

    SUBS UTILIZADOS

    Xherdan Shaqiri (5)

    James Milner (5)

    Konstantinos Tsimikas (-)

     

     

    ANÁLISE TÁTICA – MANCHESTER CITY FC

    Pep Guardiola não alterou o seu esquema de 4-3-3 no momento defensivo, com variante para 3-2-1-4, em momentos de construção. João Cancelo foi, como é hábito, peça fundamental ao realizar movimentos interiores, colocando-se bem ao lado de Rodri, médio mais defensivo dos citizens. A utilização do duplo pivot não era o único elemento diferenciador. Os médios e atacantes confundiam-se entre si e ofereciam uma enorme mobilidade no ataque. Era bastante frequente ver movimentos de “sobe e desce” de Phil Foden, Bernardo Silva, Ilkay Gündoğan. Riyad Mahrez e Raheem Sterling tentavam fixar-se nas alas para atrair e tentar limitar as subidas dos laterais no corredor, acima mencionadas. Assim, sem jogar com um ponta de lança fixo, a equipa acabou por ter vários jogadores que passavam com regularidade por essa posição.

     

     

    11 INICIAL E PONTUAÇÕES

    Ederson (6)

    João Cancelo (7)

    John Stones (6)

    Rúben Dias (6)

    Olekandr Zinchenko (6)

    Rodri (6)

    Ilkay Gündoğan (8)

    Bernardo Silva (7)

    Phil Foden (9)

    Riyad Mahrez (5)

    Raheem Sterling (8)

    SUBS UTILIZADOS

    Gabriel Jesus (6)

     

     

     

     

     

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    Gabriel Henriques Reis
    Gabriel Henriques Reishttp://www.bolanarede.pt
    Criado no Interior e a estudar Ciências da Comunicação, em Lisboa, no ISCSP. Desde cedo que o futebol foi a sua maior paixão, desde as distritais à elite do desporto-rei. Depois de uma tentativa inglória de ter sucesso com os pés, dentro das quatro linhas, ambiciona agora seguir a vertente de jornalista desportivo.