Manchester City FC 1-1 Liverpool FC: Um ponto para cada uma das equipas que se deram por satisfeitas

    A CRÓNICA: GANHAR É BOM, MAS NÃO PERDER É MELHOR

    Um dos grandes clássicos de Inglaterra, há muito que era esperado pelos adeptos espalhados por todo o mundo. Em Manchester, e apesar do calendário apertado e dos jogos de três em três dias, esperava-se um jogo intenso que, como de costume, enche as medidas a todos os que a ele assistem. Assim não foi, e quem teve a oportunidade de ver a partida sentiu falta dessa intensidade que carateriza os jogos da Primeira Liga Inglesa.

    A bola começou a rolar e tudo se encaixava nos parâmetros previstos. A equipa da casa a assumir-se com bola, jogando muito na certeza das suas ações e do outro lado os campeões que têm no contra-ataque e nas saídas rápidas as suas maiores valências. O jogo estava “insonso” quando aos 13 minutos Walker derrubou Mané na área e concedeu assim um penálti que Salah não desperdiçou, colocando a sua equipa na frente do marcador.

    A partir daí, o Liverpool FC que até então estava mais perigoso começou a recuar no terreno e a equipa de Manchester aproveitou através de Gabriel Jesus que aos 31 minutos, depois de uma bela receção colocou a bola no fundo das redes e restabeleceu o empate que era considerado justo. A turma de Pép Guardiola superiorizou-se nos últimos 15 minutos da primeira metade e aos 42 minutos dispôs também de uma grande penalidade que Kevin De Bruyne desperdiçou, no sentido mais literal da palavra. A bola nem sequer foi à baliza e o empate impunha-se no fim dos primeiros 45 minutos.

    A segunda parte acabou por se revelar bastante diferente. Apesar dos ataques de parte a parte, raras foram as oportunidades de golo claras. Na retina fica um lance da equipa caseira protagonizado pelo inconformado João Cancelo que assistiu Gabriel Jesus que, frente ao seu compatriota Alisson, tremeu e cabeceou para fora.

    O cansaço proveniente dos jogos a meio da semana começou a ser notório e a partir daí pouca coisa interessante aconteceu. Um ponto para cada equipa num jogo em que ambos os plantéis pareceram sair satisfeitos com o resultado final.

     

    A FIGURA


     João Cancelo – O português não jogou na sua posição de raiz mas nem por isso deixou de fazer uma prestação de destaque. Foi, ao longo dos 90 minutos, o mais inconformado do lado do Manchester City FC e foi por ele que várias vezes a equipa criou perigo, com destaque para a assistência para Gabriel Jesus aos 55 minutos. Para além da evidente qualidade técnica, Cancelo esteve ao mais alto nível durante todo o jogo mostrando uma enorme capacidade física.

     

    O FORA DE JOGO


     Produção ofensiva de ambas as equipas – Apesar da grande expetativa criada à volta deste jogo, não foi um daqueles que vai ficar para sempre marcado na memória dos adeptos. As equipas acabaram por se encaixar muito uma na outra e poucos foram os momentos ofensivos dignos de registo, algo que está bem evidente nas estatísticas. Um total de cinco remates às duas balizas nos 90 minutos disputados.

     ANÁLISE TÁTICA – MANCHESTER CITY FC

     A turma de Pép Guardiola iniciou a partida num 4-2-3-1 que poucas novidades tinha em relação ao onze utilizado em várias partidas desta época. Na linha mais recuada tudo dentro do normal, apenas a utilização de Cancelo pela esquerda que podia surpreender os mais distraídos. À frente da defesa apareceram Rodri e Gundogan que assim libertaram Kevin De Bruyne para uma zona mais ofensiva, no apoio a Gabriel Jesus. Nas linhas Férran Torres e Sterling, opções muito frequentes por parte do treinador espanhol.

    Apesar do adversário, a identidade da equipa pouco ou nada mudou. Assumir a posse de bola desde o princípio do jogo e com enorme mobilidade essencialmente dos quatro homens mais avançados tentar abrir a defesa contrária criando assim várias oportunidades de golo. Isso não aconteceu assim tantas vezes, mas quando conseguiram fizeram o golo que na altura deu o empate. Também os cruzamentos de zonas mais recuadas são comuns nesta equipa e foi daí que quase surgiu o bis do brasileiro.

     

    11 INICIAL E PONTUAÇÕES

     Ederson (7)

    Kyle Walker (6)

    Rúben Dias (6)

    Laporte (6)

    João Cancelo (8)

    Rodri (7)

    Gundogan (6)

    De Bruyne (6)

    Férran Torres (5)

    Gabriel Jesus (7)

    Sterling (6)

     SUBS UTILIZADOS

     Bernardo Silva (6)

     

     ANÁLISE TÁTICA – LIVERPOOL FC

     Jurgen Klopp acabou por apresentar um plano tático algo surpreendente com base nos factos recentes que dão pelo nome de Diogo Jota. É bem conhecida a dinâmica de Mané Salah e Firmino, mas depois das belas exibições nas últimas partidas o português tinha de entrar no 11 e foi isso que o técnico alemão fez. Dispôs a equipa num 4-4-2 com a linha recuada composta pelos quatro jogadores habituais desde a lesão do líder Van Dijk: Matip e Gómez no centro da defesa e Alexander-Arnold e Robertson nas linhas, sempre muito capazes também no momento ofensivo. No meio campo Henderson e Wijnaldum com Mané e Jota nas alas. À frente Firmino e Salah que de dois passavam a quatro quando os médios-ala rapidamente de desdobravam e apareciam no apoio aos avançados. A estratégia passaria essencialmente por deixar o adversário trocar a bola até aos médios e a partir daí abafar com uma pressão forte que possibilitasse a saída em contra-golpe como estão habituados a fazer. A equipa de Manchester esteve bastante assertiva e não o permitiu muitas vezes, daí o sucesso ofensivo do Liverpool FC não ter sido tão acentuado como é costume.

     

    11 INICIAL E PONTUAÇÕES

     Alisson (7)

    Alexander-Arnold (6)

    Matip (6)

    Joe Gomez (7)

    Robertson (6)

    Henderson (6)

    Wijnaldum(6)

    Diogo Jota (5)

    Salah (6)

    Firmino (5)

    Mané (7)

     SUBS UTILIZADOS

     Shaqiri (5)

    Milner (6)

     

     

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    Guilherme Vilabril Rodrigues
    Guilherme Vilabril Rodrigueshttp://www.bolanarede.pt
    O Guilherme estuda Jornalismo na Escola Superior de Comunicação de Comunicação Social e é um apaixonado pelo futebol. Praticante desde os três anos, desde cedo que foi rodeado por bola e por treinadores de bancada. Quer ser jornalista desportivo, e viu no Bola na Rede uma excelente oportunidade para começar a dar os primeiros toques.