Manchester City FC 3-1 Leicester City FC: Campeão não baixa os braços e encurta distâncias

    O Manchester City FC recebeu e venceu o Leicester City FC, “equipa sensação” da atual edição da Premier League, por 3-1. A distância para os “Foxes” foi encurtada para apenas um ponto, tendo também recuperado terreno para o Liverpool, ainda que de forma provisória.

    Na convocatória dos “Citizens”, o principal destaque esteve no regresso de Sergio Aguero (não era opção desde dia 23, devido a lesão), bem como na inclusão dos dois portugueses do plantel: Bernardo Silva (titular) e João Cancelo (suplente). Já do lado dos “Foxes”, Ricardo Pereira, o único “luso” da equipa, foi titular na direita da defesa.

    O primeiro quarto de hora de jogo permitiu ver duas equipas cujas estratégias eram antagónicas: a equipa de Manchester optou pelo domínio da posse de bola, encostando o adversário ao seu meio terreno; já os homens de Leicester, dada a velocidade que os seus homens ofensivos possuem, optaram por tentar surpreender o oponente através de rápidas saídas para o contra-ataque.

    A primeira grande oportunidade surgiu ao minuto 14, quando Kevin De Bruyne rematou desde a entrada da área e viu o golo ser-lhe negado pelo poste. Passados três minutos, Riyad Mahrez trabalhou de forma fantástica na ala esquerda e cruzou rasteiro para o primeiro poste, onde Gabriel Jesus finalizou de forma algo “enrolada” e permitiu a defesa de Kasper Schmeichel. Os “light blues” iam impondo o seu jogo e nem se quer davam tempo aos “Foxes” para respirar.

    Quando quem estava “dono e senhor” da partida era o Manchester City, eis que aparece o talismã do Leicester para revirar o jogo. Lançado por Harvey Barnes, numa jogada onde a pressão alta dos “citizens” falhou, Jamie Vardy ultrapassou Fernandinho com facilidade e, praticamente em cima de Ederson, conseguiu picar a bola por cima do antigo guarda-redes do Benfica. O “homem-golo” de Brendan Rodgers desbloqueava o nulo no marcador aos 22 minutos.

    Cinco minutos depois, novamente lançado por Barnes, Vardy “desmontou” Otamendi por completo e rematou com força, mas o ângulo de que dispunha era reduzido e a bola acabou por sair por cima. Na resposta, foi uma “ex-raposa” quem fez o Leicester pagar o espaço que lhe deram. Mahrez recebeu a bola no flanco direito e, perante a marcação insuficiente de Chilwell, cortou para dentro e rematou, tendo a bola desviado ainda em Soyuncu e traído Schmeichel. O empate estava reestabelecido pouco antes da meia-hora, mas minutos depois podia ter sido novamente desfeito, quando o extremo argelino dispôs de um livre direto, na ala direita, mas rematou a bola a rasar a barra.

    Após um curto período em que a supremacia dos pupilos de Pep Guardiola se desvaneceu um pouco, esta voltou para os últimos dez minutos da primeira parte. Aos 40’, De Bruyne rematou forte, mas à figura de Kasper Schmeichel. No seguimento deste lance, Ricardo Pereira cometeu penalti sobre Sterling, e Mike Dean não hesitou em apontar para a marca dos 11 metros. Na conversão, Gundogan colocou a bola no canto inferior esquerdo da baliza do Leicester, tendo Schmeichel adivinhado o lado, mas sem que tal fosse suficiente para impedir os “citizens” de se adiantarem pela primeira vez no marcador.

    Chegado o meio-tempo, a vantagem do Manchester City era justa, mais do que uma possível liderança do Leicester no marcador. A equipa de Guardiola ia-se superiorizando de forma clara, enquanto que os comandados de Rodgers permaneciam uma “sombra” daquilo que têm sido esta época.

    O momento em que Mahrez remata para marcar à antiga equipa
    Fonte: Premier League

    Nos primeiros cinco minutos da segunda parte, o Leicester tentou assumir a posse de bola e, consequentemente, o controlo do jogo. No entanto, foi “sol de pouca dura”, uma vez que o Manchester City não o permitiu e rapidamente voltou a colocar os “Foxes” junto à sua área.

    Para a baliza de Schmeichel, Mahrez continuava a assumir-se como o maior perigo, mas também os remates de meia distância de De Bruyne eram uma ameaça que a qualquer momento podia surgir. Por outro lado, Ederson não tinha muito com que se preocupar, aparentemente, mas Vardy, Perez e Barnes eram setas sempre prontas para serem lançadas por Maddison para um possível contra-ataque, como o que deu o primeiro golo do encontro.

    Os “citizens” mantinham-se bastante melhor do que as “raposas”, mas só aos 66 minutos é que criaram a primeira oportunidade digna de registo da segunda metade. O inevitável Mahrez apareceu na entrada da área e foi servido por Mendy, tendo rematado em arco, como tanto gosta, mas sendo travado por uma boa intervenção de Schemeichel. O guardião dinamarquês continuava a evitar que os homens de Guardiola dilatassem a vantagem que tinham no marcador, mas não o conseguiu fazer durante muito mais tempo. Passados dois minutos, De Bruyne “serpenteou” pela linha recuada dos “Foxes” e serviu de forma sublime Gabriel Jesus, que encostou para o fundo das redes e fez o 3-1. Apesar do golo ter sido do brasileiro, a brilhante ação do “mago” belga roubou todas as atenções, e com razão para tal.

    Depois do terceiro golo dos homens que vestiam de “light blue”, as aspirações dos jogadores do Leicester em chegar a um bom resultado caíram por terra e estes pareceram dar-se como vencidos. O jogo caiu então num ritmo mais morto e ambas as equipas estiveram apenas a “passar tempo”, esperando pelo apito final de Mike Dean.

    A vitória do Manchester City foi justa e desde início que foram a equipa que mais a procurou, embora tenham estado em desvantagem na primeira parte. Do outro lado esteve um Leicester que não mostrou a identidade que havia mostrado até então na Premier League, fator que acabou por facilitar o trabalho aos “citizens”.

    ONZES INICIAIS E SUBSTITUIÇÕES:

    Manchester City – Ederson; Kyle Walker; Nicolas Otamendi; Fernandinho; Benjamin Mendy; Ilkay Gundogan (Rodri, 79’); Kevin De Bruyne (Sergio Aguero, 90+1’); Bernardo Silva; Riyad Mahrez; Raheem Sterling (Phil Foden, 89’); Gabriel Jesus.

    Leicester City – Kasper Schmeichel; Ricardo Pereira; Jonny Evans; Caglar Soyuncu; Bem Chilwell; Wilfred Ndidi; Youri Tielemans (Dennis Praet, 77’); James Maddison; Ayoze Perez (Demarai Gray, 68’); Harvey Barnes (Marc Albrighton, 64’); Jamie Vardy.

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    Alexandre Candeias
    Alexandre Candeiashttp://www.bolanarede.pt
    Apaixonado por futebol desde sempre, tem o hábito de escrever sobre o desporto rei desde os tempos da escola primária, onde o tema das composições de Português nunca fugia da bola.