No fio da navalha

    Este fim de semana, em pleno Goodison Park, o Everton FC de Marco Silva voltou a desiludir e perdeu perante o último classificado, Norwich City FC, por 0-2. Foi a terceira derrota em casa, em sete jogos oficiais, que coloca os Toffees num modesto 15.º lugar, a 12 pontos dos lugares da Liga dos Campeões, a cinco dos lugares europeus e com mais quatro que a zona de despromoção.

    Basta uma rápida vista de olhos na classificação para perceber que, devido ao competitivo campeonato, as distâncias pontuais são totalmente recuperáveis, sobretudo no top 6, no qual a direção do Everton FC, juntamente com o grupo de trabalho liderado por Marco Silva, definiu como objetivo mínimo.

    Marco Silva tem um dos melhores plantéis do Everton FC das últimas décadas
    Fonte: Everton FC

    Marco Silva, que ganhou crédito em Inglaterra com os trabalhos realizados no Hull City AFC e Watford FC, chegou ao Everton FC na temporada passada e conseguiu um honroso oitavo lugar a meros três pontos dos lugares europeus. No entanto, esta época a expetativa era mais alta e, nem com o super plantel que tem, Marco Silva tem conseguido estabilizar a equipa e alcançar a regularidade que ponha este Everton FC no topo da Premier League.

    Matéria prima não falta. Titulares ou escolhas habituais em algumas das melhores seleções do mundo, como a brasileira, inglesa, francesa, italiana, portuguesa ou colombiana, não se entende como esta equipa não acerta o passo. A última partida demonstra bem a falta de regularidade, obrigatoriamente associada à falta de entrega e compromisso de jogadores de tanta qualidade. Existem imensas diferenças individuais entre o Everton FC e o Norwich FC, mas, na verdade, em campo, o coletivo adversário conseguiu superar essas discrepâncias.

    A mensagem de Marco Silva não está a passar para o grupo, porque com um plantel destes, o normal seria estarem a fazer um trajeto parecido ao do Leicester FC de Brendan Rodgers, se bem que, ainda assim, o plantel do Everton FC tem mais soluções que o das Foxes.

    Os próximos jogos serão absolutamente decisivos para o futuro de Marco Silva no clube e não serão nada fáceis. No próximo fim de semana visitam a casa do Leicester City FC, depois têm um encontro da taça teoricamente acessível e vão discutir o dérbi de Liverpool, em Anfield Road. Logo a seguir, enfrentam, consecutivamente, Chelsea FC, Manchester United FC e Arsenal FC. Vem aí um mês dos diabos e esta derrota com o Norwich City FC não veio nada a calhar, pois subiu a pressão sobre a equipa e, sobretudo, sobre o técnico português.

    Apesar do calendário complicado, também é inegável, que o Everton FC consegue vencer em casa ou fora qualquer equipa da Premier League e, caso consiga sete pontos nos próximos 15 em disputa, o Everton FC conseguirá um balão de oxigénio.

    O ambiente não está nada favorável para a equipa técnica portuguesa e só vitórias e brilharetes contra os principais clubes ingleses nos próximos jogos vão reconquistar o apoio dos Toffees, sendo o dérbi de Liverpool também um jogo chave para a continuidade de Marco Silva. Neste momento, já se fala num regresso de David Moyes.

    Foto de Capa: Everton FC

    Artigo revisto por Inês Vieira Brandão

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    Ruben Brêa Marques
    Ruben Brêa Marqueshttp://www.bolanarede.pt
    O Rúben é um verdadeiro apaixonado pelo futebol, sem preferência clubística. Adepto do futebol, admira qualquer estratégia ou modelo de jogo. Seja o tiki taka ou o catenaccio, importante é desfrutar e descodificar os momentos do jogo e as ideias dos técnicos. Para ele, futebol é paixão, trabalho, competência, luta, talento, eficácia, etc. Tudo é possível, não existem justos vencedores ou injustos perdedores, e é isto que torna o futebol um desporto tão bonito.                                                                                                                                                 O Rúben escreve ao abrigo do novo Acordo Ortográfico.