Tottenham Hotspur FC 1-1 (2-3 g.p.) Norwich City FC: O duelo em que os guarda-redes foram decisivos

    O Norwich eliminou o Tottenham nos penáltis e seguiu em frente na Taça de Inglaterra. Os guarda-redes revelaram-se deicsivos. O conjunto do alemão Daniel Farke aguentou uma pressão imensa durante o prolongamento e levou o jogo para a decisão através da marca dos 11 metros. Tim Krul, como é habitual, defendeu os penáltis que garantiram a vitória dos “Cannaries”.

    José Mourinho em sete ocasiões nunca tinha perdido com o Norwich e desta vez era favorito para passar aos quartos-de-final da FA Cup, tendo em conta que jogava em casa contra o último classificado do campeonato inglês.

    O Tottenham esteve melhor até marcar o golo inaugural e depois procurou defender o resultado, como já aconteceu várias vezes esta época. Acabaram por sofrer após erro do guardião Michel Vorm e a partir daí dominaram a partida, contudo, não foram felizes e acabariam por perder após 120 minutos jogados.

    Os primeiros dez minutos não tiveram qualquer oportunidade de golo e foram bem estudados por ambas as equipas, apesar do Tottenham assumir o controlo do jogo. O primeiro lance de perigo foi um remate de Lo Celso, seguido de uma combinação entre Bergwijn e Lucas Moura, resultando numa defesa monstruosa de Tim Krul.

    O primeiro golo da partida viria a surgir dois minutos após a primeira chance, através de uma bola parada. Lo Celso despejou um livre indireto na área e Vertonghen, adaptado a defesa esquerdo, apareceu livre de marcação, introduzindo a bola dentro da baliza com uma cabeçada forte sem hipótese para o guarda-redes do Norwich.

    A equipa orientada por José Mourinho continuou com boas investidas, desorientando a defesa contrária. Lo Celso conseguiu fazer a diferença, demonstrando qualidade, critério e capacidade de organizar e criar.

    Os “Canaries” apenas conseguiram reagir aos 31 minutos com um passe de Vrancic a rasgar a defesa dos Spurs, encontrando Rupp que tirou o adversário do caminho, contudo, não teve capacidade de atirar ao alvo. Dois minutos depois, Vorm foi obrigado a fazer defesas a remates de Buendía e Rupp, a segunda largando o esférico e quase metendo água.

    O Norwich aproveitou o fôlego e continuou a insistir, conseguindo desbloquear sem problemas a linha defensiva contrária. Eric Dier intercetou com o corpo um remate que levava muito perigo.

    O Tottenham fechou a primeira parte com a última oportunidade, com uma recuperação de bola na área da equipa visitante e Lucas Moura desperdiçou um golo, rematando contra Tim Krul.

    O Norwich foi a equipa que entrou melhor na segunda parte, continuando o bom momento de forma do final do primeiro tempo. O Tottenham defendia o resultado, como era esperado. Gedson Fernandes foi o primeiro substituto a entrar na partida e quase fez golo com um remate à entrada da área.

    O jogo continuava com insistências por parte dos visitantes, embora sem grande perigo, e o Tottenham procurava responder através do contra-ataque, já com Erik Lamela em campo.

    Na primeira grande oportunidade dos “Yellows” neste tempo concretizaram o golo do empate, com um remate do recém-entrado Kenny McLean, que resultou num erro tremendo do guardião da equipa londrina, a largar a bola e a deixar Drmic com espaço para fazer golo na recarga. O empate estava feito aos 79 minutos da partida.

    O conjunto de José Mourinho acordou depois do golo sofrido e procurou a vitória nos minutos finais, aumentando a intensidade e subindo todas as linhas. Godfrey cortou in extremis uma bola de Serge Aurier que ia direta para a baliza aos 86 minutos, depois de uma jogada criteriosa da equipa da casa.

    Findados os três minutos de compensação, o tempo regulamentar terminou empatado e a decisão ia para o prolongamento. A primeira parte deste não contou com grandes chances, à exceção de um remate perigoso de Gedson Fernandes.

    No início do segundo tempo, Lo Celso continuava incansável a provar a aposta de José Mourinho, obrigando Tim Krul a entrar novamente em ação. Os Spurs continuavam a carregar e a merecer a vitória, no entanto, o conjunto de Daniel Farke elevou-se psicologicamente e sofreu para arrancar um empate ao fim de 120 minutos.

    O Norwich venceria a partida nos penáltis por 3-2, sem precisar de bater o último penálti, depois dos falhanços de Lamela, Parrott e Gedson. Tim Krul foi o herói com duas grandes penalidades defendidas.

    A FIGURA

    Fonte: Norwich City FC

    Tim Krul – O guarda-redes holandês já nos tem habituado a estas coisas e provou mais uma vez ser um especialista no que toca à defesa de grandes penalidades. Depois de uma exibição consistente, com várias travadas de remates perigosos, Krul defendeu dois dos três penáltis falhados pelos Spurs e assegurou a passagem à próxima fase da FA Cup.

    O FORA DE JOGO

    Fonte: Tottenham Hotspurs FC

    Michel Vorm – Mesmo tendo defendido o primeiro penálti do Norwich, ao longo dos 120 minutos demonstrou estar inseguro e foi o responsável pelo golo sofrido. O Tottenham tinha o jogo aparentemente controlado, mesmo que a vantagem fosse insuficiente, no entanto, o guarda-redes holandês teve impacto pela negativa, ao contrário do compatriota da equipa adversária, e largou a bola que resultou no empate dos visitantes.

    ANÁLISE TÁTICA – TOTTENHAM HOTSPUR

    José Mourinho alinhou num tradicional 4-3-3, apesar de não contar com um ponta-de-lança fixo. A equipa fez algumas alterações de acordo com as escolhas habituais. Na baliza, jogou Michel Vorm, que costuma atuar nesta competição com regularidade. A linha defensiva teve surpresas e foi composta por Aurier na direita, Vertonghen adaptado a lateral esquerdo e com Eric Dier e Davinson Sánchez a compor a dupla de centrais.  Harry Winks e Oliver Skipp fizeram duplo pivot no meio-campo, sendo que o médio inglês de 19 anos surpreendeu e demonstrou ser opção futura. O criterioso Lo Celso atuou como número 10, realizando trocas posicionais com os elementos do corredor direito. Lucas Moura ocupou esse mesmo corredor e Steven Bergwijn o esquerdo. Dele Alli jogou com falso 9. Gedson Fernandes, Erik Lamela, Ndombélé e Troy Parrott foram os suplentes utilizados pelo Special One e o médio português mexeu com a partida e demonstrou momentos de qualidade.

    ONZE INICIAL E SUBSTITUIÇÕES

    Michel Vorm – 5

    Serge Aurier – 6

    Eric Dier – 7

    Davinson Sánchez – 6

    Jan Vertonghen – 7

    Oliver Skipp – 8

    Harry Winks – 6

    Giovanni Lo Celso – 8

    Lucas Moura – 6

    Steven Bergwijn – 6

    Dele Alli – 5

    Gedson Fernandes – 8

    Erik Lamela – 7

    Tanguy Ndombélé – 6

    Troy Parrott – 5

    ANÁLISE TÁTICA – NORWICH CITY

    Daniel Farke optou por um 4-2-3-1 com os alas a procurarem o interior para combinar com os homens da frente. O experiente Tim Krul foi o guardião titular. A linha defensiva foi a mais utilizada, com Max Aarons, Grant Hanley, Ben Godfrey e Jamal Lewis. A dupla do meio-campo foi Trybull e Mario Vrancic. Todd Cantwell e Emiliano Buendía eram os alas que realizavam movimentos interiores. Rupp jogou nas costas do avançado Josip Drmic. Kenny McLean, Adam Idah, Alexander Tettey e Marco Stiepermann foram os suplentes utilizados pelo técnico alemão.

    ONZE INICIAL E SUBSTITUIÇÕES

     Tim Krul – 8

    Max Aarons – 7

    Grant Hanley – 7

    Bem Godfrey – 8

    Jamal Lewis – 7

    Tom Trybull – 6

    Mario Vrancic – 5

    Todd Cantwell – 6

    Emiliano Buendía – 6

    Lukas Rupp – 6

    Josip Drmic – 7

    Kenny McLean – 7

    Adam Idah – 6

    Alexander Tettey – 5

    Marco Stiepermann – 6

    Artigo revisto por Inês Vieira Brandão

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    João Pedro Rocha
    João Pedro Rochahttp://www.bolanarede.pt
    João é de Espinho, no norte de Portugal, é licenciado em Ciências da Comunicação e tem o objetivo de singrar no jornalismo desportivo. É um apaixonado pelo futebol e acompanha o desporto desde tenra idade, principalmente o campeonato português, as top 5 ligas e as competições europeias. Tem o tiki-taka de Pep Guardiola como referência futebolística.                                                                                                                                                 O João escreve ao abrigo do novo Acordo Ortográfico.