A CRÓNICA: UMA REVIRAVOLTA ARRANCADA A FERROS
José Mourinho não é estranho à tradição do Boxing Day em Inglaterra e, talvez por isso, fez questão de manter a sua própria tradição e também a do Tottenham neste dia. É que o português nunca perdeu no Boxing Day e os Spurs não perdem neste dia desde 2003, tendo conseguido hoje manter esta tradição, com uma vitória arrancada a ferros frente ao Brighton. Depois de uma primeira parte muito bem conseguida por parte dos visitantes, que chegaram ao intervalo a vencer e a convencer, o Tottenham entrou melhor na segunda parte e empatou o jogo ainda antes dos primeiros dez minutos, graças a uma jogada de insistência de Harry Kane. José Mourinho leu bem o jogo e fez as substituições certas, que acabaram por ser fundamentais na reviravolta dos Spurs. Com esta vitória, o Tottenham respondeu da melhor forma à derrota no dérbi com o Chelsea e mantém-se na perseguição ao Top 5 da Premier League.
A FIGURA
Harry Kane – Exibição tremenda do avançado inglês. Para além do golo que permitiu aos Spurs chegar ao empate ainda nos primeiros minutos da primeira parte, Kane esteve em todo o lado e ainda ajudou a equipa a defender, tendo recuperado várias vezes a bola para a sua equipa.
O FORA DE JOGO
Connolly – Exibição apagada do irlandês na frente de ataque do Brighton, não conseguindo ser a referência ofensiva que a equipa precisava e estando sempre algo desligado do jogo.
ANÁLISE TÁTICA – TOTTENHAM HOTSPUR FC
José Mourinho apresentou a sua equipa num 4-2-3-1 clássico, com dois pivots no meio-campo defensivo e Dele Alli, Lucas Moura e Sessegnon, o eleito para o lugar do suspenso Son, no apoio a Harry Kane. A outra alteração face ao onze inicial do último jogo foi a inclusão de Winks no lugar de Eric Dier. Lucas Moura apareceu como falso extremo, deambulando muitas vezes pelo centro do terreno à procura do jogo interior, enquanto Sessegnon funcionou como extremo na verdadeira aceção da palavra, dando largura ao ataque do Tottenham. Quando os Spurs chegaram à vantagem, passaram para um 4-4-2, que permitiu à equipa defender toda a largura do campo e garantir os três pontos.
11 INICIAL E PONTUAÇÕES
Gazzaniga (7)
Aurier (7)
Alderweireld (6)
Sanchez (7)
Vertonghen (6)
Sissoko (6)
Winks (6)
Lucas Moura (7)
Dele Alli (8)
Sessegnon (5)
Harry Kane (9)
SUBS UTILIZADOS
Lo Celso (6)
Eriksen (8)
Dier (6)
ANÁLISE TÁTICA – BRIGHTON
O Brighton surgiu em campo num 3-4-2-1, com o capitão Dale Stephens a surgir logo à frente da linha da defesa, atrás de uma linha média de cinco elementos. No momento defensivo, a equipa de Graham Potter apresentava-se com uma linha defensiva de cinco elementos, com os alas Schelotto e Bernardo a descerem e a juntarem-se aos três centrais. Mooy e Gross mostraram boa dinâmica ofensiva, aparecendo bem nos corredores de forma alternada e foi daí que surgiram os melhores lances da equipa.
11 INICIAL E PONTUAÇÕES
Mathew Ryan (6)
Webster (7)
Duffy (6)
Burn (6)
Stephens (6)
Bernardo (6)
Gross (6)
Mooy (7)
Schelotto (6)
Alzate (7)
Connolly (5)
SUBS UTILIZADOS
Maupay (5)
Trossard (5)
Bissouma (6)
Foto de Capa: Premier League
Artigo revisto por Inês Vieira Brandão