Tendo sido uma das transferências mais faladas no verão de 2016, João Mário foi contratado pelo Inter de Milão, a troco de 40 milhões de euros, após ter feito uma boa época ao serviço do Sporting e ajudado a Seleção Nacional a conquistar o Euro´16, que se jogou em França. Cerca de um ano e meio após a mudança para Itália, o atleta português está a ser fortemente associado a uma futura saída da equipa comandada por Luciano Spalletti, com o abandono possivelmente a acontecer já na reabertura do mercado. Mas o que pode explicar a atual situação difícil vivida pelo número 10 dos “Nerazzurri”?
Certamente, quem acompanhou de perto os primeiros tempos do jogador na Serie A, não esperava que se falasse na sua saída do Inter, uma vez que foi um elemento importante nas primeiras jornadas do campeonato. Contudo, a instabilidade técnica que o clube de Milão sofreu na época transata (tiveram no comando técnico 3 treinadores), acabou por prejudicar João Mário na sua adaptação ao futebol italiano.
Com a chegada de Spalletti a San Siro este ano, pensava-se que o médio de 24 anos poderia entrar facilmente nas opções iniciais do treinador italiano, mas mais uma vez houve um engano: a sua participação nos jogos tem sido inconstante, sendo que tanto é titular como suplente utilizado, ou simplesmente não é convocado por opção técnica.
É inegável que João Mário está num cenário complicado, tanto que o próprio já afirmou em público que caso não tenha mais tempo de jogo, irá pedir para deixar o Inter e rumar a outras paragens, visto que o jogador deseja participar no Mundial da Rússia do próximo ano.
Ora, atendendo a essa possibilidade, tem sido noticiado o interesse de vários clubes europeus, entre eles o Arsenal e o Valência. Este último parece ser o mais forte candidato a garantir os préstimos do atleta português, o que seria um reforço de qualidade para Marcelino Toral, que está fazer uma boa campanha no campeonato.
Atendendo às qualidades técnicas de João Mário, creio que uma ingressão no Mestalla pode ser uma solução ótima para o jogador, na medida em que encaixaria perfeitamente no 4-4-2 adotado pelo técnico espanhol, tanto atuando no lado direito ou no “miolo”, um pouco à semelhança do que se verifica na Seleção Nacional. Resta agora é saber se se concretiza a mudança, que, caso aconteça, será uma boa notícia não só para Fernando Santos, mas também para os adeptos que apreciam as qualidades do jogador formado em Alcochete.
Foto de Capa: FC Inter Milão