Já há algum tempo que o destino de Adrien Rabiot estava traçado mas só no passado dia 1 de julho é que aconteceu a oficialização. O francês de 24 anos estava em final de contrato com o Paris Saint-Germain e por isso a transferência sucedeu-se a custo zero. Mesmo sendo um jogador livre, a assinatura pela Juventus, garantiu um prémio na ordem dos 10 milhões de euros e um salário anual de sete milhões de euros.
Toda esta operação concretizou-se porque o francês rejeitou renovar contrato devido à pouca utilização por parte do espanhol e atual treinador do Arsenal, Unai Emery, aquando da sua passagem pelo PSG.
Tudo se complicou ainda mais quando Rabiot ficou de fora da lista principal do selecionador Didier Deschamps para o Mundial de 2018, rejeitando de seguida ficar na lista de suplentes.
Desde então a luta interna foi grande e Rabiot faz a sua última partida pelo conjunto francês a 11 de dezembro de 2018, sendo depois afastado do plantel. O alemão Thomas Tuchel, atual treinador do PSG, tentou integrar o jogador mas o “braço de ferro” com o direto desportivo, Antero Henrique, nunca permitiu ao alemão dar oportunidades ao francês.
A pouca utilização no PSG de Unai Emery, a ausência na lista final para o Mundial de 2018, que a França acabaria por vencer e os conflitos entre o diretor desportivo e a sua mãe que é quem o representa, proporcionaram todo este desenlace. Uma história longa, com muitos momentos desagradáveis para qualquer das partes mas que chegou ao fim a partir do momento que o jovem promissor francês inicia um novo ciclo na Juventus, um dos melhores clubes do mundo. Pelo clube parisiense conquistou seis Ligas, quatro Taças, três Supertaças e cinco Taças da Liga.
A chegada de Rabiot ao clube de Turim deixa os adeptos na expetativa e daquilo que o novo treinador, Maurizio Sarri, tem em mente. Estamos a falar de um treinador que tem o 4x3x3 como estilo tático predileto e que neste momento conta com Pjanic, Emre Can, Ramsey (contratado também a custo zero neste mercado), Bentacur, Matuidi e Khedira (estes dois últimos na iminência de sair) para o meio-campo. São seis o número de jogadores para aquela posição.
Na minha opinião, o treinador italiano apostará num meio-campo com Pjanic-Rabiot-Ramsey, com o francês a desempenhar funções mais avançadas, pois tem grande qualidade no passe, na velocidade que impõe com o seu corpo e no drible preciso com bola, atributos úteis numa saída rápida para o ataque. Já para não falar na grande capacidade que tem para rematar de longe.
Foto de Capa: Juventus FC