Contas feitas e por fazer

    Este fim-de-semana decorreu a jornada trinta e três na divisão principal do campeonato italiano e, a cinco jornadas do fim, com maior ou menor dificuldade (provavelmente menor) o título parece já não fugir à Juventus. Pelo terceiro ano consecutivo os homens de Antonio Conte dominaram a competição.

    A Vecchia Signora leva cinco pontos de avanço sobre o segundo classificado, que podem facilmente passar a ser oito se ganhar em casa da Udinese o único jogo em falta desta jornada. Os giallorossi da AS Roma, actualmente no segundo lugar, levam doze pontos de avanço sobre o terceiro classificado, o Nápoles. A não ser que algo muito surpreendente ocorra nesta recta final serão estes os três clubes que para o ano representarão a Serie A na Liga dos Campeões.

    Nos lugares de acesso à Liga Europa temos a Fiorentina de Montella e o Inter de Mazzarri, com o Parma, a Lazio, o Torino, o Verona, a Atalanta, e esperançosamente o Milan, a tentarem alcançar um destes lugares de acesso à competição menor da UEFA.

    Na parte de baixo da tabela o Catania, o Sassuolo e o Livorno ocupam os três lugares de despromoção para a Serie B, mas, com quinze pontos ainda em disputa, o Bolonha, o Chievo e o Cagliari não estão ainda salvos e vão ter de trabalhar para continuar no primeiro escalão do futebol de Itália.

    A maior surpresa da época tem sido sem dúvida o Hellas Verona, que tendo apenas este ano subido de divisão ocupa um fabuloso nono lugar tendo em conta os argumentos que possui e luta ainda pelo apuramento para a Liga Europa. Grande parte da boa prestação da equipa deve-se a Luca Toni, que aos trinta e seis anos parece ter encontrado uma nova motivação depois de passagens infrutíferas por clubes como Roma, Génova, Juventus, Al Nasr e Fiorentina. Neste momento é o terceiro melhor marcador do campeonato com 17 golos, estando apenas a dois golos do primeiro (Immobile, do Torino com 19 golos).

    Luca Toni é a figura do Hellas Verona Fonte: Getty Images
    Luca Toni é a figura do Hellas Verona
    Fonte: Getty Images

    Além do Verona, há outras equipas que estão a impressionar: o Parma, que conta com Antonio “El Pibe de Bari” Cassano na frente de ataque, ocupa um fantástico sexto lugar neste momento e a AS Roma, que, tendo terminado o ano passado num modesto sexto lugar, este ano bateu o recorde de vitórias na competição e quase que lutou pelo título. Quase. Rudi Garcia fez um trabalho excepcional mas o clube não tem os mesmos argumentos da toda-poderosa Juventus.

    Como maiores desilusões, temos os dois clubes de Milão, que se acabarem a jogar na Liga Europa para o ano têm muita sorte, depois de uma época que pode ser descrita simpaticamente como medíocre. Além desses, o Nápoles. Supostamente este seria o ano em que os napolitanos iriam competir a sério pelo título. Foi por isso que gastaram quarenta milhões em Higuaín e que adquiriram Reina, Callejón, Jorginho, Albiol ou Mertens. Mas não, estão em terceiro e por lá devem ficar. Todo o talento do mundo não compensa a incompetência do Rafa Benítez – pode acabar por conquistar a Copa de Itália, mas não lhe peçam para ser regular num campeonato durante uma época inteira, que ele não consegue, por mais milhões que se invistam.

    Para terminar, deixo o melhor onze até agora, sendo que este pode ainda vir a sofrer alterações: De Sanctis (Roma) na baliza; Lichtsteiner (Juventus) e Pasqual (Fiorentina) como laterais; Benatia (Roma) e Bonucci (Juventus) no centro da defesa; Vidal (Juventus), Cuadrado (Fiorentina) e Jorginho (Verona/Nápoles) no meio-campo; e Gervinho (Roma), Tevez (Juventus) e Immobile (Torino) no ataque.

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    João Folgado
    João Folgadohttp://www.bolanarede.pt
    O João defende que o Porto devia acabar e o Sporting nunca devia ter existido. Carrega, Benfica! Fora de brincadeiras, para além desta paixão cega pelo clube da Luz, venera Mourinho, despreza Villas-Boas e é fã dos Boston Celtics e dos New England Patriots.                                                                                                                                               O João não escreve ao abrigo do novo Acordo Ortográfico.