A CRÓNICA: AS FALHAS DE UNS E A EFICIÊNCIA DE OUTROS
No fecho da 18ª jornada da Serie A, o Inter de Milão conseguiu o que já não conseguia desde 1997: vencer no reduto do Nápoles em jogos a contar para o campeonato. “Bola cá, bola lá” talvez seja a melhor forma de caracterizar o primeiro tempo, com um ritmo sempre empolgante. A fechar o primeiro um quarto de hora, Lukaku fez jus à expressão “à terceira é de vez” e tratou de inaugurar o marcador numa transição rápida. O conjunto da casa tentou responder, mas a exposição ao adversário era tanta que isso permitiu que o Inter – sempre mais objetivo – aproveitasse para chegar ao segundo, novamente por intermédio do avançado belga. Apesar de todas as contrariedades, o Nápoles não baixou os braços e, depois de muito tentar, Milik reduziu a diferença no marcador pouco antes do intervalo. Esperava-se um segundo tempo em que a equipa de Gattuso fosse para cima do adversário na tentativa de chegar ao empate, contudo, o golo de Martínez revelou-se fatal nas aspirações dos azzurri. Contas feitas, Inter e Juventus iniciam 2020 como terminaram 2019: na liderança conjunta do campeonato italiano.
A FIGURA
Romelu Lukaku – Oportunista, velocista e eficaz. Foi por ele que passaram todas as jogadas do Inter de Milão, nomeadamente no primeiro tempo, algo que lhe valeu dois golos em quatro tentativas. Embora mais apagado no segundo tempo, lutou por cada bola como se fosse a última e podia ainda ter contribuído para outro resultado. A sociedade Lukaku-Martínez na frente de ataque continua a dar frutos.
O FORA DE JOGO
Setor defensivo napolitano – Três golos sofridos, três ofertas. Houve muito mérito da equipa de Conte, mas houve também um demérito considerável por parte da equipa derrotada. No primeiro golo, uma escorregadela fatal de Di Lorenzo. No segundo, Meret ficou muito mal na fotografia. No terceiro, Manolas pecou ao cortar uma bola, oferecendo o momento-chave ao adversário. E quando assim é…
ANÁLISE TÁTICA – SSC NAPOLI
Face à última jornada, marcada pela primeira vitória de Gattuso no comando técnico do Nápoles, a formação voltou a alinhar num 4-3-3 com mexidas no setor defensivo: Hysaj alinhou na ala esquerda e Di Lorenzo foi arrastado para o eixo central da defesa. Fiel à sua identidade, Gattuso colocou a equipa como gosta: a atacar, a pressionar e sempre com as linhas subidas. E foi exatamente toda essa exposição que facilitou (e de que maneira!) as transições rápidas do adversário, resultando em dois golos cruciais num espaço de vinte minutos. Os erros defensivos da sua equipa custaram-lhe bem caro.
11 INICIAL E PONTUAÇÕES
Alex Meret (4)
Mário Rui (5)
Di Lorenzo (4)
Manolas (4)
Hysaj (5)
Zielinski (7)
Fabián Ruiz (6)
Allan (6)
Lorenzo Insigne (7)
Callejón (6)
Milik (7)
SUBS UTILIZADOS
Lozano (5)
Llorente (-)
ANÁLISE TÁTICA – FC INTERNAZIONALE MILANO
Como tem vindo a ser apanágio, a formação de Conte alinhou no já habitual 3-5-2 e, no reduto do Nápoles, fez o que tinha a fazer. Seguros a defender (com a ajuda dos médios nas laterais) e eficientes a atacar, aproveitando as fragilidades defensivas do adversário e também a velocidade da dupla Martínez-Lukaku. Além disso, o Inter de Milão soube como responder ao golo sofrido na reta final do primeiro tempo, nomeadamente com a entrada de Barella já no decorrer da segunda parte (cinco minutos antes do 1-3 final).
11 INICIAL E PONTUAÇÕES
Handanovic (6)
Skriniar (6)
Stefan de Vrij (6)
Bastoni (6)
Biraghi (7)
Gagliardini (5)
Brozovic (7)
Vecino (6)
Candreva (7)
Martínez (8)
Lukaku (9)
SUBS UTILIZADOS
Barella (6)
Sensi (5)
Valero (-)
Foto de Capa: SSC Napoli
Revisto por: Jorge Neves