5 antigos jogadores que foram aposta como treinadores sem experiência

    5.

    Vincent Kompany (RSC Anderlecht) – Talvez seja o exemplo mais caricato e menos usual referido neste artigo, pela forma como começou a experiência de técnico, mas o antigo defesa central do Manchester City FC está a construir bases sólidas para o seu futuro como treinador, após um começo “com o pé esquerdo”. Iniciou o seu percurso como técnico principal no emblema onde deu os primeiros passos como jogador profissional, e colocou um ponto final na carreira de jogador para se dedicar por completo ao banco de suplentes.

    No RSC Anderlecht desempenhou a função de treinador-jogador, incomum nos dias que correm. Acabou por ser uma experiência muito breve, e ficou apenas como técnico do emblema belga.

    Na época passada, a sua primeira ao comando do RSC Anderlecht, terminou o campeonato belga no quarto posto. Ainda sem títulos conquistados, o jovem treinador belga tem a oportunidade de crescer na função, num clube que pode considerar “sua casa”.

    Atualmente, continua a exercer o cargo apesar do fraco começo na presente temporada na Liga Belga, com apenas um ponto conquistado em duas partidas disputadas.

     

    4.


    Andrea Pirlo (Juventus FC) – O antigo médio que se tornou uma lenda no futebol transalpino é um excelente exemplo da aposta precoce numa mente que tem tudo para se tornar um bom treinador, mas necessita de acumular experiência na função.

    Dentro de campo, lia o jogo com uma rapidez e exatidão raras, aparentando estar sempre à frente dos seus adversários no espaço temporal. Um maestro dentro de campo, que conduzia os seus companheiros para grandes lições táticas.

    Na verdade, Andrea Pirlo foi uma aposta falhada pela Juventus FC na época transata. Contratado em julho de 2020 para liderar a equipa de sub-23 dos “Bianconeri”, cerca de uma semana depois do anúncio, foi promovido ao comando técnico do plantel principal. Num clube histórico que tem dominado em Itália nos últimos anos, a vitória do campeonato era considerada como “uma obrigação”.

    Conquistou dois troféus, a Taça e Supertaça de Itália, mas o “modesto” quarto lugar, que garantiu a presença da “Vecchia Signora” na próxima edição da Liga dos Campeões, aliada à eliminação nos oitavos de final da prova milionária, ditaram o despedimento de Pirlo. No futuro, poderá voltar aos grandes palcos do mundo do futebol, mas ainda necessita de desenvolver os seus atributos enquanto técnico principal

    3.

    Steven Gerrard (Rangers FC) – Uma lenda do futebol inglês enquanto jogador, que vai devolvendo a glória, no cargo de treinador, a um gigante escocês, na sua primeira aventura como técnico principal de um plantel sénior.

    Depois de algumas experiências no futebol de formação entre 2017 e 2018, sempre no Liverpool FC, onde brilhou enquanto jogador, ingressou no comando técnico do célebre emblema escocês, sedento de vitórias. Na época transata, a sua terceira nos “Protestants”, levou o clube de novo ao título do campeonato, dez anos depois.

    A aposta em Gerrard foi arriscada pela falta de experiência nos grandes palcos como treinador principal, mas encaixou na perfeição num projeto sustentável do Rangers, que acabou por levar a equipa à conquista do maior objetivo.

    Aliado ao sucesso interno, vieram as boas campanhas europeias, contribuindo para o regresso gradual do clube à elite do futebol do “Velho Continente”. O antigo internacional inglês tem ainda uma margem de progressão considerável, e não será surpreendente se, num futuro próximo, tentar conquistar o seu espaço na Primeira Liga Inglesa.

    2.

    Rúben Amorim (Sporting CP) – De Portugal, chega-nos um exemplo feliz. Em menos de três anos, Rúben Amorim realizou um percurso absolutamente incrível. Assumiu o comando do Casa Pia AC em julho de 2018, cargo que ocupou por apenas seis meses. Na época 2019/20 assume a liderança do SC Braga B, e ainda no final de 2019, chega ao banco de suplentes da equipa principal.

    Nos “bracarenses” conquista uma Taça da Liga, e, em março do ano passado, torna-se técnico principal do Sporting CP. Criticado pela sua falta de experiência, e questionado acerca da sua capacidade para liderar um dos “grandes” do futebol português, Rúben Amorim fez história.

    Na época que há pouco terminou, Amorim construiu um plantel de raíz, à sua medida, sendo a sua primeira temporada por completo ao serviço de um clube. Após o seu bom desempenho nos “Arsenalistas”, embora com curta duração, os “Leões” apostaram todas as fichas no antigo médio internacional português, e tornaram-no num dos treinadores mais caros do mundo.

    Com experiência quase nula na liderança de um balneário como treinador, Rúben Amorim pegou num jovem plantel, e colocou o Sporting CP de regresso aos títulos, vencendo a Taça da Liga e o tornando-se campeão nacional. Aos apenas 36 anos de idade, terá pela frente uma carreira prometedora, tentando adicionar mais troféus ao seu palmarés de treinador.

    1.

    Zinédine Zidane (Real Madrid CF) – O percurso de Zidane é um pouco diferente dos restantes elementos apresentados neste artigo. Apesar de ter sido uma aposta arriscada para ocupar o cargo de treinador principal do Real Madrid CF, não tendo experiência no comando técnico de grandes equipas, o “Bola de Ouro” em 1998 foi conduzido lentamente para o cargo.

    Ingressou nos bancos de suplentes na temporada 2013/14, integrando a equipa técnica de Carlo Ancelotti como treinador-adjunto dos “Merengues”. Sempre ligado ao emblema espanhol, na época seguinte Zidane mudou-se para o Real Madrid Castilla, a equipa “B” dos madrilenos, primeiro como treinador-adjunto, e logo em seguida assumiu o comando técnico.

    Em janeiro de 2016, chegou a treinador principal da primeira equipa do Real Madrid CF, após o despedimento de Rafael Benítez. O antigo internacional francês conta com duas passagens pelos “Merengues” como técnico principal: a primeira até ao final da época 2017/18, e a segunda desde o final da temporada 2018/19 até ao presente ano, terminando a sua ligação aos “Blancos”.

    Ao todo, foram onze troféus conquistados enquanto treinador, incluindo três Ligas dos Campeões e duas Ligas Espanholas. Feitos inéditos realizados por um treinador novato, mas que chegou formatado ao trono do Real Madrid CF, pelo conhecimento que adquiriu do clube, como jogador e como membro da equipa técnica.

    Artigo revisto por Joana Mendes

    - Advertisement -

    Subscreve!

    Artigos Populares

    Diogo Mimoso Ferreira
    Diogo Mimoso Ferreirahttp://www.bolanarede.pt
    Adepto desde muito jovem de bom futebol disputado dentro das 4 linhas, desde o Tiki-taka ao catenaccio. Saiu do litoral e estuda na Beira interior, tentando cumprir o seu sonho desde criança: Comentar e analisar futebol.                                                                                                                                                 O Diogo escreve ao abrigo do novo Acordo Ortográfico.