As esperanças Tricoloriis

    Neste verão, houve nova edição do campeonato europeu de sub21, desta vez vencido pela seleção espanhola, sucedendo o até então campeão, Alemanha. Apesar da conquista da seleção de Espanha merecer grande parte do destaque, houve outra seleção que chamou a atenção. Falamos na seleção da Roménia, que provou ter uma geração de muita qualidade e talento pronto a começar a “rebentar” nos campeonatos europeus e nas competições internacionais.

    A seleção de esperanças romena, orientada por Mirel Radoi (ex médio, mais de 60 vezes internacional), deixou um rasto de perfume neste campeonato da Europa que não engana os mais atentos. Recheada de internacionais “A” pela Roménia e a jogar em 4x2x3x1, Radoi tinha um onze inicial tipo, que não derivava muito.

    Na baliza, há um supertalento. Andrei Radu, de apenas 22 anos, é uma das estrelas da seleção. Titular na Serie A italiana, ao serviço do Genoa CFC, Radu tem contrato com o FC Inter de Milão e espreita uma oportunidade na seleção principal. Ágil, rápido, fortíssimo entre e fora dos postes, o guardião tem tudo para ser o dono da baliza romena nos próximos anos.

    A Roménia somou 7 pontos na fase de grupos e perdeu 4-2 nas meias finais com a Alemanha
    Fonte: Federação Romena

    Na defesa, a qualidade também abunda. O quarteto, da direita para esquerda da defesa, era montado por Manea, já internacional A pela Roménia, tal como Nedelcearu, Pascanu, jogador do Leicester FC, e Florin Stefan, lateral com faro pelo golo. Os quatros elementos têm sido apontados a transferências na nova temporada, com destaque para Nedelcearu, que parece ser dos quatro o que pode chegar ao nível mais elevado.

    No meio campo, começa a magia tricolorii. Tudor Baluta e Cicaldau faziam a dupla, ambos internacionais A pela Roménia. Com Baluta encarregue das funções mais defensivas e Cicaldau, um autêntico motor e playmaker da equipa, o meio campo romeno enchia as medidas dos espetadores. Baluta já pertence ao Brighton & Hove Albion, clube que milita a Premier League, enquanto Cicaldau não deve durar muito mais tempo na Liga Romena. Mais adiantado, joga Ianis Hagi. Com nome de craque (filho de Gheorghe Hagi), o médio destaca-se por ser um verdadeiro 10, na medida que é um exímio executante de último passe, mas com um plus, tendo em conta que junta um faro para o golo notável (fez 14 golos na última temporada). Depois de uma experiência falhada na AC Fiorentina, o internacional A Romeno, deverá voltar a transferir-se para uma liga superior à do seu país.

    A Roménia não vai a Mundiais desde `98
    Fonte: Federação Romena

    No ataque, também existe muita qualidade. Pela direita, joga Dennis Man. O extremo de 20 anos, também já internacional A, foi uma das figuras de proa do vice-campeão FC Steaua Bucareste. Extremo rápido, forte no 1×1 e com muito golo, também espreita uma transferência na nova época. Pela esquerda, há Andrei Ivan, que faz estragos pelo SK Rapid Wien e também já conta com 7 jogos pelos “A” da Roménia. Um extremo diferente de Man, mais físico e mais de combinações/jogo apoiado, com menos faro para marcar a diferença através de golos (em termos de potencial, Man é muito superior a Ivan). Por fim, falta apenas falar no goleador da equipa: George Puscas. Também com apelido de craque, o tanque que atua no US Palermo, na Serie B italiana, já tem 4 golos em apenas 8 jogos pela seleção principal romena. Formado pelo FC Inter de Milão, Puscas faz lembrar Immobile quando ainda estava a aparecer e, se fizer as escolhas certas e continuar este caminho, poderá chegar a um nível muito elevado. Poderoso, que sabe jogar apoiado, mas também é explosivo a atacar o espaço.

    Estes onze são exemplos da fornada que vem aí do futebol romeno. Nos últimos anos, a Roménia teve participações discretas nos Europeus de 2008 e 2016, nunca passando a fase de grupos. Para se apurar para o Euro 2020, os romenos têm de rivalizar com Espanha, Suécia e Noruega. Vamos ver do que serão capazes estes rapazes nos próximos anos e se conseguem pôr o seu país no próximo Euro e de volta aos Mundiais.

    Foto de Capa: Federação Romena

     

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    Ruben Brêa Marques
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    O Rúben é um verdadeiro apaixonado pelo futebol, sem preferência clubística. Adepto do futebol, admira qualquer estratégia ou modelo de jogo. Seja o tiki taka ou o catenaccio, importante é desfrutar e descodificar os momentos do jogo e as ideias dos técnicos. Para ele, futebol é paixão, trabalho, competência, luta, talento, eficácia, etc. Tudo é possível, não existem justos vencedores ou injustos perdedores, e é isto que torna o futebol um desporto tão bonito.                                                                                                                                                 O Rúben escreve ao abrigo do novo Acordo Ortográfico.