O Estrela Vermelha lidera neste momento o campeonato sérvio com 57 pontos, mais 9 do que o segundo classificado e seu grande rival, Partizan. Passou pela primeira vez a fase de grupos de uma competição europeia desde 1992, tornando-se na primeira equipa a passar uma fase de grupos vinda da 1ª eliminatória de qualificação, e o sorteio dos 16 avos de final da Liga Europa ditou um confronto entre Estrela Vermelha e CSKA de Moscovo, que apesar das tradicionais boas relações entre sérvios e russos, têm um “condimento” extra, é que a claque do Estrela Vermelha, Delije, tem uma relação de afinidade com a claque do Spartak de Moscovo, Fratria, enquanto que a claque do CSKA de Moscovo tem a mesma ligação, mas com a claque do rival Partizan, espera-se por isso um jogo especial e interessante dentro e fora das quatro linhas.
Há uma outra curiosidade que rodeia a participação europeia do Estrela Vermelha, é que o último golo marcado pela equipa sérvia nas fases após os grupos foi um auto-golo do antigo defesa-central do Bayern Munique, Klaus Augenthaler, na meia final de 1990/1991, que carimbou o acesso da equipa sérvia à final da Taça dos Clubes Campeões Europeus, final essa que ganharia nos penalties depois de um 0-0 no resultado final, na Sérvia há quem fale em maldição, terão aprendido com o Benfica?
A Europa do futebol saúda o regresso do gigante dos Balcãs e espera que desta vez seja para ficar!
PS: Escrevo este artigo após assistir a um dos mais apaixonantes derbies do futebol europeu, falo claro Partizan – Estrela Vermelha, 1-1 foi o resultado final. Dizer também que três portugueses deixaram a sua página, uns mais do que outros, na história deste grande clube: Hugo Vieira, Lucas , que faleceu em 2015, e Sá Pinto, como treinador.
Foto de capa: Estrela Vermelha