FRANÇA: CONSOLAÇÃO INSUFICIENTE
Com sete pontos de vantagem seria uma hecatombe o PSG não ser campeão. Um prémio insuficiente para um projeto do Qatar que ambiciona a Europa e que só se consegue contentar com a França.
Anos e anos de investimento contínuo transformaram o clube parisiense numa potência nacional e continental. O campeonato francês é neste momento encarado como uma certeza – oito títulos em dez anos – e a época do PSG tem no máximo sete jogos: a fase final da Liga dos Campeões.
Eliminado de forma precoce da competição, o clube arrastar-se-á até ao final da temporada. É notória a forma como encara com olhos diferentes a Ligue 1 – a mudança de mindset de França para a Europa deve ser vista como um dos fatores que explicam o insucesso continental – jogando sem alma, sem coração e arrastando-se em campo, perfeitamente consciente de que com mais ou menos esforço as partidas serão ganhas com base na qualidade individual tremenda do plantel.
A vantagem não é curta o suficiente para alugar autocarros, mas é praticamente impensável imaginar um cenário em que o PSG perde sete pontos para o Marselha ou nove pontos para o Lens, principais adversários. O mês de abril reserva para os parisienses as partidas (em teoria, naturalmente) mais difíceis – Lyon, Nice e Lens – e a existir alguma surpresa, esta será construída a partir daqui. Se tudo correr dentro dos naturais, o PSG será campeão sem suar demasiado e sem celebrar em demasia – afinal a época já é encarada na capital como um fracasso.