O Passado Também Chuta: Diego Armando Maradona

    Diego Armando Maradona, “El Pibe”, é um dos maiores de sempre do futebol mundial. Um atleta que viveu a sua carreira na dicotomia entre o génio e o malandro. O verdadeiro 10 era capaz de coisas incríveis dentro das quatro linhas, no entanto, a vida fora dos relvados fez com que não tivesse ainda mais sucesso. “El Pibe” foi considerado o melhor do mundo, no ano de 1986.

    Diego Maradona nasceu em Lanús, a 30 de outubro de 1960. Desde criança que tinha um sonho: ser profissional de futebol e vencer um Mundial. A sua carreira iniciou-se ao mais alto nível: no futebol argentino, aos 15 anos, com a camisola do Argentinos Juniores. No clube de Buenos Aires disputou 166 jogos e marcou nada menos que 116 golos. Despontava, assim, um dos maiores talentos da Argentina.

    Decorria o ano de 1981, quando Maradona, que era adepto, tal como a sua família, do Boca Juniores, se transferiu para o La Bombonera a troco de 1.25M€. Diego esteve apenas uma época ao serviço do seu Boca Juniores, conquistando o extinto Campeonato Metropolitano Argentino, marcando 28 golos em 40 partidos.

    “El Pibe” protagonizou uma das maiores transferências de sempre na época 1982/1983, rendendo ao Boca Juniores uma verba a rondar os 8.00 M€. No entanto, a adaptação à Catalunha e duas longas paragens – uma hepatite na primeira época e uma fratura no tornozelo esquerdo, na segunda –  fizeram com que não demonstrasse todo o seu valor. Ainda assim, conquistou um campeonato, uma Supertaça e uma Taça do Rei – recorde-se que o Barcelona não vencia a liga desde 1974. Despediu-se sendo protagonista de uma batalha campal, num jogo frente ao Atheletic Bilbao, na final da Taça do Rei 83/84.

    Na época seguinte, foi transferido para o Nápoles, onde ainda hoje é idolatrado. O clube italiano chegou a acordo para a transferência de Maradona, pagando ao Barcelona uma verba de 6.97M€. Em Itália, viveu o auge da sua carreira entre 1984 e 1991, com o seu Nápoles a impôr-se aos clubes do norte de Itália, como o AC Milan e a Juventus. Ao serviço dos napolitanos realizou 259 jogos e marcou 115 golos, conquistando dois campeonatos, uma Taça de Itália, uma Supertaça e uma Taça UEFA.

    Depois de abandonar Nápoles, devido a problemas com uso de substâncias ilegais, passou pelo Sevilla, Newell´s Old Boys e terminou a carreira no “seu” Boca Juniores. Despediu-se perante “La Doce”, no Estádio La Bombonera cedendo a camisola 10 ao seu herdeiro, Juan Román Riquelme.

    Fonte: FIFA

    Ao serviço da seleção Argentina, viveu os melhores momentos na carreira: 91 jogos e 34 golos, vencendo um Mundial Sub-20 em 1979, uma Taça das Confederações em 1982 e o Mundial no México 1986. “El Pibe” participou em quatro campeonatos do mundo, entre 1982 e 1994, sendo vencedor em 86 e finalista vencido em 1990, num troféu disputado em Itália. Despediu-se da sua Argentina no campeonato do mundo de 1994, após um controlo anti-dopping positivo.

    Definir Diego Armando Maradona é recordar os quartos-de-final, no Mundial 86, perante a Inglaterra liderada por Sir. Bobby Robson – vitória dos argentinos por 2-1. “El Pibe” e a dicotomia entre o génio e o malandro – no primeiro golo a “mão de Deus”, o malandro – no segundo golo, Maradona demonstrou o seu talento driblando seis adversários até a bola estar no fundo das redes inglesas.

    Diego Maradona é, e será, um dos melhores de sempre, pois o seu talento, os seus dribles, a velocidade, e a qualidade com que colocava a bola onde queria com o seu pé esquerdo irão permanecer na memória dos apaixonados por futebol. “El Pibe” o rei argentino, o rei de Nápoles, que encantou sobretudo no seu país e em Itália, a cada fim-de-semana. O génio que brilhou no “La Bombonera” e no Estádio San Paolo.

    Foto de Capa: FIFA

    Artigo revisto por Joana Mendes

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    Jorge Faria Sousa
    Jorge Faria Sousahttp://www.bolanarede.pt
    O Jorge é natural da Lourinhã, trabalha como Consultor na área de TI. Colabora com alguns meios de comunicação social, é comentador da Sporting TV e na Bola na Rede.                                                                                                                                                 O Jorge escreve ao abrigo do novo Acordo Ortográfico.