Bicfalvi chegou à Rússia no passado Verão para representar o FC Tom Tomsk, com o intuito de relançar a sua carreira, que vinha, nos últimos anos, a conhecer períodos muito pouco brilhantes. Um salário de 30 mil euros mensais e o reencontro com algumas pessoas com quem já tinha trabalhado na Ucrânia, ao serviço do FC Volyn Lutsk, fizeram Bicfalvi aceitar o contrato sem quaisquer reservas, mas aquilo que parecia a melhor plataforma para relançar a sua carreira acabou por se tornar num verdadeiro pesadelo.
Os meses que Bicfalvi passou na Sibéria foram, nada mais, nada menos, do que uma angustiosa jornada sem receber um único cêntimo dos vencimentos que lhe haviam prometido. A penosa realidade financeira que o FC Tom Tomsk atravessa fez com que dois terços do seu plantel abandonassem a equipa durante a paragem de Inverno, depois de os jogadores estarem mais de seis meses sem receber o seu devido salário. Bicfalvi, que a certa altura no Verão passado afirmou à imprensa romena que havia escolhido o FC Tomsk em detrimento do FC Ufa de Viktor Goncharenko, não foi excepção e terá mesmo, segundo os media russos, recusado jogar pelo emblema da Sibéria numa ou noutra ocasião.
Bicfalvi chegou a acordo com o FC Tom Tomsk para uma rescisão de contrato por justa causa e não demorou muito para encontrar um novo clube, uma vez que pouco tempo depois já estava ao lado de Aleksandr Tarkhanov a ser apresentado como novo reforço do FC Ural. Tarkhanov é um treinador da velha guarda soviética e tem sido responsável, ao longo dos tempos, por “recuperar para o futebol” jogadores como, por exemplo, o melhor marcador da Liga Russa, Fyodor Smolov. Com Bicfalvi, as coisas não parecem ser diferentes, e mesmo com pouco tempo de trabalho o ex-internacional romeno já mostra serviço, afirmando-se como elemento preponderante na manobra ofensiva da equipa.