Importa referir, por exemplo, que os EUA nunca venceram e os Mexicanos venceram todas as edições do novo formato, ou seja, por 7 vezes. Esta época, 2015/16, será mais uma vitória garantida para o México, pois na final estão duas equipas mexicanas: Tigres e América.
Desde a época 2011/12, que são quatro as equipas mexicanas apuradas para a fase de grupos da Champions League CONCACAF e, igualmente, quatro as equipas norte americanas automaticamente classificadas para esta fase.
De modo mais detalhado indicaremos quantas equipas mexicanas e americanas passaram para a fase a eliminar; quais as que chegaram às meias finais; e quem saiu mais vitorioso nos confrontos entre si:
Época |
Equipas nas Quartas de Final (QF) |
Equipas nas Meias Finais (MF) |
Quem saiu mais vitorioso nos confrontos entre si |
2008/09 |
4 MEX / 1 EUA |
3 MEX |
1 Vitória do MEX x EUA nas QF |
2009/10 |
4 MEX / 1 EUA |
4 MEX / 1 EUA |
1 Vitória do MEX x EUA nas QF |
2010/11 |
4 MEX / 2 EUA |
2 MEX / 1 EUA |
1ª vitória do MEX – EUA (Monterrey x Salt Lake) |
2011/12 |
4 MEX / 2 EUA |
3 MEX |
1 vitória do MEX x EUA nas QF |
2012/13 |
3 MEX / 3 EUA |
2 MEX / 2 EUA |
1 vitória do MEX x EUA nas QF1 vitória do EUA x MEX nas QF2 vitórias do MEX x EUA nas MF |
2013/14 |
3 MEX / 3 EUA |
3 MEX |
3 vitórias do MEX x EUA nas QF |
2014/15 |
2 MEX / 1 EUA |
1 MEX |
Não houve confronto entre si |
Resumindo, em onze confrontos entre si, a partir das quartas-de-final, as equipas do México venceram dez vezes e as equipas Norte Americanas apenas uma. É uma marca percentual incontestável: 91% de vitória para o México.
Esta época – 2015/16, tivemos pela primeira vez apenas equipas norte americanas e mexicanas nas quartas-de-final. Foram quatro duelos entre equipas das diferentes nações. Resultado final? Passaram às meias-finais as quatro equipas mexicanas. No confronto das duas mãos, os resultados:
DC United (EUA) [1 x 3] Querétaro (MEX)
Seattle Sounders (EUA) [3 x 5] América (MEX)
Real Salt Lake (EUA) [1 x 3] Tigres (MEX)
LA Galaxy (EUA) [0 x 4] Santos Laguna (MEX)
Interessante! Face a planteis recheados de estrelas do Futebol Mundial e fortes investimentos financeiros nas contratações de jogadores que se julgam vir a ser os grandes impulsionadores da modalidade no país do Basquetebol, Futebol Americano e Baseball, acontece o ‘milagre’ do Futebol.
Ora vejamos, a título de exemplo. Um LA Galaxy que mete em campo um Jelle Van Damme (ex-Ajax, Anderlecht e Standard), um Nigel de Jong (ex-Ajax, Man. City e Milan), um Steven Gerrard (ex-Liverpool), um Giovanni dos Santos (ex-Barcelona, Tottenham, Galatasaray e Villareal) e Robbie Keane (ex-Leeds, Tottenham, Celtic, Liverpool), entre outros, perde por 4-0 com um Santos Laguna com mais de 60% da equipa titular composta por desconhecidos jogadores mexicanos.
Dá que pensar! A palavra ESPETÁCULO assume contornos diferentes na mesma parte do continente: o americano é sem dúvidas um expert em tornar o jogo num espetáculo, só que o mexicano é aquele quem pratica um jogo mais espetacular.
Por fim, resta-me dizer o provérbio: “o que uns têm a mais, os outros têm a menos”.
Os EUA têm mais quantidade de dinheiro, o México mais qualidade de futebol. Os americanos têm mais mediatismo do jogo, os mexicanos mais competitividade. Os americanos têm mais intenções, os mexicanos mais troféus. Esta é a beleza do Futebol! É que o dinheiro compra QUASE tudo… quase tudo! Porque ainda não encontrou a fórmula de comprar a paixão pelo jogo, a cultura de uma nação e a ambição ou o direito a sonhar que os ‘pequenos’ podem vencer os ‘grandes’.
Este ano teremos mais do mesmo, ainda assim valerá a pena ver a final e perceber porque são os Mexicanos que estão sempre lá.