Avancemos para o meio-campo, apenas com uma alteração: o miúdo-maravilha não está convocado. Se foi estratégia para o termos no Europeu de sub-21 ninguém sabe, mas o certo é que Renato Sanches teve uma época de desilusão no Bayern, sendo assim “substituído” pelo ex-companheiro de Benfica Pizzi. Há que dizer que são dois jogadores incomparáveis, contudo, arrisco dizer que aqui Pizzi ganha o duelo. Foi o melhor jogador da Liga NOS 2016/2017, com uma inteligência tremenda ao longo de 52 jogos (!), juntando a isso bom faro de golo, com 13 tentos marcados. Está em todo o lado, veremos se estará também no onze titular da Seleção.
Acabamos, como de costume no fim. A linha avançada. E é aqui que a “porca torce o rabo”: Éder, o herói da final, não está convocado. Para o seu lugar entra André Silva. Por mais simbolismo que a ausência de Éder tenha, parece-me óbvio que o avançado do FC Porto é uma melhor opção. Seis golos para o avançado do Lille em 2015/2016, contra 26 do jovem ponta-de-lança este ano. De seguida, para terminar, temos uma substituição de um por dois. Sai Rafa Silva e entram Bernardo Silva e Gelson Martins. Se o à época jogador do SC Braga teve uma boa prestação em 2015/2016, o certo é que parece óbvio que Bernardo e Gelson são opções mais válidas, ameaçando mesmo à entrada no onze inicial, algo que Rafa nunca conseguiu fazer. São a estrela do campeão francês e o melhor assistente do nosso campeonato, respetivamente.
Assim, a conclusão parece-me francamente positiva: a Seleção Nacional leva para a Rússia uma lista de convocados, à partida e teoricamente, mais competente do que aquela que levou para França. Mais poder de fogo, mais juventude com alguma bagagem, e mais tempo de jogo, assistências e golos do que aqueles que ficaram para trás, nas memórias do Europeu. Agora é só esperar que o desfecho seja o mesmo de há um ano: que a Taça seja nossa!
Foto de Capa: UEFA