O que se segue para Portugal? O ataque

Éder estará à espreita, claro. Não se deitará à sombra do histórico golo do Europeu e também não seria justo receber oportunidades apenas com base no impacto desse tento. Ele oferece valias. Tem poderio físico e tem boa orientação ofensiva, mesmo de costas para a baliza. Peca, porém, muito, no capítulo da finalização, e isso (aliado aos 30 anos que terá, chegado o Mundial) coloca-o atrás de Ronaldo e André na luta por um lugar no onze até ao Rússia-2018.

O guineense criado na Adémia terá de lutar pelo lugar. Até porque, entretanto, vao surgindo jovens de grande qualidade na arte do golo, que preenchem lacunas do próprio Éder, como Goncalo Paciência ou José Gomes, ainda que este tenha muito que provar até ter legitimidade para reclamar uma chamada à selecção principal.

Resta perceber que futuro terá Éder na Seleção Nacional Fonte: Facebook Oficial de Éder
Resta perceber que futuro terá Éder na Seleção Nacional
Fonte: Facebook Oficial de Éder

A frente de ataque, porém, não é exclusiva para referências da área. Há elementos de apoio à ter em conta e que “casam” muito bem com um jogador mais fixo ou com outro com a mesma modalidade. No caso de Fernando Santos optar por um esquema orientado a partir de 4x4x2 , com duas unidades móveis na frente, há uma dose cavalar de candidatos à posição, seja a jogar ao lado de Ronaldo ou com alguém ainda mais móvel.

Nani e Quaresma são jogadores de ala, mas entendem-se bem com CR7 conforme ficou comprovado no Euro 2016, porém, o jogador do Valência terá 31 anos no Mundial 2018 e o do Besiktas contará … 35!

Caso consigam manter a mesma frescura física (a de Nani tem caído, por exemplo), serão naturais titulares, mas têm muito sangue novo à procura de uma oportunidade nessa zona do ataque. Rafa (25 anos em 2018), dada a vertigem com que encara os adversários sem medo do drible e a capacidade de mexer com o jogo emprestando-lhe velocidade, é um candidato natural, tal como Diogo Jota (21) que tanto tem conseguido crescer nos últimos tempos. Ambos têm capacidade de trabalho notável e são desequilibradores natos, embora o jogador do Benfica tenha alguma dificuldade na hora de finalizar e o  do Porto seja pouco “calejado” em grandes eventos. Corrigivel, claro, com o tempo. Gonçalo Guedes conseguirá preencher essas lacunas (já ganho algum calo no Benfica), mas falta-lhe a tal vertigem que os seus colegas de selecção  oferecem.

Se a opção do engenheiro passar por um 4x3x3 com dois elementos de apoio à uma referencia de área, qualquer um dos nomes citados acima podem preencher esses lugares, embora possam existir, em 2018, jogadores com maior frescura física e noção de verticalidade. Como Gelson Martins que, aprimorando, ainda mais, a qualidade no passe, a enorme capacidade técnica e a objectividade da velocidade, será um nome com lugar reservado no onze da selecção nacional, em 2018.

Ricardo Horta, Iuri Medeiros, Podence, Carlos Mané (estreou-se com um bis no Estugarda) ou até Bruma, com o devido crescimento, podem fazer concorrência aos nomes acima citados para a frente de ataque da selecção nacional, mas partem, hoje, em desvantagem face a eles. E a versatilidade de Bernardo Silva ou João Mário (referido na parte II desta análise) para jogar mais adiantados do que as posições que normalmente lhes são atribuídas na Selecção Nacional dificultar-lhes-à essa tarefa.

Seja qual for o esquema escolhido por Fernando Santos, a linha ofensiva deverá ser o menor dos seus problemas… ou o que melhores dores de cabeça lhe trará.

Foto de capa: FPF

Pedro Machado
Pedro Machado
Enquanto a França se sagrava campeã do mundo de futebol em casa, o pequeno Pedro já devorava as letras dos jornais desportivos nacionais, começando a nascer dentro dele duas paixões, o futebol e a escrita, que ainda não cessaram de crescer.                                                                                                                                                 O Pedro não escreve ao abrigo do novo Acordo Ortográfico.

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