Pivô Defensivo:
Esta é uma posição transversal a um meio-campo com 3 ou 4 médios, a julgar pelas opções já efectuadas por Fernando Santos. Há sempre o “tampão”, e nesse aspecto Portugal encontra-se bem apetrechado. A prova disso esteve no Euro 2016. Danilo Pereira começou, teve alguns erros no primeiro jogo, contra a Islândia, mas isso não lhe retirou a qualidade posicional e a noção táctica que empresta ao jogo, para além disso, tem no seu 1,88m um importante argumento nos duelos individuais (ainda que no jogo com a Islândia, por exemplo, não tenha estado tão bem nesse aspecto). Dados os 24 anos (faz 25 de sexta-feira a oito dias), é um nome que Fernando Santos deverá ter em conta para as próximas grandes competições.
O outro é William Carvalho, o detentor, por direito próprio, desta posição. Não só pelo grande Europeu que realizou mas pela melhoria na exploração da profunidade e na saída de bola, que se vieram juntar à “omnipresença” e à liberdade que confere aos colegas da frente, descontraídos nos desequilíbrios por saberem que têm as costas guardadas. Roubou, com mérito, o lugar a Danilo.
O futebol, porém, não é algo estanque. É o momento. Danilo pode voltar a tirar o lugar a William ou pode intrometer-se mais uma “actor” para assumir este papel. Depende da evolução destes dois, que ainda não estancou, e ainda da de nomes como o de Rúben Neves ou Francisco Ramos (ainda sem uma “especialidade” definida, mas com muito talento e maturidade táctica, sobretudo atendendo aos 19 e 20 anos, respectivamente)… ou de qualquer central que possa vir a ser utilizado nesta posição, crescendo de forma desmesurada na mesma. Vem à cabeça, por exemplo, Rúben Semedo, que assumiu, com brio, o “6” no Vitória de Setúbal.