Portugal: Um baralho com muitos ases e jokers, num póquer que mesmo assim não impressiona

Roberto Martinez escolheu as suas melhores cartas para esta convocatória final de Portugal rumo ao Euro 2024, no entanto, a seleção nacional continua a facilitar em alguns momentos do jogo, prova disso foram os dois golos concedidos na partida de frente à Finlândia, resultantes de algumas faltas de atenção dos jogadores das “quinas”. E qual é efetivamente o problema que existe na nossa seleção?

Não sei bem se lhe devemos chamar de problema, tendo em conta que o jogo de Portugal era um jogo particular, mas estas tais facilidades insistem em aparecer, provenientes de um certo relaxar dos nossos jogadores. Ora bem, posto isto, é lógico que existe aqui um aspeto que tem de ser corrigido, porque temos de admitir que a nossa seleção é uma das principais favoritas à vitória final, diria até num top três tendo em conta a conjuntura total dos grupos e a nossa própria valia individual e enquanto equipa. Mas o jogo de ontem não nos trouxe só pontos a melhorar, trouxe também vários pontos que merecem o nosso destaque pela positiva, começando logo por Francisco Conceição, que fez uma exibição de luxo, que deu até a ideia de que já está com o grupo há vários anos.

Depois, elogiar também João Neves, um jogador de outra craveira e, à semelhança de Francisco, com uma maturidade muito acima de média. Ontem, tivemos também a certeza de que temos um grupo que, no geral, está no máximo das suas capacidades, com todos os jogadores prontos a entrarem e a assumirem o seu papel quando necessário.

Queria deixar também uma nota para aquilo que foi a prestação e o posicionamento de João Cancelo no confronto de ontem porque, na segunda parte, vi o lateral a assumir-se como mais um médio, a jogar muito por dentro e, ainda que ache que um dos golos possa ter sido consequência de uma falta de atenção defensiva no lado esquerdo, acredito que podemos explorar as capacidades técnicas de Cancelo para enfrentar situações que nos podem ser adversas no jogo, como uma desvantagem no marcador. Estou ansioso para perceber se Cancelo pode até coexistir no onze com Dalot e Nuno Mendes, e assumir de caras a posição de médio centro, porque apesar de perdermos um grande lateral, podemos ganhar alguma irreverência, que existe sim, mas que com Cancelo pode ser mostrada ao máximo.

Espero que este tal relaxamento que existe em vários momentos do jogo deixe de existir, para bem de todos nós, que queremos que a nossa comitiva volte para Portugal apenas no dia 15 de julho e, se Deus quiser, cerca de oito quilos mais pesada.

Bernardo Santos
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O Bernardo é Licenciado em Relações Públicas e quase mestre em Jornalismo. É um comunicador nato, que transporta para o futebol a mesma simpatia e alegria que tem em viver.

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