Para ultrapassar a primeira fase de pressão contrária e a disciplina táctica húngara (aprimorada desde o Euro), será importante destabilizar as entrelinhas milimétricas dos magiares, através de um meio-campo mexido e versátil.
Algo que, felizmente, a Seleção Nacional tem. João Mário será crucial neste aspecto. Se contar com a ajuda de um inspiradíssimo Bernardo Silva, mais sobre a direita, melhor ainda. Temos irreverência e noção posicional. Resta saber quem a coordena, caso João Mário jogue mais sobre a esquerda. André Gomes tem estado eclipsado em Barcelona, tal como Renato em Munique; sobra Moutinho, mas não tem rasgo… e Pizzi!
O jogador do Benfica tem predicados importantes para a missão que lhe estará designada – joga bem ao primeiro toque e orienta a receção com critério, ou seja, “perde menos tempo” a construir. E isto poderá ser fundamental para dinamitar a barreira magiar.
Como o 21 dos encarnados não estará tão consolidado com os processos de jogo e os companheiros que irá encontrar amanhã, poderá ser prudente jogar com João Mário no meio e fazê-lo partir sobre a esquerda. Porém, com o desenrolar do encontro, e de uma eventual vantagem, as suas ações, vindas desde o centro do terreno podem, juntamente com dinâmica de João Mário e Bernardo Silva, ser importantes para uma vitória que ser folgada.
Foto de capa: Daily Mail