Análise à final do Euro sub-19 2024 e o 11 do torneio

Depois da conquista do Europeu sénior, do Europeu sub-17 e sub-19 feminino, a Espanha soma o quarto título em 2024, com a conquista do Euro sub-19 masculino.

Os espanhóis derrotaram a França na final do Euro 2024 por duas bolas a zero, com golos de Iker Bravo e Jérémy Jacquet (auto-golo). A seleção do país vizinho somou a sua nona conquista em dez finais, num total de quinze participações.

Esquema tático inicial de Espanha (4-3-3)

José Lana fez apenas uma alteração face ao jogo anterior, lançando David Mella no lugar de Assane Diao.

Raúl Jiménez

Perea-Keddari-Gasiorowski-Julio Díaz

Hernández-Chema Andrés

Belid

Dani Rodríguez-Iker Bravo-Mella

Esquema tático inicial da França (4-2-3-1)

Diomède mudou três. Saíram Steve Ngoura, Lucas Michal e Senny Mayulu e entraram Dehmaine Assoumani, Jean-Mattéo Bahoya e Eli Junior Kroupi.

Bengui

Kumbedi-Yoni Gomis-Jacquet-Soumahoro

Atangana-Benama

Assoumani-Bahoya-Bouabre

Kroupi

Análise à final do Euro Sub-19 2024

A Espanha foi a seleção que entrou melhor na final deste Euro, com duas oportunidades logo a abrir, uma em bola corrida e outra em bola parada.

A partir desse momento, mesmo que sem criar grandes oportunidades, a França tomou conta do jogo com Bouabré em evidência, a tentar assumir as jogadas de risco, ainda que estivesse algo desconfortável na função atribuída – não se percebeu a ideia de Diomède em trocar as funções de Bouabré e Bahoya, seria para causar surpresa?

A ideia gaulesa também parecia ser a agregação dos mais criativos à esquerda, deixando Kumbedi largo à direita a aguardar por uma basculação rápida, que não funcionou. Ainda assim, frente a uma Espanha tão cínica e perspicaz, a melhor oportunidade francesa no primeiro tempo, pertenceu a Soumahoro (talvez o mais improvável) com um remate de pé direito à entrada da área que obrigou Raúl Jiménez a um belo voo.

Já a Espanha conseguiu, mesmo estando por baixo, chegar à vantagem através de um lance em que David Mella se juntou à zona centro-direita para combinar com Iker Bravo, que baixou para receber, entregar e receber de novo para finalizar, à passagem do minuto 41 colocando a sua seleção em vantagem.

15 minutos de intervalo e a Espanha tenta sempre, com alguma sagacidade, aproveitar o início de partes, para mexer com o resultado e criou perigo através de combinações entre Iker Bravo e Dani Rodríguez.

A França dominava a posse de bola e a Espanha defendia num bloco baixo bastante organizado, com Gasiorowski a comandar as tropas quando, a partir da hora de jogo, ambos os treinadores decidiram, em momentos separados, mexer com a equipa. Se do lado gaulês as mexidas retiraram o pouco de positivo que a equipa tinha, do lado espanhol o impacto foi imediato. Assane Diao entrou para atacar a profundidade e o espaço que existia atrás do bloco defensivo francês e assim o fez, no lance do segundo golo, tendo a bola sido desviada por Jacquet antes de entrar.

Mesmo que sem grande objetividade e após a expulsão de Yoni Gomis – numa situação de contra-ataque espanhol – a França manteve-se os índices de pressão, intensidade e a tentativa de criar perigo, mas nunca foi bem-sucedida. Fica a sensação de que Bengui poderia ter feito mais em ambas as ocasiões.

A Espanha nunca foi espetacular ao longo do Euro Sub-19, mas nos momentos-chave soube se organizar e como ter e não ter bola. Cinismo e Sagacidade.

11 ideal do Euro Sub-19 2024

Vladyslav Krapyvtsov (Ucrânia)

Ali Turap Bülbül (Turquia) Jérémy Jacquet (França) Yarek Gasiorowski (Espanha) Davide Bartesaghi (Itália)

Chema Andrés (Espanha)

Atangana Edoa (França) Luca Di Maggio (Itália)

Simone Pafundi (Itália) Daniel Braut (Noruega) Iker Bravo (Espanha)

Rodrigo Silva
Rodrigo Silva
O Rodrigo ama aventuras, é scout no Guarda FC e no FC Porto e crê que o talento futebolístico existe em qualquer lado. Para além disso, adora jogadores completos e bolas paradas.

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