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Marrocos 1-0 Portugal: Do céu ao inferno

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A CRÓNICA: PORTUGAL ELIMINADO DO MUNDIAL 2022

As sensações oriundas do embate diante da Suíça haviam deixado os portugueses a sonhar. Sonho que cessou num curto espaço de tempo, após a derrota de hoje perante a seleção marroquina.

A vitória sobre os suíços levava Portugal a entrar para o jogo com Marrocos com os índices de motivação em alta. Do outro lado, também a seleção marroquina vinha motivada depois de eliminar a seleção espanhola no desempate por grandes penalidades.

Previa-se uma entrada forte e afirmativa da seleção portuguesa adequada ao estatuto que a mesma queria assumir na competição. Porém, após o apito inicial, o que vimos foi uma seleção previsível e com muitas dificuldades em jogar perante o bloco baixo montado por Regrari. Portugal apresentava muitas dificuldades em conseguir criar perigo. Raras foram as ocasiões que deixaram os marroquinos inquietantes, e, quando eram criadas, na sua maioria, a decisão era sempre a errada.

Do outro lado e com o passar dos minutos de jogo, os marroquinos estavam tranquilos na partida, sabendo sempre qual o papel que tinham de desempenhar nos momentos do jogo. Geralmente conseguiam sair bem perante a pressão portuguesa, mas acabavam por não conseguir traduzi-la em perigo.

A cinco minutos do intervalo, após um cruzamento para a área, a seleção marroquina viria a adiantar-se no marcador, com um golo de En Nesyri, num lance onde Diogo Costa não ficou muito bem na fotografia.

Na entrada para o segundo tempo, esperava-se uma resposta da seleção das Quinas, uma vez que tendo em conta o marcador, seriam 45 minutos de sentido único. No decorrer da segunda parte, Fernando Santos foi fazendo alterações e Portugal, a espaços, foi criando perigo, tendo, inclusive, situações suficientes para conseguir igualar o marcador. Contudo, do outro lado, vimos um Bounou afirmativo e a responder presente.

Os minutos foram passando, o coração ocupou o lugar da cabeça, e Portugal, em contrarrelógio, procurava soluções (ainda que tímidas) para desbloquear o jogo. O esforço lusitano não foi o suficiente e os marroquinos levaram a melhor vencendo a partida e eliminando Portugal do campeonato do mundo de 2022.

Três notas: a primeira para Bruno Fernandes, se já vinha a fazer um Mundial soberbo, hoje deu mais uma demonstração disso. Foi o único (a par de Félix) que esteve ao nível exigido; a segunda para Vitinha que merecia muito mais tempo de jogo neste Mundial; a terceira para Fernando Santos, a exibição perante a Suíça mascarou as exibições que Portugal vinha a fazer. Numa seleção com tanta qualidade e potencial, exige-se muito mais a um selecionador nacional. Está na hora de dizer adeus e, sabendo que não se pode esquecer o passado, talvez seja hora de o colocar numa caixinha.

 

A FIGURA

Azzedine Ounahi – o criativo do Angers desbloqueou a pressão portuguesa. Foi através dele que a seleção marroquina conseguiu ligar todo o seu jogo. Percebe todos os momentos de jogo, pautando quando tem de pautar, acelerando quando tem de acelerar. Uma das boas surpresas deste mundial, com apenas 22 anos.

 

O FORA DE JOGO

Fernando Santos – De outra forma não podia ser. Os 6-1 à Suíça mascararam as más exibições que Portugal vinha a fazer. hoje voltámos ao normal, uma seleção sem ideias, com jogadores a jogar fora das suas posições (como o caso de Bruno Fernandes). Aliás, nem se percebe bem a tática em que Portugal joga.

 

ANÁLISE TÁTICA – MARROCOS

Regragui, selecionador marroquino, voltou a apostar no 4-3-3 que deu frutos frente à seleção espanhola, porém viu-se obrigado a mexer nos intervenientes devido às lesões do central Aguerd e do lateral Mazraoui.

Neste sentido, Marrocos apresentou-se com Saiss e El Yamiq (substituto de Aguerd) no corredor central da defesa, à frente do guarda-redes do Sevilha, Bounou. Hakimi ocupou o corredor lateral direito e Attiat-Allah substituiu o lesionado Mazraoui, no corredor esquerdo.

No meio-campo, Amrabat foi o médio mais defensivo da seleção marroquina com Amallah e o criativo Ounahi a jogarem à sua frente. No ataque, Boufal ocupou o corredor esquerdo, Ziyech o corredor direito e En Nesyri a ocupar a posição mais central do ataque.

Vendo-se a ganhar no jogo, na segunda parte o selecionar marroquino defendeu com tudo o que podia. As substituições efetuadas por Regrari colocaram a equipa num 5-2-3 e, mais tarde num 6-4-1. Marrocos viveu, durante a segunda parte, de rasgos dos seus criativos, esperando as oportunidades dadas pela seleção portuguesa para sair em contra-ataque. Uma segunda parte em que os marroquinos passaram grande parte do tempo no seu meio-campo defensivo.

11 INICIAL E PONTUAÇÕES

BOUNOU (7)

ATTIAT-ALLAH (6)

SAISS (6)

EL YAMIQ (6)

HAKIMI (7)

AMRABAT (7)

AMALLAH (6)

OUNAHI (8)

BOUFAL (7)

ZIYECH (7)

EN NESYRI (7)

SUPLENTES UTILIZADOS

DARI (6)

CHEDDIRA (3)

BENOUN (5)

ABOUKHLAL (-)

JABRANE (-)

ANÁLISE TÁTICA – PORTUGAL

Em equipa que ganha não se mexe, é o que se costuma dizer. Fernando Santos quase que levou esse “ditado popular” à letra. Relativamente ao onze apresentado frente à Suíça apenas houve uma mudança, com o selecionar português a manter o 4-3-3/4-4-2 utilizado no jogo anterior.

Diogo Costa na baliza, Rúben Dias e Pepe no corredor central da defesa com Diogo Dalot a ficar encarregue da ala direita e Guerreiro responsável pelo corredor esquerdo.

No meio-campo, Rúben Neves rendeu William Carvalho. À sua frente Otávio, Bernardo Silva e Bruno Fernandes ficaram encarregues da criatividade da seleção portuguesa, num quarteto bastante dinâmico, em que o médio do Manchester United descaiu mais para o lado direito. No ataque, Fernando Santos manteve a dupla de sucesso diante os suíços: João Félix e Gonçalo Ramos.

Com a entrada de Ronaldo e Cancelo, Fernando Santos mudou a estrutura da equipa passando para um 4-2-4 com Bernardo Silva e Otávio no meio, Bruno Fernandes na faixa direita, Félix na faixa esquerda, Ronaldo e Gonçalo Ramos na frente. Mais tarde ainda lançou Leão para o lugar de Gonçalo Ramos, colocando Félix no centro. Apesar das diversas mexidas, e mesmo alteração do sistema tático, não houve qualquer mudança. Portugal continua bastante previsível e intermitente.

11 INICIAL E PONTUAÇÕES

DIOGO COSTA (3)

DIOGO DALOT (5)

PEPE (5)

RÚBEN DIAS (4)

RAPHAEL GUERREIRO (4)

RÚBEN NEVES (4)

OTÁVIO (5)

BRUNO FERNANDES (7)

BERNARDO SILVA (5)

JOÃO FÉLIX (7)

GONÇALO RAMOS (5)

SUPLENTES UTILIZADOS

CANCELO (5)

RONALDO (5)

RAFAEL LEÃO (5)

VITINHA (6)

HORTA (-)

Duarte Amaro
Duarte Amarohttp://www.bolanarede.pt
Duas são as paixões que definem o Duarte: A Comunicação e o Desporto. Desde muito novo aprendeu a amar o desporto, muito por culpa dos intervenientes que o compõem. Cresceu a apreciar a mestria de Guardiola, a valentia de Rossi e a habilidade de Hamilton, poder escrever sobre estes é algo com que sempre sonhou.

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