Arménia 2-3 Portugal: Ronaldo, what else?

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    Portugal alcançou mais um importante triunfo rumo ao Europeu de França às custas de Cristiano Ronaldo, que registou mais um hat-trick na sua carreira. O conjunto de Fernando Santos fez um jogo pouco conseguido e sofrível, mas quem tem CR7 arrisca-se a ganhar, mesmo a jogar (muito) mal.

    O selecionador nacional voltou a surpreender na constituição do onze e contrariou a maior parte da imprensa. Se a inclusão de Fábio Coentrão, novamente, a médio já se esperava, a titularidade de Vieirinha, a lateral-direito, e a não entrada de Quaresma no onze não eram tão expectáveis. O restante onze foi composto por Rui Patrício, Bruno Alves, Ricardo Carvalho, Eliseu, Tiago, Moutinho, Danny e CR7.

    A equipa das Quinas entrou na partida a jogar em 4-4-2 clássico, com Danny e Ronaldo soltos na frente, com Nani e Coentrão a fecharem as alas, deixando o miolo para Tiago e Moutinho, mas este sistema não estava a resultar. Os arménios controlavam a bola e Portugal raramente conseguia sair no contra-ataque. Mkhitaryan, médio do Dortmund e grande estrela desta seleção, era o homem que mais perigo criava quando pegava na bola e estava a usufruir de uma liberdade que não podia ter. Os dois elementos do meio-campo Português não chegavam para os três jogadores Arménios e os da casa iam-se aproveitando disso. É certo que não estavam a atirar à baliza de Patrício, mas iam assustando. Numa das vezes foi Carvalho a fazer um excelente corte de carrinho que evitou males maiores.

    Esta entrada mais forte dos Arménios iria ser premiada ao minuto 14. Num livre ainda longe da baliza, num local onde era expectável um cruzamento para a área, Marcos Pizzelli fez um grande golo. O camisola 8 rematou direto, ao jeito de Cristiano Ronaldo, e fez a bola entrar, após bater na trave, junto ao ângulo superior esquerdo do guardião Português. Rui Patrício não estava à espera de que Pizzelli rematasse e posicionou-se para sair a um cruzamento. É justo também dizer que se estivesse bem colocado, provavelmente, não chegaria à bola mas tinha ficado melhor na fotografia.

    Cristiano Ronaldo foi o herói do jogo, com 3 golos marcados Fonte: Facebook 'Seleções de Portugal'
    Cristiano Ronaldo foi o herói do jogo, com 3 golos marcados
    Fonte: Facebook ‘Seleções de Portugal’

    Depois deste golo, Portugal reajustou, Fábio Coentrão juntou-se a Moutinho e Tiago, Danny fechou o lado esquerdo e Ronaldo ficou solto no ataque. Com esta mudança, os Arménios deixaram de ter tanta bola, o conjunto de Fernando Santos ganhou mais solidez defensiva e começou a atacar mais, embora com poucos homens, como foi norma durante todo jogo.

    O jogo estava fraco, muito disputado no centro do terreno e Portugal tinha de fazer muito mais se quisesse ganhar o jogo. Mas antes de que Portugal o fizesse, caiu um penálti do céu, sobre João Moutinho (quando a Arménia estava a menos 1 por assistência a um jogador) que Cristiano Ronaldo converteu. Este golo poderia ser o mote para a reviravolta na partida e sobretudo na qualidade de jogo de Portugal, mas não foi. Até ao intervalo, a partida manteve-se na mesma toada e sem qualquer brilhantismo.

    Na segunda parte, Portugal voltou com Coentrão a jogar no miolo, atento às movimentações de Mkhitaryan, anulando grande parte do jogo dos Arménios. E se os Arménios não conseguiam visar a baliza nacional, já o mesmo não se pode dizer de Ronaldo. O faro de golo do Bola de Ouro 2015 é impressionante e ao minuto 55, após uma bola longa nas costas da defesa, depois de um dos centrais ter falhado o cabeceamento, CR7 acreditou, foi atrás do outro defesa-central, que esperou que o guarda-redes viesse recolher o esférico. Entre os instantes de hesitação que o central e o guardião tiveram, Ronaldo meteu o seu pé entre eles e fez o golo. A reviravolta nos pés de Ronaldo que 3 minutos depois iria completar o hat-trick com um golo de levantar o estádio.

    Rui Patrício bateu longo e após nova falha no cabeceamento do defesa-central, CR7 com um receção brilhante com a ponta da bota, rodou para a baliza e ainda muito longe desferiu um potente remate, com a bola a entrar no ângulo superior esquerdo do guarda-redes. 3 golos caídos do céu, ou melhor, do génio de Cristiano Ronaldo! Ora, depois disto parecia que Portugal tinha acabado com o jogo e que os Arménios já não tinham mais vidas, mas Tiago iria dar esperança à seleção da casa. O jogador do Atl. Madrid viu o segundo cartão amarelo aos 62 minutos, após uma falta desnecessária e infantil.

    A partir daqui os Arménios tentaram reduzir e conseguiram-no à passagem do minuto 72, depois de um canto curto. Özbiliz rematou na esquina da área, do lado direito do seu ataque, Rui Patrício não conseguiu agarrar uma bola aparentemente fácil e Mkyoan empurrou para o fundo das redes. Que falha do guarda-redes português!

    Rui Patrício teve uma noite infeliz, com culpas diretas no segundo golo Fonte: Facebook 'Seleções de Portugal'
    Rui Patrício teve uma noite infeliz, com culpas diretas no segundo golo
    Fonte: Facebook ‘Seleções de Portugal’

    Um pouco mais de esperança para a Arménia, que ficaria sem efeito porque Ilídio Vale mexeu bem na equipa, fechou os espaços para a sua baliza com William e Adrien e contou com a classe de João Moutinho, que meteu a bola ao bolso e entregou o jogo a Portugal.

    Mais três pontos, obra de Cristiano Ronaldo, que Rui Patrício ainda tentou “estragar”. A equipa de Fernando Santos continua a ser muito pragmática, extremamente eficaz e 100% vitoriosa no apuramento para o Europeu de 2016. Que continue assim!

    A Figura:

    Cristiano Ronaldo – É possível dizer algo mais sobre este super jogador? 3 golos em 3 oportunidades e 3 pontos para Portugal. Ter CR7 não é sinónimo de vitória, mas é significado de estar muito mais perto de a conquistar. É realmente do outro mundo!

    O Fora-de-Jogo:

    Tiago – Com a experiência que o internacional Português tem, é inadmissível ser expulso daquela maneira, sobretudo depois de Portugal ter conseguido alcançar uma vantagem confortável. Trouxe a Arménia de volta ao jogo e era escusada tal atitude. Enquanto esteve em campo, não conseguiu ser o pêndulo que se esperava e parar as ofensivas adversárias.

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    Luís Martins
    Luís Martinshttp://www.bolanarede.pt
    A mãe diz-lhe que começou a ler aos 4 anos, por causa dos jornais desportivos. Nessa idade já ia com o pai para todo o lado no futebol e como sua primeira memória tem o França x Brasil do Mundial 1998. Desde aí que Zidane é o seu maior ídolo mas, para ele, Deus só há UM: Pablito Aimar.                                                                                                                                                 O Luís não escreve ao abrigo do novo Acordo Ortográfico.