Albânia 0-1 Suíça: Quando a garra não compensa a experiência

    ALBÂNIA:

    Um dos momentos do jogo Fonte: UEFA
    Um dos momentos do jogo
    Fonte: UEFA

    Vive-se um momento histórico no futebol da Albânia e as bancadas fizeram questão de o registar. Não deve existir, por aí, um albanês que goste de futebol que não esteja orgulhoso da sua equipa e da respectiva qualificação para o Europeu. Só o facto de lá estar é um feito incrível, o resto é bónus. Assim se entende o facto de o público albanês ser o mais audível em Lens, vibrando com cada roubo de bola e com cada oportunidade de perigo, mesmo quando a equipa estava na mó de baixo.

    Porém, os jogadores acusaram a pressão. Primeiro foi Berisha, com uma saída comprometedora, a destapar a baliza e a permitir o golo da Suíça e depois, Cana, com uma abordagem deficiente a uma bola longa, virando costas à bola, o que lhe custou a perda do lance e um amarelo que significou a sua expulsão, colocando a equipa em dificuldades a partir daí. Entre estes dois momentos, na primeira parte, a equipa galvanizou-se e até surpreendeu na envolvência ofensiva levada a cabo, sobretudo, por Roshi, em perfeita sintonia com Taulant Xhaka – ambos tiveram bons lances para marcar, um deles, numa combinação entre ambos.

    Na segunda parte, a Albânia entrou expedita, apostada em ultrapassar todas as contrariedades que lhe foram colocadas à frente por erros individuais. O primeiro a dar o exemplo foi Berisha, que se exibiu a grande nível, dando o corpo às balas enviadas à baliza albanesa, permitindo que os seus colegas sonhassem com um desfecho risonho.

    De Biasi leu bem a vontade dos seus jogadores, e apesar de ter decidido mal ao tirar Taulant Xhaka, que vinha a dar dinamismo ao meio-campo, não teve medo de arriscar, colocando Cikaleshi no lugar de Rochi, dotando o ataque de mais referências ofensivas no eixo. E a Albânia ficou a ganhar. Impulsionada pelo repentismo de Lenjani, que patrocinou várias incursões pelo meio-campo da Suíça adentro, e pela qualidade de passe de Hysaj, que isolou Sadiku, embora este não tivesse mais arte e engenho que um remate às malhas laterais… à semelhança de Gashi, que dispôs de uma situação em zona mais flagrante e com mais tempo para decidir, mas permitiu a defesa ao guarda-redes suíço.

    A Albânia terminou o jogo com um homem a menos, mas teve garra para compensar essa inferioridade numérica, porém, ter garra e 10 homens não chegou para bater um 11 com mais experiência.

    Notas aos jogadores:

    Berisha – 6

    Hysaj – 7

    Cana – 2

    Mavraj – 5

    Agolli – 5

    Abrashi – 5

    Kukeli – 5

    Xhaka – 6

    Roshi – 6

    Lenjani – 6

    Sadiku – 6

    Kace –3

    Cikalleshi – 4

    Gashi – 5

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