Sorteio Euro’2020: Pior grupo para Portugal era impossível

    Decorreu neste sábado, em Bucareste, o sorteio da fase de grupos do Euro’2020 – um sorteio recheado de condicionantes e novidades. Destacando-se, desde logo, o facto de ser a primeira vez que a competição vai ser disputada em mais do que dois países – serão 12 para ser mais preciso (duas cidades por cada grupo). 24 equipas tratarão de lutar pelo título de campeões europeus, o qual pertence, atualmente, a Portugal.

    E é precisamente por aí que importa começar. Inserida no pote 3, a seleção comandada por Fernando Santos já perspetivava uma vida complicada com, pelo menos, um dos designados “tubarões”. Pois bem, não será um, mas sim dois – a Alemanha e a França –, naquele que será claramente o “grupo da morte”, disputado nas cidades de Budapeste e Munique. O outro elemento do grupo será o vencedor do play-off A (Islândia, Roménia, Bulgária ou Hungria). Seja como for, é caso para dizer que pior…era impossível!

    É certo que Portugal derrotou a França no último jogo entre as duas selecções – tendo, com isso, conquistado o Euro’2016 -, mas a verdade é que cada jogo é um jogo, o que serve para o bom e para o mau. E se olharmos para os confrontos históricos, os portugueses não têm motivos para sorrir, bem pelo contrário. Em 25 jogos, apenas seis triunfos.

    O cenário não é muito diferente diante quando comparado com a Alemanha, com apenas três triunfos em 18 jogos. Além disso, o último duelo (no Mundial’2014) traz péssimas recordações à nossa seleção, que já não sabe o que é vencer os alemães desde 2000.

    O grupo F, onde se encontra Portugal
    Fonte: UEFA

    Olhando para os restantes grupos, destaque para o grupo da Itália, onde também estarão Suíça, Turquia e País de Gales, com duelos muitos interessantes para seguir. Da mesma maneira que os suíços serão um osso duro de roer para os italianos, também os turcos e os galeses têm apresentado um futebol atrativo, condizendo com campanhas interessantes.

    Bélgica, Rússia, Dinamarca e Finlândia fazem parte do grupo B, um grupo já praticamente anunciado, no qual os dois primeiros referidos procurarão provar o favoritismo diante dos sempre complicados dinamarqueses e de uns finlandeses estreantes nestas andanças.

    A equipa que conseguiu superiorizar-se a Portugal na fase de qualificação – falo, portanto, da Ucrânia – terá pela frente as seleções da Holanda e da Áustria (e ainda o vencedor do play-off D, onde constam Geórgia, Bielorrússia, Macedónia e Kosovo), perspetivando-se que tanto os ucranianos como os holandeses confirmem os dois primeiros lugares.

    Já a Inglaterra, no grupo D, disputará o acesso à fase seguinte com a Croácia e República Checa (faltando ainda saber quem vencerá o play-off C, entre Escócia, Israel, Noruega e Sérvia). Um grupo interessante, no qual o vencedor desse mesmo play-off pode até baralhar todas as contas.

    Por fim, a nossa vizinha Espanha, que terá pela frente a Polónia, a Suécia e o vencedor do play-off B (disputado entre Bósnia, Irlanda do Norte, Eslováquia e Irlanda). Desengane-se quem pensa que espanhóis e polacos já transitaram para a fase seguinte, dado que os suecos intrometer-se-ão na luta.

    Fernando Santos, Joachim Löw e Didier Deschamps sorriram no momento do sorteio
    Fonte: UEFA

    Ainda assim, de acordo com as condicionantes estipuladas neste “sorteio” (merecia mais aspas?), os vencedores de cada play-off poderão ter como destino outros grupos, que não os sorteados. Uma particularidade a ter em conta…

    Em suma, uma fase de grupos com duelos muito interessantes e que ninguém vai querer perder. Não fosse este o Campeonato da Europa… Portugal, detentor do título de campeão europeu, terá de fazer pela vida se quiser seguir em frente. Avizinha-se tarefa complicada!

    Foto de Capa: UEFA

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    Miguel Simões
    Miguel Simõeshttp://www.bolanarede.pt
    Já com uma licenciatura em Comunicação Social na bagagem, o Miguel é aluno do mestrado em Jornalismo e Comunicação, na Universidade de Coimbra. Apaixonado por futebol desde tenra idade, procura conciliar o melhor dos dois mundos: a escrita e o desporto.                                                                                                                                                 O Miguel escreve ao abrigo do novo Acordo Ortográfico.