O Luzhniki Stadium vestiu-se de vermelho e branco e foi o palco da segunda meia-final do Campeonato do Mundo 2018, colocando frente a frente Croácia e Inglaterra. Gareth Southgate não promoveu qualquer alteração no conjunto inglês, fazendo assim alinhar o Xi inicial que derrotou a Suécia. Por outro lado, Zlatko Dalic, em comparação com o jogo diante da Rússia, efetuou apenas uma mudança: lançou Brozovic para o lugar de Kramaric, apostando num jogo mais seguro.
A Croácia queria fazer história e marcar presença pela primeira vez naquele que é jogo mais importante do futebol mundial, já a Inglaterra procurava repetir o feito de 1966, data em que, curiosamente, a Croácia ainda não existia.
Os dados estavam lançados e esperava-se um jogo disputado, que seria um confronto de estilos,mas que prometia futebol espetáculo.
A primeira parte foi totalmente controlada pela Inglaterra, que exerceu total domínio em todos os setores do campo, e muito ficou a dever-se ao excelente início de partida. Logo aos cinco minutos, na primeira oportunidade de que dispôs, Os Três Leões adiantaram-se no marcador por intermédio de Trippier, que na conversão exímia de um livre à entrada da área, estreou-se a marcar pelo seu país e fez o 1-0 para os ingleses.
A Croácia não conseguiu responder devidamente ao rude golpe que é sofrer um golo logo nos instantes iniciais, e só deu um ar de sua graça à passagem do minuto 19, quando Perisic, num remate que ainda desviou em Walker, atirou perto da baliza de Pickford, naquela que foi a única oportunidade da Croácia na primeira parte. A Inglaterra baixou um pouco as linhas e desfez o pressing inicial, e apostou num jogo em contra-ataque, nunca desvirtuando a solidez centrocampista e defensiva que lhe é característica e que tantas dificuldades criou aos criativos croatas.
Até final do primeiro tempo, destaque apenas para um momento: dupla oportunidade de Harry Kane, que primeiramente surge sozinho na cara de Subasic, rematando para defesa do guardião e na recarga já de ângulo apertado, Kane remata ao poste e a bola ressalta em Subasic e vai para fora, protagonizando um momento bizarro.
Na segunda parte, o jogo demorou a sair da toada lenta e sem interesse, tendo por isso assistido a 20 minutos de futebol pouco dinâmicos, entusiasmantes e com um ritmo baixo. A Croácia procurava ainda a sua identidade e tentava reentrar na luta pelo resultado. A Inglaterra aparentava ter o jogo controlado, mas o talento dos jogadores croatas estava por surgir e isso era uma ameaça.
À hora de jogo o cerco croata começava a apertar e começava a cheirar a golo. Perisic primeiro ameaçou com um remate fortíssimo que levava selo de golo, mas Walker deu o corpo ao manifesto e evitou a igualdade. Contudo, a Croácia estava melhor e já fazia por merecer e Perisic chegou mesmo ao golo: após cruzamento da direita, antecipou-se a Walker e com um salto fulminante desvia para golo, perfazendo 1-1 no marcador.
Desta feita, foi a Inglaterra quem não soube fazer das fraquezas forças e não reagiu nada bem ao golo. Havia a necessidade de mudar o “chip” da equipa, dado que desde cedo esteve em vantagem e focou-se sobretudo em não sofrer golos e defender. Todavia, neste momento o estilo de jogo teria de mudar porque não sofrer golos não era garantia de vitória., mas tal não aconteceu e a Inglaterra passou por momentos de aflição.