Hoje, dia 15 de Julho de 2018, por volta das 16:00, hora portuguesa, joga-se na Luzhniki Arena (Moscovo) a partida mais esperada e mais importante do universo futebolístico.
A final do Campeonato do Mundo é o culminar de uma jornada intensa onde o realizar do sonho está à distância de apenas mais uma vitória.
A Croácia procura, pela primeira vez, vencer um Campeonato do Mundo. Do outro lado, a França procura a glória, vinte anos depois da final conquistada em casa.
O cansaço de três prolongamentos contra o fantasma de Éder ou, se preferirmos, Rakitic, Modric e Mandzukic contra Pogba, Griezmann e Mbappé.
A Croácia chega a esta final com a ambição de conquistar, pela primeira vez na sua história, o Campeonato do Mundo. Com ou sem conquista, esta seleção ficará na memória por conseguir chegar pela primeira vez a uma inédita final, e também pelo futebol de elevadíssima qualidade que demonstrou.
Com um futebol centrado na posse de bola, o destaque tem recaído para a dupla de meio campo. Modric e Rakitic são o motor e o cérebro do futebol croata, estando em maior destaque o criativo do Real Madrid. As suas exibições podem até levá-lo à conquista da Bola de Ouro, destronando a era Ronaldo/Messi.
Desde cedo que esta seleção começou a deslubrar, ainda na fase de grupos com três vitórias categóricas, uma delas frente à Argentina por 3-0. Cedo se viu algo de especial nesta equipa…
A qualidade com bola no meio campo, a liderança e força de Lovren e Vida no centro da defesa, ou a astúcia e mestria na finalização de Mandzukic, são algumas das individualidades que se uniram e formaram uma seleção coesa, que foi jogo após jogo conquistando adeptos. Hoje é a preferida por todos para a conquista deste mundial.
Os gauleses eram, à partida para este Mundial, vistos como um dos grandes favoritos, talvez apenas atrás do Brasil. Com alguma naturalidade a seleção comandada por Didier Deschamps foi conseguindo vencer os seus adversários, chegando a mais uma final do Campeonato do Mundo.
Vinte anos depois a França pode, pela segunda vez na sua história, celebrar a conquista de um Campeonato do Mundo. Ficar na história ao lado de jogadores como Zidane e Henry é uma honra que muito poucos conseguirão alcançar, mas esta seleção está a um passo da glória, com Mbappé, Griezmann e Pogba a serem as estrelas maiores de uma das seleções mais talentosas da era moderna francesa.
A França começou o Mundial sem deslumbrar, com jogos pouco conseguidos na fase de grupo diante da Austrália, Dinamarca e Perú. Mesmo assim, com alguma naturalidade, a França passa a fase de grupos em primeiro. Jogo após jogo, mesmo sem vislumbrar, vai-se vendo uma França cada vez mais focada e determinada. Parece que a derrota no Euro 2016 diante de Portugal ajudou nesse aspeto.
Como foi dito na conferência de imprensa na antevisão desta final, os jogadores franceses vivem numa espécie de bolha, alheios à euforia dos seus adeptos. Aprenderam com o passado, pois mais uma vez são favoritos nesta final mas ao contrário do jogo do Euro 2016, não quererão olhar para esta partida como uma final ganha sem sequer a bola ter começado a rolar.
É uma equipa que dispensa apresentações. Um guarda-redes que é um dos melhores do mundo. A melhor dupla de centrais da prova, o meio-campo mais físico e mais forte e um ataque rapidíssimo. É uma equipa bastante completa e bem mais madura do que há dois anos.
Foto de Capa: FIFA
Artigo revisto por: Vanda Madeira Pinto