📲 Segue o Bola na Rede nos canais oficiais:

É uma pena deixarmos de ver Marrocos jogar

- Advertisement -

O momento de forma de Marrocos na chegada à Rússia comprovou-se nos relvados do campeonato do mundo, mas, infelizmente para a formação magrebina, não houve correspondência nos resultados. Voltou 20 anos depois a um mundial. Esteve no França’98. Despede-se com o sentimento de que ser talvez a melhor seleção africana não lhe valeu de muito em termos de resultados num grupo com dois pesos pesados. Faltou assertividade.

Se olharmos aos números, Marrocos teve um número assinalável de remates nas três partidas do grupo B, mas apenas uma percentagem reduzida foi enquadrada com a baliza. No estilo, foi fácil de reconhecer, e se pegarmos no caso do jogo com Portugal, a qualidade de jogo ofensiva da equipa do norte de África.

Fernando Santos não escondeu no final desse encontro alguma irritação pela seleção das quinas não conseguir ter bola. Aí entra o mérito marroquino. O pressing no último terço atacante foi imagem de marca e, com bola, a qualidade e intensidade com que agredia rumo aos espaços, sobretudo nos flancos, era um problema para qualquer defesa.

Nordi Amrabat, Ziyach e Harit foram provavelmente os jogadores que mais se destacaram neste modelo de Hervé Renard que se mostrou ao mundo com um espírito de luta abnegado. O problema foi a finalização e ser letal dentro da área. Renard recorreu a três pontas-de-lança: El Kaabi (titular na estreia com o Irão), Boutaib (titular nos outros dois encontros) e En-Nesyri (entrou na segunda parte contra a Espanha).

Nordi Amrabat foi um das figuras de destaque de Marrocos. Incansável nos 90 minutos. Irreverente, sim, mas muita qualidade!
Fonte: Fédération Royale Marocaine de Football

Os marroquinos só marcaram no último jogo, e logo dois golos, mas aí, contra ‘La Roja’, o jogo já foi diferente. Quem teve mais bola (como facilmente se previa) foi a Espanha e aí os ‘leões-do-atlas’ tiveram de lutar contra a própria identidade, daí os seis amarelos que registaram ao contrário dos jogos com Portugal e Irão onde apenas viram um amarelo em cada. Na despedida, também sobressaiu, aliado à eficácia, outro dado: o poderio nas bolas paradas ofensivas.

O elo mais fraco no que diz respeito a uma linguagem setorial terá sido a defesa e também um específico momento do jogo: a transição defensiva. Benatia não tem um colega no eixo defensivo do seu nível e isso nota-se. No primeiro jogo foi Saiss, no segundo foi Manuel da Costa. No terceiro, o central da Juventus foi poupado por Hervé Renard. Quer um quer o outro não convencem.

Por outro lado, como Marrocos gosta de jogar subido, foram visíveis as dificuldades em suster os adversários quando ativavam o contra-ataque. Os laterais projetavam-se muito e ia valendo um meio-campo sólido (El Ahmadi, Boussoufa e Belhanda) que foi assegurando equilíbrio, mas faltou articulação com o coração do ataque…

Agora só em setembro volta a competir. Dia 6, com o Malawi, para a qualificação da CAN 2019. Gostava de ver Renard continuar em Marrocos e sustentar ainda mais este projeto magrebino. No próximo mundial, voltariam e creio que voltarão a ser candidatos a surpreender. É uma pena deixar de ver esta seleção jogar. Os 90 minutos passam rápido!…

Foto de Capa: Fédération Royale Marocaine de Football

Artigo revisto por: Jorge Neves

Rúben Tavares
Rúben Tavareshttp://www.bolanarede.pt
O futebol foi a primeira paixão da infância, no seu estado mais selvagem e pueril. Paixão desnuda. Hoje não deixou de ser paixão, mas é mais madura, aliada a outras paixões de outras idades: a literatura, as ciências sociais, as ciências humanas.                                                                                                                                                 O Rúben escreve ao abrigo do novo Acordo Ortográfico.

Subscreve!

Artigos Populares

Más notícias para o Barcelona: Há baixa de peso a horas de enfrentar o Atlético Madrid

O Barcelona vai enfrentar esta noite o Atlético Madrid na La Liga. Frenkie de Jong é baixa de última hora por estar com febre.

Fredrik Aursnes gosta muito de José Mourinho: «Tem excelentes ideias sobre futebol»

Fredrik Aursnes gosta muito de José Mourinho. Médio norueguês elogiou o técnico, que comanda agora o Benfica.

Mikel Arteta na antevisão do encontro frente ao Brentford: «Conseguimos formar uma equipa muito mais fiável e com muito mais opções»

Antes do encontro com o Brentford na Premier League, Mikel Arteta destacou a profundidade do plantel e reforçou a importância do jogo.

Sergio Ramos prepara-se para deixar o Monterrey e pode protagonizar uma reunião inesperada

Sergio Ramos está de saída do Monterrey. O defesa central prepara-se para dar como concluída a passagem pelo México e tem interessados.

PUB

Mais Artigos Populares

Benfica tem regresso confirmado para o dérbi contra o Sporting

O Benfica já conta com Richard Ríos para o dérbi contra o Sporting. Médio colombiano cumpriu suspensão diante do CD Nacional.

Rafa Silva toma decisão sobre o futuro e só quer o Benfica

Rafa Silva quer deixar o Besiktas e já tomou uma opção quanto ao futuro. Extremo português pretende regressar ao Benfica.

Rui Patrício recusa mais propostas e está perto de terminar a carreira

Rui Patrício tem o final da carreira como uma forte hipótese. Guarda-redes português rejeitou propostas de Espanha e Itália.