Polónia 0-3 Colômbia: ‘Cafeteros’ sobrevivem ao mata-mata da fase de grupos


    Era um autêntico “mata-mata”, aquilo que reservava as seleções da Polónia e Colômbia, para o segundo jogo de ambas, no grupo H deste Mundial, em Kazan. A expressão que se tornou celebre pela boca de Scolari, para classificar os jogos a eliminar nas fases seguintes à fase de grupos, encaixou-se hoje perfeitamente neste jogo da fase de grupos entre Polónia e Colômbia. Quem perdesse estava automaticamente eliminado do Mundial 2018, após o empate entre Senegal e Japão, tão simples quanto isto.

    Os dois treinadores, conscientes da obrigação de não perder, arriscaram tudo e fizeram ambos quatros alterações aos 11 iniciais de cada equipa, por comparação com o primeiro jogo, em que ambas saíram derrotas. Pekerman lançou como titulares na seleção colombiana: James, Barrios, Aguilar e Mina. Já Adam Nawałka lançava Bednarek, Bereszynski, Goralski e Kownacki como novidades do 11 inicial polaco. O treinador polaco arriscava mesmo o sistema com que iniciou a segunda parte frente ao Senegal, o 3x4x3, enquanto que Pekerman manteve o seu 4x2x3x1.

    Esperava-se um bom jogo de futebol, com duas equipas desinibidas e à procura da vitória e as expectativas para o início deste jogo foram correspondidas. A Polónia entrou melhor em jogo, mas rapidamente a Colômbia começou a impôr o seu futebol ofensivo, obtendo assim um claro domínio do jogo. A Polónia também demonstrava que os erros defensivos gravíssimos, ocorridos no jogo com o Senegal, faziam parte da história e, apesar do domínio colombiano, ia conseguindo suster o perigo da sua baliza de forma muito eficaz e com Pazdan como claro “patrão” da defesa.

    Falcão e Cuadrado eram os mais inconformados na seleção colombiana, e tentavam a todo o custo recolherem para os balneários com um resultado favorável para o seu lado. Cuadrado esteve mesmo perto do golo à passagem do minuto 37, após trabalhar muito bem dentro da área sobre a defensiva polaca, havia um último obstáculo a ultrapassar, o seu colega de equipa e guarda-redes polaco, Szczęsny, levou a melhor o polaco. Grande defesa do polaco para canto, a segurar o nulo no jogo.

    A estrela polaca, Lewandowski, bem tentou, mas a sua Polónia revelou fragilidades a nível da construção
    Fonte: FIFA

    Mas o golo estava perto, sentia-se isso no Kazan Arena, este jogo não podia acabar com um 0-0 ao intervalo. Não podia. O defesa-central colombiano Yerry Mina estava lá para trazer justiça ao resultado. E como bom justiceiro Mina “voou” para cabecear a bola para o golo da Colômbia aos 41 minutos.

    A Polónia precisava de mais criatividade, maior ligação para o ataque. Aquilo que se viu da seleção polaca, a nível ofensivo, foi muito previsível até então. Toda gente parecia entender isto, menos o treinador polaco, Adam Nawałka, que não trouxe nenhuma alteração para a segunda parte. Para quem estava virtualmente eliminado, parecia um pouco conformado com esta abordagem. A Colômbia estava confortável com o resultado a abrandou claramente o seu ritmo de jogo preferindo explorar as transições ofensivas rápida, quiçá o segundo golo apareceria.

    O selecionador polaco lá acabou por arriscar um pouco mais, para tentar virar a situação desfavorável em que se encontrava, e colocou o extremo Grosicki em campo. Esta alteração permitiu à Polónia dispor de um maior tempo de posse de bola, mas continuava a faltar muita criatividade e raramente a bola chegava ao último terço do campo. Lewandowski se queria a bola, tinha que ser ele a vir buscar o jogo quase a meio-campo.

    Se faltava imaginação e criatividade á seleção polaca, a equipa colombiana tinha que baste. Quintero num passe magistral a rasgar completamente a defesa polaca e a isolar Falcão que como nos tem vindo a habituar, não falha oportunidades destas. 2-0 para a Colômbia aos 70 minutos de jogo e a Polónia começava a perder a lucidez defensiva. A Colômbia não queria desperdiçar esta espiral negativa, em que os polacos se encontravam, e aproveitou para ampliar a sua vantagem e sentenciar o jogo. Cuadrado isolado perante Szczęsny e com todo o tempo do mundo, rematou em jeito e sem hipóteses para o guarda-redes polaco. O jogo ficava assim sentenciado aos 75 minutos de jogo.

    A redenção de Falcão depois de falhar o último Mundial por lesão
    Fonte: FIFA

    A Polónia ainda foi tentando esboçar uma tentativa desesperada de marcar, aqui e ali, mas era tarde demais. A Polónia está eliminada do Mundial 2018, depois do “brilharete” que fez no Euro 2016. A Colômbia por outro lado sobrevive, e de que maneira!

    ONZES INICIAIS
    Polónia: Szczesny; Piszczek, Bednarek ; Pazdan (Glik ’81); Bereszynski (Teodorczyk ’72), Krychowiak, Goralski ; Rybus; Zielinski ; Lewandowski ; Kownacki (Grosicki ’58).
    Colômbia: Ospina; Arias, Davinson Sánchez, Mina ; Mojica; Abel Aguilar (Uribe 32’) ; Barrios; Cuadrado ; Quintero (Lerma ’72) ; James Rodríguez; Falcao (Muriel ’78).

    Foto de capa: FIFA

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    Rui Pedro Cipriano
    Rui Pedro Ciprianohttp://www.bolanarede.pt
    Nascido e criado no interior, na Covilhã, é estudante de Ciências da Comunicação, na Universidade da Beira Interior. É apaixonado pelo futebol, principalmente pelas ligas mais desconhecidas, onde ainda perdura a sua essência e paixão.                                                                                                                                                 O Rui escreve ao abrigo do novo Acordo Ortográfico.