Terminada mais uma época desportiva ao nível dos clubes, todo o universo do futebol se centra agora no Mundial da Rússia.
Portugal, inserido no grupo B, estreia-se no segundo dia de competição, frente à Espanha. No entanto, a preparação da Seleção Nacional já há muito teve início. Um mês antes do pontapé de saída na Rússia, Fernando Santos anunciou uma das decisões mais importantes: os 23 convocados para a fase final.
Face a um leque de opções alargado, o Engenheiro optou pela variedade. No grupo que vai seguir viagem para a Rússia, todos os jogadores apresentam caraterísticas diferentes, tendo utilidades repartidas pelos diversos contextos.
Assim, até à estreia da Seleção Nacional, o Bola na Rede vai definir, numa palavra, aquele que pode ser o principal contributo de cada jogador para a equipa das Quinas.
Ricardo Quaresma: Assistências.
Quando, em janeiro de 2013, Quaresma partiu para o Dubai para assinar pelo Al Ahi, poucos esperariam vê-lo nos convocados para o Mundial em pleno 2018.
Aos 34 anos, o extremo prepara-se para fazer o seu primeiro Campeonato do Mundo, algo fruto de uma carreira invulgar, e, apesar de não ser titular, é um dos indiscutíveis de Fernando Santos.
Utilizado em todos os jogos de Portugal no Euro 2016 (embora apenas uma vez como titular), Quaresma é a definição de suplente de luxo pelo impacto imediato que consegue ter vindo do banco.
Na reta final da sua carreira, o extremo já não possui a velocidade de outrora, mas mantém a qualidade técnica que o caracteriza e, sobretudo, destaca-se pela precisão no cruzamento.
O entendimento perfeito com Ronaldo, vindo do longo período que passaram juntos na academia do Sporting, permite ao jogador do Besiktas encontrar o capitão da Seleção Nacional solto com uma facilidade extrema.
Em março, contra o Egito, ambos mostraram que a parceria continua bem afinada quando, depois de meia hora juntos em campo, viraram o jogo com dois golos do Bola de Ouro a passe de Quaresma. Na Rússia, os portugueses esperam que os dois amigos consigam dar continuidade à fórmula.
Afinal, quando se tem o melhor finalizador do mundo, o que se pode querer mais do que um cruzador de excelência e um grande entendimento entre ambos?
Foto de Capa: FPF
Artigo revisto por: Rita Asseiceiro