O que se segue para Portugal: A defesa

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    O país ainda não ressacou. O golo de Éder e o apito final de Mark Clattenburg na final do Europeu foram doses de euforia demasiado altas para que se possa retomar, uma semana depois, os níveis de sobriedade.

    “Ainda não acredito nisto”, ouve-se, relativamente ao sucesso da selecção nacional de futebol, pelos cafés, shoppings, praias … e/ou nas ‘pokéstops’ espalhadas pelo país.

    O feito é histórico e só mais tarde é que nos aperceberemos, realmente, dele tal como acontece com todas as conquistas épicas, em qualquer desporto, em qualquer ramo. Ou não. Isto pode ser só o início de uma jornada triunfal que dará a Portugal, finalmente, o estatuto definitivo de potência mundial. A primeira de muitas conquistas.

    As campanhas dos miúdos, sucessivamente bem sucedidas, legitimam o sonho do país em querer mais que um Europeu. Portugal tem futuro, e não será por falta de “mão-de-obra” que Fernando Santos não poderá dar, ao país, mais uma página dourada.

    Quer se mantenha o 4x4x2, com falsos pontas-de-lança, ou se altere o figurino táctico para o 4x3x3, há qualidade em todos os sectores para o Mundial 2018 e o Europeu de 2020, altura em que termina o vínculo (acabado de renovar) contratual do seleccionador nacional.

    As redes deverão continuar a ser defendidas por Rui Patrício, que mostrou ser o melhor guardião nacional em actividade com uma exibição estrondosa diante do histórico jogo com a França, sendo dos principais patrocionadores do triunfo nacional, que revelou traquejo para lidar com grandes ocasiões como a final do Europeu. A idade (28 anos) e a longevidade da carreira de guarda-redes “descansarão” Fernando Santos para as próximas grandes competições. Se falhar Patrício, Anthony Lopes (terá 29 anos em 2020) é alternativa seguríssima, como comprovam as exibições monumentais ao serviço do Lyon. Joel Pereira, do Manchester United ou Miguel Silva, do Vitória de Guimarães serão outras opções de grande valor. A sua evolução, aliás, pode até destronar o actual “rei” das redes nacionais.

    Rui Patrício continuará a ser o guardião das redes portuguesas Fonte: Facebook de Rui Patrício
    Rui Patrício continuará a ser o guardião das redes portuguesas
    Fonte: Facebook de Rui Patrício

    No eixo da defesa, Ricardo Carvalho nem parece ter 38 anos, mas é improvável que mantenha ritmo e capacidade competitivas para jogar ao mais alto nível até 2020, aliás, isso já ficou evidente neste Europeu, com a perda de titularidade para José Fonte, central que se estreou em grandes competições, mas que revelou grande maturidade e capacidade de liderança. Poderá chegar até ao Mundial 2018, mas esperar que mantenha a competitividade até 2020 será pedir demais. O mesmo se pode dizer de Pepe, apesar do enorme Europeu que protagonizou ao serviço da selecção das quinas.

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