Portugal 1-0 Croácia (Sub-21): Três pontos sem brilho

    A CRÓNICA: “GAROTOS” DE PORTUGAL ESTREIAM-SE A VENCER

    Primeiro jogo de Portugal no Campeonato da Europa de Sub21, num jogo sempre complicado com a Croácia, um país que tem muitos jogadores de qualidade vincados na sua história, algo que a nova geração que enfrenta este Europeu quer honrar. Ambas as Seleções entraram em campo já sabendo que a Suíça estava em primeiro lugar, depois de vencer uma Seleção que, na minha opinião, é uma das principais candidatas a vencer a competição: a Inglaterra.

    A toada nos primeiros 20 minutos era de um Portugal pressionante, mais tempo com a bola, a procurar afastar a Croácia da baliza, porque parece-me que havia instruções para isso: o sector defensivo croata é o mais débil e o atacante o mais forte, pelo que sabíamos que ia ser difícil não conceder oportunidades de golo. Ainda assim, a primeira oportunidade da partida, aos 16 minutos, surgiu através de Majer, com um excelente remate de meia-distância a aquecer a luvas a Diogo Costa.

    Os primeiros sinais de perigo nacionais aconteceram em lances seguidos, ao minuto 24 do jogo. Primeiro Tiago Tomás a finalizar uma jogada fantástica de Trincão contra Moro e, na sequência do canto, Diogo Queirós atirou ao poste de cabeça. Até ao intervalo, mais três boas oportunidades para Portugal e uma para a Croácia, mas o resultado não se alterou (0-0). Já começava a justificar-se uma vantagem portuguesa, pelo que iam criando em campo.

     

    Os segundos 45 minutos começaram da mesma forma que os primeiros, inclusivamente com a Croácia a tentar chegar ao golo primeiro que Portugal. Tentaram-no através de um recurso que utilizaram muito ao longo da partida: o remate de meia-distância. A pontaria não estava assim tão desajustada, pelo que Diogo Costa teve sempre muito trabalho para parar as “bombas” dos croatas.

    Quando aos 60 minutos começaram a mexer os bancos e Rui Jorge tira Trincão, Florentino e Tiago Tomás (três dos melhores em campo até aqui, juntamente com Queirós), fiquei perplexo e não entendi. No entanto, sete minutos mais tarde, Dany da Mota fez uma excelente assistência e Fábio Vieira finalizou com qualidade para o primeiro tento do jogo.

    A partir daqui, o sentido da partida mudou, a Croácia começou a atacar mais e Portugal a conceder isso, na minha opinião, mal. Se acelerássemos podíamos ter resolvido o jogo mais cedo e ter evitado alguns sobressaltos nos dez minutos finais. Estreia com vitória contra a seleção mais fraca do grupo. A partir daqui, a qualidade dos adversários aumenta e vai ser preciso colocar a bola dentro da baliza mais vezes e não ser tão perdulários, porque temos talento suficiente para passar à próxima fase.

     

    A FIGURA

    Fonte: Diogo Cardoso / Bola na Rede

    Diogo Costa (Portugal) e Adrian Semper (Croácia) – Os dois melhores em campo, na minha opinião, foram mesmo Semper e Diogo Costa. Sempre bem, concentrados, com uma postura de liderança (apesar de nenhum deles ser o capitão de equipa), algo que culmina sempre na transmissão de confiança para os centrais. Diogo Queirós foi o que melhor aproveitou isso, fazendo também ele uma grande exibição.

     

    O FORA DE JOGO

    Croácia – Depois do que vi, fico com a sensação de que são capazes de mais e melhor. Têm qualidade para tal. Penso que usaram e abusaram da meia-distância sem necessidade e demonstraram muitas fragilidades defensivas.

     

    ANÁLISE TÁTICA – PORTUGAL 

    Rui Jorge abordou este jogo através de um 4-3-3, com Florentino Luís a assumir-se como o pivot defensivo, Tiago Tomás como ponta-de-lança e encostando Pedro Gonçalves “Pote” a uma das alas.

    11 INICIAL E PONTUAÇÕES

    Diogo Costa (8)

    Dalot (6)

    Diogo Leite (6)

    Diogo Queirós (7)

    Thierry Correia (5)

    Florentino (6)

    Gedson (7)

    Vitinha (6)

    Pote (6)

    Tiago Tomás (7)

    Trincão (7)

    SUBS UTILIZADOS

    Dany da Mota (6)

    Fábio Vieira (7)

    Francisco Conceição (5)

    Daniel Bragança (6)

    Gonçalo Ramos (-)

     

    ANÁLISE TÁTICA – CROÁCIA

    Igor Biscan optou também por um 4-3-3, onde as maiores estrelas são o lateral Bradaric, o médio defensivo de grande qualidade Moro e ainda Majer, encostado a uma ala. Pelo perfil da equipa, Biscan entra para discutir o jogo com Portugal, apesar de ter uma seleção menos talentosa que a nacional.

    11 INICIAL E PONTUAÇÕES

    Semper (7)

    Bradaric (6)

    Vuskovic (6)

    Erlic (6)

    Sverko (7)

    Franjic (5)

    Moro (6)

    Bistrovic (5)

    Ivanusec (6)

    Kulenovic (6)

    Majer (7)

    SUBS UTILIZADOS

    Vizinger (5)

    Babec (5)

    Musa (5)

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    Carlos Ribeiro
    Carlos Ribeirohttp://www.bolanarede.pt
    Com licenciatura e mestrado em Jornalismo, Comunicação e Cultura, o Carlos é natural de um distrito que, já há muitos anos, não tem clubes de futebol ao mais alto nível: Portalegre. Porém, essa particularidade não o impede de ser um “viciado” na modalidade, que no âmbito nacional, quer no âmbito internacional. Adepto incondicional do Sport Lisboa e Benfica desde que se lembra de gostar do “desporto-rei”.                                                                                                                                                 O Carlos escreve ao abrigo do novo Acordo Ortográfico.