Portugal 1-1 Polónia: Serviços mínimos não foram suficientes

    O Estádio D.Afonso Henriques, em Guimarães, foi o palco do último jogo do Grupo 3 da Liga A da Liga das Nações da UEFA, entre Portugal, que entrou em campo já apurado para a final four, e a Polónia, já despromovida à Liga B.

    Tratando-se de um encontro para cumprir calendário, ambos os treinadores promoveram várias alterações nos seus conjuntos iniciais, em relação à jornada passada. Fernando Santos rodou a sua equipa para dar oportunidades aos menos usados e manteve apenas a aposta em Cancelo, William, Rúben Dias e André Silva e o destaque seguiu diretamente para o estreante em prova, Kévin Rodrigues. Do outro lado, Brzeczk apresentou três novidades no onze inicial: Szczesny, Cionek e Milik.

    Como seria de esperar, as duas seleções não entraram em pressão alta, ou a procurar intensamente o golo, pelo que os primeiros instantes foram em parte “um pouco mortos”, mas desde cedo foi notório que a posse de bola seria maioritariamente da seleção portuguesa.

    À passagem da meia hora de jogo, e sem fazer muito por merecer, a seleção nacional adiantou-se no marcador por autoria de André Silva, que correspondeu com um excelente cabeceamento ao canto cobrado por Renato Sanches. Desfeito o nulo, a partida ganhou algum encanto, pois a seleção polaca aumentou o ritmo e começou a aventurar-se mais no ataque. A Polónia dispôs inclusivamente de uma grande oportunidade para repor a igualdade, mas na resposta a um livre batido por Grosicki, Tomasz Kędziora cabeceou à trave da baliza de Beto.

    Terminavam assim 45 minutos de um futebol muito contido, cuja história se resumiu a uma chance de golo para cada lado. Portugal marcou e a Polónia não.

    André Silva marcou o golo de Portugal
    Fonte: UEFA

    No segundo tempo, a toada do jogo alterou-se: foi a Polónia que se apresentou dominante e, à medida que foi subindo no terreno, aumentava a perceção de que Portugal ia consentir o empate. Primeiro, uma ameaça clara por intermédio de Frankowski, que rematou cruzado e, beneficiando de um ressalto, só não fez golo pois João Cancelo aliviou para canto, já em cima da linha de golo.

    A pressão exercida sobre Portugal era cada vez mais evidente e o empate acabou mesmo por surgir, e logo da pior forma. William Carvalho teve uma péssima intervenção, que deixou a equipa das quinas completamente desequilibrada. Isto permitiu que Milik se isolasse e Danilo, na tentativa de cortar a bola, faz penálti e vê o cartão vermelho, numa ação discutível por parte do árbitro. Na conversão da grande penalidade, o próprio Milik bateu Beto e fez o 1-1.

    Em inferioridade numérica, Portugal desinvestiu no movimento ofensivo e concentrou-se somente em não sofrer golo. Esta perspetiva de jogo, como é apanágio de Fernando Santos, foi eficaz, mas traduziu-se no completo domínio até ao final por parte dos polacos, que, por duas vezes, estiveram próximos de impor a primeira derrota a Portugal na competição.

    O resultado terá de ser considerado justo, sobretudo pelo que a Polónia fez após a expulsão de Danilo, mas para a história fica um jogo com pouco espetáculo e predominantemente enfadonho.

    Portugal falha o recorde dos 10 pontos, que tornaria a seleção portuguesa a mais pontuada da fase regular, mas o objetivo principal foi alcançado e, em junho de 2019, os portugueses disputarão o título da Liga das Nações em “casa”.

    Onzes iniciais:

    Portugal: Beto, João Cancelo,Pepe,Rúben Dias,Raphael Guerreiro ( João Mário, 61′),Kévin Rodrigues,Danilo Pereira,William Carvalho,Renato Sanches,Rafa (Bruma, 70′), André Silva (Éder, 87′).

    Polónia: Szczesny; Kedziora,Bereszynski, Cionek, Bednarek, Klich (Goralski, 75′) ,Grzeg Krychowiak, Zielinski,Frankowski,Milik,Grosicki (Kadzior, 79′)

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    Gonçalo Miguel Santos
    Gonçalo Miguel Santoshttp://www.bolanarede.pt
    Ainda era caracterizado com um diminutivo e sentado ao lado do seu pai, já vibrava com o futebol, entusiasmado e de olhos colados na televisão à espera dos golos. O menino cresceu e com o tamanho veio o gosto pela escrita e o seu sentido crítico.                                                                                                                                                 O Gonçalo não escreve ao abrigo do novo Acordo Ortográfico.