Faltando pouco para o Mundial, a seleção brasileira padece

    A seleção brasileira feminina está em preparação para o Mundial da França. A equipa comandada pelo técnico Vadão está no Grupo C, junto com Itália, Austrália e Jamaica. Esta competição será histórica. Pela primeira vez, uma emissora de televisão aberta transmitirá todos os jogos da seleção num Mundial. Isso é um grande marco que não pode ser ignorado. A televisão tem um papel importante na divulgação do desporto feminino. Assim, o público poderá ter mais interesse e, inclusive, conhecer as jogadoras que representam o seu país. Com a exceção de Marta, a maior parte do elenco da seleção brasileira é desconhecido pelo público brasileiro.

    Contudo, nem tudo é alegria. Logo no Mundial que será televisionado, a seleção feminina anda de mal a pior. As meninas vêm de uma incrível série de nove derrotas consecutivas e as perspectivas são as piores possíveis para a Taça do Mundo. O trabalho do treinador Vadão é bem questionável. Além das derrotas, a equipa não apresenta quase nada em campo, e, na verdade, o que é apresentado é uma grande desorganização. A seleção parece não evoluir em nenhum setor, com o treinador. Porém, para o coordenador do Futebol feminino, Marco Aurélio Cunha, a seleção está mostrando um bom futebol, apesar das derrotas, e defende a permanência de Vadão. “A confiança que possa melhorar e o trabalho que faz, a proximidade da Copa e tudo que já observou aliado à sua experiência como treinador. Não considero o desempenho tão ruim, e sim os resultados. Vários jogos que perdemos jogamos bem”, disse o coordenador numa entrevista ao blog As Dibradoras.

    Marta continua a ser a grande estrela                                                                                              Fonte: CBF

    A seleção feminina do Brasil é um reflexo da (des)valorização que as jogadoras brasileiras possuem no país. Os campeonatos nacionais organizados pela CBF costumam ser curtos e sem grandes atrativos. A maior parte das atletas que atuam no Brasil precisam de outra ocupação para completar a renda e as suas perspectivas de ter um sucesso na carreira vão diminuindo, ao mesmo tempo que crescem as suas desilusões. O processo de valorização do Futebol feminino será demorado, mas, com um bom projeto, poderá ser viável. Cabe a nós, amantes do Futebol, estarmos juntos nessa empreitada. Dirigentes, jornalistas e adeptos precisam de estar empenhados nesta causa, pois cada um tem uma função importante no crescimento do Futebol feminino brasileiro e mundial.

    Foto de capa: CBF

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    César Mayrinck
    César Mayrinckhttp://www.bolanarede.pt
    Enquanto criança queria ser jogador de futebol e para o bem dos torcedores do Atlético Mineiro não foi aprovado no teste. Encontrou nas palavras a melhor maneira de se expressar sobre a sua paixão, o futebol. Amante do futebol brasileiro e do futebol alternativo, acorda facilmente às três horas da madrugada para ver um jogo do campeonato neozelandês.