Polónia 1-1 Inglaterra: A justiça caiu nos descontos

    A CRÓNICA: UM JOGO EQUILIBRADO ONDE A INSPIRAÇÃO NÃO APARECEU

    As duas equipas teoricamente mais fortes do grupo encontravam-se novamente para mais um jogo de apuramento para o Mundial de 2022, sendo que na última vez que as duas equipas se defrontaram a Inglaterra venceu por duas bolas a uma. A Inglaterra entrava sem qualquer derrota e com apenas um golo sofrido e a Polónia para além da derrota frente à equipa vice-campeã europeia, já havia empatado frente à Hungria.

    O jogo prometia uma superioridade e um controlo da Inglaterra, mas a Polónia não pretendia deixar os “Três Leões” jogar com tranquilidade, optando assim por uma pressão alta e intensa. Essa escolha aliada com a disponibilidade de Lewandowski em vir buscar o jogo e mexer o ataque ia permitindo que a Polónia fosse acumulando oportunidades, mas sem que fossem perigosas, algo que acontecia no outro lado também.

    O jogo ia para o intervalo sem que nenhuma equipa se tivesse superiorizado, sendo que a primeira parte muito foi muito dividida e sem grandes desequilíbrios, mantendo a ideia que era necessário alguma das equipas alterar a sua maneira de jogar para que pudéssemos ver um jogo mais interessante.

    O intervalo parece ter feito melhor à Inglaterra que entrou com mais velocidade e vontade de mudar o jogo, sendo que a Polónia parecia ter descido as linhas e ter chegado mais desgastada, mas de tempos a tempos voltava com a pressão intensa que havia mostrado no primeiro tempo.

    Se tudo parecia adormecido e incapaz de se alterar, eis que Kane resolve rematar de fora da área com força e bem no canto inferior da baliza colocando a bola no fundo das redes e acordando o jogo. Se a Polónia estava exímia no momento defensivo foi mesmo quando deu espaço no meio do campo que a Inglaterra aproveitou. Depois do golo a Polónia começou a ameaçar e até mesmo Pickford ia ajudando, mas foi já no prolongamento que Szymanski num cabeceamento iguala a partida e traz justiça ao resultado.

    O golo tardio da Polónia mostrou as debilidades defensivas que a Inglaterra ainda não tinha mostrado e acabou por tornar o resultado justo numa partida que teve poucas oportunidades claras de golo, mas que foi disputada de igual para igual.

     

    A FIGURA

    Harry Kane – Numa altura em que o jogo parecia continuar morno e a cair para o resultado nulo, eis que a estrela inglesa apareceu e rematou de uma das zonas onde mais pisou, fora da área. Só mesmo Kane e a sua qualidade poderiam desequilibrar o jogo para o lado inglês e ele assim o fez.

     

    O FORA DE JOGO

    Raheem Sterling- Sempre com energia no ataque, mas nulo a defender, deixando muitas vezes Walker em situações mais apertadas, algo que aconteceu no lance que dá o golo da Polónia. Mas se a defender não existiu a atacar foi um inventor que aparecia apenas de tempos em tempos e quando apareceu perdeu-se em invenções querendo resolver tudo sozinho, fazendo com que a Inglaterra demorasse mais a marcar.

     

    ANÁLISE TÁTICA – POLÓNIA

    A Polónia entrou com um 3-5-2, apresentando várias mudanças no “onze” relativamente ao seu último jogo contra São Marino. A escolha dos três defesas permitiu que o jogo do meio-campo da Inglaterra fosse mais pressionado pela grande quantidade de jogadores polacos no meio. Em momento defensivo a linha de três atrás transformava-se muitas vezes numa linha de quatro, mas sem nunca se absterem de largar a pressão do meio campo e o bloqueio das alas.

    A escolha dos dois avançados permitiu que Lewandowski descesse para receber a bola e construir o ataque, sendo que Buska ficava sempre numa posição mais dianteira.

    11 INICAL E PONTUAÇÕES

    Szczesny (5)

    Dawidowicz (6)

    Glik (7)

    Bednarek (6)

    Puchacz (6)

    Linetty (6)

    Moder (6)

    Krychowiak (6)

    Jozwiak (6)

    Buksa (6)

    Lewandowski (7)

    SUBS UTILIZADOS

    Swiderski (7)

    Szymanski (8)

    Frankowski (6)

    Helik (6)

    Rybus (6)

     

    ANÁLISE TÁTICA – INGLATERRA

    A Inglaterra iniciou o seu jogo com uma tática 4-2-3-1, não alterando a base relativamente aos seus jogos mais complicados e também que tinha apresentado durante o Euro 2020. Kane como o homem mais ofensivo descia regularmente para vir buscar jogo, fazendo com que durante esses momentos Mount ou Grealish assumissem o centro do ataque. Phillips novamente assumiu a batuta do jogo inglês com Rice a variar entre a cobertura do meio-campo e a descida para jogar entre os centrais.

    11 INICAL E PONTUAÇÕES

    Pickford (5)

    Walker (7)

    Stones (6)

    Maguire (6)

    Shaw (6)

    Phillips (7)

    Rice (6)

    Sterling (5)

    Mount (6)

    Grealish (6)

    Kane (8)

    SUBS UTILIZADOS

    Não foram utilizados suplentes por parte da Inglaterra.

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    João Maravilha
    João Maravilhahttp://www.bolanarede.pt
    Pós graduado em Comunicação, Cultura e Tecnologias da Informação, é no desporto que possui um dos maiores amores, com especial atenção ao futebol. Ávido adepto da Primeira Liga nacional, mas é na Premier League que encontra o futebol que mais ama e assiste.Tem como grande objetivo singrar no mundo do jornalismo desportivo.                                                                                                                                                 O João escreve ao abrigo do novo Acordo Ortográfico.