CAN 2017: A história da magia do futebol africano

    Cabeçalho Futebol InternacionalA Taça das Nações Africanas, mais comumente conhecida pela sigla CAN, é a principal competição futebolística disputada no continente africano, cuja organização da prova pertence à Confederação Africana de Futebol (CAF). É um torneio disputado dentro dos mesmos moldes dos restantes torneios internacionais de seleções: realiza-se de dois em dois anos entre os meses de janeiro e fevereiro e é composto por 16 seleções que são divididas em quatro grupos de 4 equipas cada, sendo que os dois primeiros classificados de cada grupo passam à ronda a eliminar.

    Atualmente, o CAN vai para a sua 31.ª edição, sendo que a primeira edição realizou-se no ano de 1957 com a seleção do Egito a vencer o troféu. As suas duas primeiras edições, 1957 e 1959, tiveram a particularidade de terem sido disputadas somente por três países – Egito, Etiópia e Sudão, embora essa situação tenha sido rapidamente alterada, uma vez que, nas seguintes edições, o número de participantes cresceu exponencialmente, devido ao enorme interesse demonstrado por outros países em querer jogar nesta competição, até que em 1998, a CAF tenha decidido alargar para 16 o número de vagas nas fases finais do CAN, número esse que se tem mantido até às edições mais recentes.

    Este torneio já foi disputado em vários cantos do continente-berço da Humanidade, desde da Costa do Marfim até aos Camarões, passando por Marrocos e África do Sul, e até mesmo por Angola – edição de 2010, disputada pela primeira vez na história da competição num país de língua oficial portuguesa. A edição deste ano decorrerá no Gabão, país que acolhe este torneio pela segunda vez em cinco anos, dado que organizou a edição de 2012, conjuntamente com a Guiné Equatorial.

    Yaya Touré, Gervinho e companhia venceram a última edição da CAN Fonte: ESPN
    Yaya Touré, Gervinho e companhia venceram a última edição da CAN
    Fonte: ESPN

    Falando dos anteriores vencedores, é possível identificar o Egito como a nação dominante da prova, pois, além de ter sido o 1.º campeão africano em título, já conseguiu alcançar o ambicionado troféu por mais seis vezes, o que faz de si o país com mais CAN´s conquistados (7 no total). Além do Egito, já foram consagradas como a “Equipa Mais Forte de África” outras 14 seleções: Argélia, Nigéria, Etiópia, República Democrática do Congo, Sudão e Costa da Marfim, atual detentora do título.

    Desde a sua primeira edição até aos dias de hoje, já tiveram a oportunidade de participar neste magnífico torneio jogadores conhecidos aos olhos do público europeu e que, de certa forma, abrilhantaram a principal competição de seleções de África, como por exemplo o camaronês Samuel Eto’o, o costa-marfinense Yaya Touré, o nigeriano Obafemi Martins, o ganês Michael Essien, entre outros. Através da participação destes jogadores tão mediáticos neste torneio, o CAN acaba por ter um considerável motivo de interesse para ser seguido de perto por todos os adeptos do Desporto Rei, tanto pelos que habitam no continente africano como pelos que fora dele vivem.

    Por último, é necessário destacar o papel dos adeptos africanos para o sucesso do CAN, visto que são eles que, através da sua energia contagiante e vontade em querer apoiar a sua respetiva seleção desde o primeiro até ao último minuto da partida, conseguem fazer uma enorme festa e ruído, seja somente com voz humana ou com o apoio das famosas vuvuzelas, tornando cada jogo disputado do torneio mais animado e frenético. Por isso mesmo, eu denomino o CAN como a Magia do Futebol Africano, porque trata-se duma junção entre a qualidade futebolística dos jogadores de cada seleção e a aptidão do povo africano em querer contribuir para o êxito do torneio, por meio da enorme festa que faz em cada encontro!

    Foto de capa: Supersport.com

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    Guilherme Costa
    Guilherme Costahttp://www.bolanarede.pt
    O Guilherme é licenciado em Gestão. É um amante de qualquer modalidade desportiva, embora seja o futebol que o faz vibrar mais intensamente. Gosta bastante de rir e de fazer rir as pessoas que o rodeiam, daí acompanhar com bastante regularidade tudo o que envolve o humor.                                                                                                                                                 O Guilherme escreve ao abrigo do novo Acordo Ortográfico.