Senegal 1-0 Tunísia: Todos queriam criar, ninguém queria marcar

    Em mais um jogo energético desta edição da Taça das Nações Africanas, Senegal e Tunísia mediram forças na primeira meia-final da competição, com ambos os países a ambicionarem uma presença no jogo decisivo, que se realizará na próxima sexta-feira. Ainda que numa fase tão avançada da competição seja difícil estabelecer um favorito, se tivéssemos em conta os valores individuais, os “Leões de Teranga” pareciam possuir alguma vantagem, com o atacante Sádio Mané ou o defesa central Koulibaly como destaques. Por outro lado, se contabilizado o momento recente de cada equipa na prova, eram as “Águias de Cartago” a sobressair, após baterem Madagáscar na ronda anterior por uns expressivos 3-0.

    A partida começou com os senegaleses a assumirem a posse de bola e a controlarem o jogo desde início, com os tunisinos confinados ao seu meio-campo e a saídas unicamente através do contra-ataque. Ao minuto 26, surgiu então a primeira oportunidade de golo: Sabaly passa por dois adversários com destreza e remata a partir da entrada da área, com a bola a atingir o poste da baliza da Tunísia. O Senegal manteve-se por cima e a cinco minutos do tempo de descanso foi a estrela da companhia, Sádio Mané, a colocar o seu “perfume” no jogo, com um remate perigoso já dentro da área adversária, mas que passou junto do poste.

    Chegava o intervalo e o nulo era mais simpático com as “águias” do que com os “leões”, mas para seguir em frente só a vitória interessava a ambos os conjuntos.

    No segundo tempo, os tunisinos apareceram mais “vivos” no jogo, possuindo duas boas oportunidades logo no recomeço da partida: primeiro, através de Khenissi, que isolado com Gomis, e perante a saída deste, tentou o “chapéu”, mas viu a bola passar muito por cima da baliza; logo de seguida, foi o centrocampista Sassi a rematar colocado, com o canto inferior direito da baliza como destino, mas Gomis brilhou com uma grande intervenção. A partir daqui começou a ser um jogo de parada e resposta, com ambos os guarda-redes a brilharem, sobretudo em lances de um para um, e a anularem qualquer tentativa que o adversário tivesse para marcar.

    Fonte: Confederation of African Football

    Num jogo tão equilibrado, previam-se que fossem os detalhes a fazer a diferença, e assim foi: minuto 73, Koulibaly joga a bola com a mão dentro da sua grande área e o árbitro não hesitou em apontar para o castigo máximo. Ainda que dispondo de três atacantes de qualidade no momento da finalização, a escolha da Tunísia para assumir o remate recaiu sobre o médio Sassi, que apontou fraco para o lado direito de Gomis, permitindo a defesa ao guarda-redes senegalês e permanecendo o 0-0. Como os tunisinos não quiseram ficar atrás neste campo, Bronn cometeu penálti ao minuto 79… mas Hassen também não quis “perder a corrida” para o seu companheiro de baliza e defendeu também a penalidade, esta apontada por Saivet (em detrimento de Sádio Mané, que havia falhado as últimas três que tinha tentado em jogos da CAN).

    Como nenhuma das equipas conseguiu materializar as oportunidades que teve (embora ambas tivessem procurado a felicidade, com maior ascendente para o conjunto senegalês), o jogo que veio confirmar o primeiro finalista da 32ª edição da CAN seguiu para prolongamento. Quando batia o minuto 102, o golo que veio dar a vitória senegalesa surgiu da pior forma possível, isto pelo desenho que a jogada teve: livre da direita a favorecer os “leões”, Hassen sai em falso, falhando a bola, e é o infeliz Bronn que coloca a bola dentro da baliza. Jogo azarado para o central tunisino, bem como para toda a equipa, isto porque ao minuto 114 o árbitro Tessema Bamlak marcou penálti a favor do conjunto do norte de África, mas passados dois minutos, e após revisão do vídeo-árbitro, decidiu reverter a sua decisão inicial, anulando aquele que seria o terceiro castigo máximo da partida e mandando seguir o jogo.

    Até ao fim do jogo pouco foi o tempo em que houve futebol, com os jogadores senegaleses a usarem o cronómetro a seu favor e a causar impaciência nos tunisinos, que assim “morderam o isco” e viram o relógio esgotar-se, colocando-os fora da competição. A seleção do Senegal fica à espera do vencedor do Argélia vs Nigéria, para disputar a final da CAN 2019 no dia 19 deste mês.

    Onzes iniciais e substituições:

    Senegal: Gomis; Gassama (Wagué, 109’); Koulibaly; Kouyaté; Sabaly; Gueye; Saivet; Diatta (Sarr, 68’); Ndiaye (Sane, 82’); Niang (Diagne, 64’); Mané.

    Tunísia: Hassen; Dreger; Bronn; Meriah; Haddadi; Skhiri; Sassi (Badri, 106’); Mohamed (Chaalali, 82’); Msakni (Sliti, 46’); Khazri; Khenissi (Chaouat, 117’).

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    Alexandre Candeias
    Alexandre Candeiashttp://www.bolanarede.pt
    Apaixonado por futebol desde sempre, tem o hábito de escrever sobre o desporto rei desde os tempos da escola primária, onde o tema das composições de Português nunca fugia da bola.