Académico Viseu 24-30 ABC Braga: Minhotos travaram reação viseense

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 A CRÓNICA: INÍCIO DA SEGUNDA PARTE RECOLOCOU VISEENSES NO JOGO

O Académico Viseu estreou-se em casa na I Divisão com a receção ao histórico ABC de Braga depois do adiamento da jornada inaugural frente ao Santo Tirso. O conjunto viseense mudou do se reduto habitual no Pavilhão do Fontelo para o Pavilhão Cidade de Viseu por imposição da Federação Portuguesa de Andebol

A equipa minhota entrou na frente do marcador, conseguindo um parcial de dois golos de diferença aos cinco minutos (1-3). No entanto, a falta de eficácia levou a que o Académico igualasse a partida (3-3) depois de cerca de três minutos sem golos para qualquer um dos lados.

Os visitantes conseguiram voltar à vantagem, estabelecendo uma diferença de três golos a meio do primeiro tempo (7-10). A dupla de arbitragem expulsou o jogador do Académico, Dusan Maric, e houve mais exclusões de dois minutos para a equipa da casa do que para o ABC, o que ajudou a avolumar a distância no resultado ao intervalo (10-16).

Na etapa complementar, o Académico entrou mais objetivo no ataque e contou com um inspirado António Silva na baliza. A vantagem encolheu para a margem mínima aos 40´ de jogo e só voltou a disparar para o lado do ABC nos minutos dez minutos com erros ofensivos do lado do Académico e maior assertividade dos minhotos quer na defesa, quer no ataque.

Vitória justa do ABC, apesar de a bola réplica dos homens do Académico merecer uma maior proximidade no resultado final.

 

A FIGURA

Humberto Gomes – O experiente guarda-redes internacional português fez uma grande primeira parte. Com várias defesas a mostrar que mantém os reflexos apurados, ainda foi importante a lançar os contraataques da sua equipa. Na segunda parte, notou-se a sua ausência, apesar de o jovem Tiago Ferreira ter melhorado ao longo dos minutos a sua eficácia entre os postes. Parece ser um importante reforço para esta época.

O FORA DE JOGO

Dusan Maric – O reforço do Académico de Viseu anunciado esta semana teve uma estreia com a “mão esquerda” na equipa da Beira Alta. Expulso a meio da primeira parte (difícil avaliar a razão do cartão vermelho admoestado pela dupla de arbitragem), o 1.ª linha sérvio acabou por limitar as soluções viseenses e pouco pode contribuir para o jogo.

 

 

ANÁLISE TÁTICA – ACADÉMICO VISEU FC

Rafael Ribeiro apostou em ter maior robustez no centro com Kevin Diaz e Tiago Heber. A pivot, Diogo Quintas fazia a posição com dificuldade muitas vezes em conseguir penetrar entre os centrais do ABC. António Silva apresentou bastante maior eficácia entre os postes na segunda parte do que Ruben Sousa na primeira e permitiu à equipa reentrar no jogo.

EQUIPA E PONTUAÇÕES

António Silva (7)

Ruben Sousa (5)

Dusan Maric (4)

Miguel Cortinhas (5)

Tiago Heber (6)

Kevin Diaz (6)

Diogo Liberato (6)

Diogo Quintas (6)

Tiago Arrojado (5)

Jefferson Bastos (5)

Aldrin Andrade (6)

 

 

ANÁLISE TÁTICA – ABC BRAGA

O técnico Filipe Magalhães explorou bem as pontas na primeira parte e contou na baliza com o inspirado Humberto Gomes. Na segunda parte, houve algumas falhas ofensivas com faltas assinaladas ao ataque e más abordagens na altura de rematar, mas a capacidade dos centrais em finalizar permitiu manter a vantagem.

EQUIPA E PONTUAÇÕES

Humberto Gomes (8)

Tiago Ferreira (6)

Leonardo Abrahão(7)

Vinicius Carvalho (6)

Hanser Rodriguez (7)

Ronaldo Almeida (6)

Rafael Peixoto (6)

José Costa (7)

Tomás Teles (6)

Manuel Lima (6)

Hugo Manso (6)

André Rei (6)

 

BnR NA CONFERÊNCIA DE IMPRENSA

Académico Viseu

BnR: O Académico acaba por perder por seis golos de diferença, apesar de ter estado perto do empate no segundo tempo. Que conclusões do jogo salienta?

Rafael Ribeiro [técnico principal]: Acho que estivemos cá em baixo. Depois fomos capazes de jogar o jogo e nos momentos cruciais, as nossas decisões não foram as melhores. Notou-se a diferença de quem já estava na primeira há algum tempo e quem vem agora.

Efetivamente tivemos o jogo na mão na segunda parte. Apesar de a primeira parte não ter sido muito boa, prefiro focar-me naquilo que fizemos muito bem na segunda parte.

Não me quero agarrar a isso mas há duas ou três decisões de arbitragem que para mim são incompreensíveis. Jogámos constantemente com menos um jogador na segunda parte. Assim, fica mais difícil. Tivemos a jogar com menos dois jogadores e mesmo assim conseguimos ir buscar o resultado. Demos uma imagem completamente diferente da semana passada [derrota frente ao Póvoa AC por 25-37 fora]

A partir daqui temos de olhar para o futuro, apesar de que não vale de nada porque perdemos.

BnR: A expulsão do Dusan Maric limitou as vossas soluções?

Rafael Ribeiro: Não era ele que iria fazer a diferença hoje porque ainda está num processo de integração. Treinar é uma coisa, jogar é outra. Era só para lhe dar algum tempo na situação defensiva. A defesa do ABC não é propícia para que ele possa jogar, por isso iria entrar lentamente.

Acabámos por ficar condicionados porque o Eduardo Almeida já tinha duas exclusões. Ele é expulso, por isso ficámos um bocado limitados no bloco central. Aguentaram bem o Heber e o Kevin grande parte do jogo. Não foi pela expulsão dele que as coisas não correram bem.

BnR: O Académico entrou muito bem na segunda parte. O que disseste à equipa ao intervalo?

Rafael Ribeiro:  O facto de termos entrado na segunda parte durante os primeiros 30 segundos com mais um. Tínhamos de marcar golo com mais um. Se tivéssemos sucesso na defesa, a diferença no resultado de seis passava para quatro e qualquer equipa que se sinta desconfortável nesse sentido treme. O ABC tremeu porque nós também fomos capazes de fazer o nosso trabalho.

O Tozé [António Silva] esteve bem na baliza. O Ruben também, mas ele foi mais evidente. Isso ajudou. Não vale pena dizer grandes coisas, são eles que têm de mudar porque na primeira parte estivemos quase sempre em jogo. Tivemos alguns problemas no ataque que permitiu ao ABC marcar três ou quatro golos de forma repentina e avolumar o resultado. Por isso, ao intervalo, foi só reunir as tropas e perceber o que tínhamos de fazer diferente.

BnR: A equipa teve de mudar de Pavilhão para esta época [o Académico de Viseu jogava no Pavilhão do Fontelo e vai jogar esta época toda no Pavilhão Cidade de Viseu]. É diferente jogar noutra casa?

Rafael Ribeiro:  Para os artistas que dizem que o Fontelo causa lesões e cria humidade, eu vim para Viseu desde 2016 e sempre joguei no Fontelo com humidade, com chuva, umas vezes a não poder treinar porque o campo estava molhado e nós subimos da III para a I Divisão.

Os artistas do Viseu 2001 que dizem que o Fontelo não tem condições, deviam ter um bocadinho mais de humildade e reconhecer que nós não podemos jogar no Fontelo porque não nos permitem. Na minha opinião, preferia jogar no Fontelo porque as pessoas que hoje estiveram aqui enchiam o Pavilhão do Fontelo garantidamente e o ambiente seria diferente. Nos momentos cruciais, iria fazer a diferença.

Nós não podemos jogar porque fomos proibidos e alguns iluminados que se lembram de fazer críticas ainda por cima entre clubes da mesma cidade e de modalidades diferentes. Desvalorizar o Andebol e o Basquetebol porque no Futsal é que há lesões. Parece que quem tem a bola no pé é melhor do que os outros todos. Estamos aqui para mostrar o contrário.

Tivemos de nos adaptar. Não é por causa disso. O pavilhão tem as mesmas medidas que do Fontelo. Preferíamo-lo porque é mais pequeno, é mais aconchegante, mas isso não pode ser barreira para nós. Tem de ser um trampolim de motivação e vontade.

 

ABC Braga

BnR: O ABC acabou por vencer, num jogo onde nem sempre esteve por cima. Que conclusões tira da partida?

Filipe Magalhães [técnico principal]: Hoje não fizemos um bom jogo de todo. Estamos satisfeitos porque ganhamos, mas não estamos especialmente contentes porque não fizemos aqui um bom trabalho.

De qualquer forma, algum mérito do Académico de Viseu que fez um excelente jogo e acho que aquilo que falhámos essencialmente foi na finalização. Foi-nos tirando alguma lucidez depois no ataque e deixámos que o jogo estivesse sempre equilibrado, apesar de estar relativamente controlado. Fomos deixando que o Académico acreditasse e o adversário foi crescendo.

BnR: O ABC foi surpreendido pelo bom início de segunda parte? Como se explica o menor rendimento nos primeiros minutos do segundo tempo?

Filipe Magalhães: Não, sabíamos perfeitamente que a entrada na segunda parte deles seria forte. Iriam querer recuperar para entrar no jogo.

Falhámos seis bolas nos primeiros cinco minutos da segunda parte o que permitiu equilibrar o jogo até perto do final.

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