Taça carimba época de domínio leonino | Andebol

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    O Sporting CP venceu a Taça de Portugal de Andebol e completaram o triplete, Supertaça e Campeonato, na época 2023/2024. Tal como no Campeonato, os sportinguistas foram mais fortes do que o FC Porto (34-30) e fez a dobradinha na prova rainha, na Final 4 disputada em Viseu.

    Nas meias finais que decorreram no dia anterior, a formação treinada por Ricardo Costa derrotou o CF Os Belenenses (28-20) e os azuis e brancos deixaram pelo caminho o Póvoa AC (40-31).

    Apesar dos portistas terem sido derrotados, Rui Silva foi o melhor marcador da final, com 10 golos. Já do lado dos lisboetas foi Orri Þorkelsson que mais se destacou na finalização com nove tentos.

    O Bola na Rede esteve presente na fase final da Taça de Portugal e deixa aqui os principais momentos e as vertentes que tornaram a vitória leonina esclarecedora.

    5. CABEÇA POUCO FRIA

    Os portistas até começaram por conseguir dois golos de vantagem (3-1), mas o Sporting reequilibrou-se depressa. Nikolaj Laeso foi excluído ainda durante os primeiros dez minutos e deixou a equipa treinada por Carlos Resende com menos uma unidade durante dois minutos.

    A dinâmica ofensiva desmontou facilmente a estrutura defensiva dos dragões, estática e passiva, sem conseguir antever os projetos dos adversários para chegar ao golo.

    Desse modo, foi lógico o resultado ter dilatado para o lado dos leões, com uma almofada de três golos.

    4. FALTA DE COESÃO DEFENSIVA DOS DRAGÕES NA PRIMEIRA PARTE

    Os leões conseguiram várias vezes quebrar a linha defensiva dos dragões, chegando à bola ao pivot. Vê-se que os jogadores do Sporting, para além da qualidade, estão com a confiança em alta. Não foi de estranhar a diferença ser de quatro (18-14) ao intervalo, a favor, dos leões.

    Nos dragões, o espírito vencedor parece adormecido e facilmente se deixava ultrapassar pelo rival, apesar de a matéria prima continuar a ser a base dos últimos anos, com vários jovens talentos, ainda à procura de afirmação.

    Contudo, é preciso dizê-lo, notou-se a falta de Diogo Rêma, na baliza dos azuis e brancos, especialmente na primeira volta, em que foi desequilibrado o número de defesas a favor do emblema de Alvalade.

    3. À PROCURA DE MOTIVAÇÃO

    A primeira parte terminou precisamente com um livre de nove metros para os dragões. Os leões já levavam cinco golos de vantagem e o Porto via no rival aquilo que não conseguia aplicar no jogo. Coesão da barreira defensiva e capacidade de construção de jogo ofensivo não estavam explanados no jogo portista.

    No entanto, os azuis e brancos beneficiaram de um livre de nove metros no soar da buzina. Laeso, perante o emaranhado de jogadores sportinguistas, conseguiu enganar Maciel.

    Esta situação não deixou nada contente Ricardo Costa porque o treinador dos leões sabia que a vantagem minguou e era o adversário que iria ter a posse de bola inicial no segundo tempo.

    Apesar da melhor exibição, uma final é sempre uma final e o pai de Francisco e Martim Costa sabia perfeitamente que os dragões poderiam vir com uma postura mais aguerrida e mais competente para o segundo tempo.

    2. REAÇÃO PORTISTA FALHA AREIA

    Os portistas entraram mesmo melhor na segunda parte. Com Leonel Fernandes e António Areia em campo, a formação nortenha pareceu ganhar maior criatividade para quebrar o muro defensivo leonino.

    No entanto, nem mesmo no melhor período portista, no início da segunda parte, a eficácia ofensiva era a ideal. Um exemplo desse facto foi o desacerto de António Areia, em lance de transição rápida, em que o ponta direita isolado atirou para fora.

    O Porto podia ter chegado aos três golos consecutivos sem sofrer e, assim, ficar a dois de desvantagem. Só que a equipa treinada por Carlos Resende desaproveitou a oportunidade e talvez isso tivesse sido o impulso suficiente para mais tarde conseguir virar o resultado.

    1. CLAREZA FINAL

    Depois das exclusões e de um período de maior desacerto, o Sporting reequilibrou-se e com uma estrutura próxima à da primeira parte conseguiu voltar a distanciar-se no marcador. Nos últimos cinco minutos, a distância no resultado e a diferença de qualidade de jogo das duas equipas permitia definir o destino da partida que acabou por se confirmar.

    O Sporting parte assim na pole position para a próxima temporada, depois de uma época perfeita, a nível interno. Já o Porto terá de fazer um esforço para revitalizar, uma equipa que já foi dominadora, a nível nacional, e que conseguiu mesmo chegar à porta da Final4 da Liga dos Campeões.

    Destaque para o fair play no final do encontro de ambas as equipas.

    BnR NA CONFERÊNCIA DE IMPRENSA

    FC Porto

    Bola na Rede: No próximo ano vai continuar enquanto técnico principal do Porto? 

    Carlos Resende: Isso hoje é o menos importante. O que é realmente importante é enaltecer o pavilhão estar extremamente bem composto. A postura dos adeptos, apoiando pela sua equipa. Isso é que é importante enaltecer.

    Sporting CP

    Bola na Rede: Esperava um Porto diferente para esta final, depois do último clássico para o Campeonato? 

    Ricardo Costa: Foi um Porto igual ao que sempre foi, ao que já esperávamos.

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    Pedro Filipe Silva
    Pedro Filipe Silvahttp://www.bolanarede.pt
    Curioso em múltiplas áreas, o desporto não podia escapar do seu campo de interesses. O seu desporto favorito é o futebol, mas desde miúdo, passava as tardes de domingo a ver jogos de basquetebol, andebol, futsal e hóquei nacionais.