Évora continua a rimar com medalhas e Muir foi mesmo a estrela

    02/03

    Foi uma sessão com 7 finais, com algumas das estrelas europeias a ganhar protagonismo. A primeira final a iniciar foi a do Salto em Altura masculino e Gianmarco Tamberi (ITA) foi a estrela dentro e fora da competição. Sempre muito mobilizador do público presente, Tamberi foi o único atleta que chegou aos 2.29 metros e fê-lo sem qualquer falha até essa fase do concurso. O italiano que já espalhava alegria e classe pelo recinto, ainda fez explodir o pavilhão ao saltar a 2.32 metros, igualando a melhor marca europeia do ano. Na segunda posição, a repartir a Prata, Andrii Protsenko (UKR) e Konstadinos Baniotis (GRE) a 2.26 metros, num concurso que esteve longe do nível que já se viu em competições do género e que valeu pelo “Tamberi show”. 

    No Salto com Vara, alguma surpresa, com o polaco Piotr Lisek a dominar grande parte da competição, tendo feito 5.85 metros sem falhas. Não esperava, no entanto, que outro polaco, Pawel Wojciechowski, saltasse 5.90 metros à última tentativa, num novo recorde pessoal em pista coberta. Lisek ficou sem resposta. A Suécia, mesmo sem trazer aqui o seu melhor saltador (Duplantis cumpre a temporada universitária norte-americana), conseguiu alcançar uma medalha de Bronze, através de Svard Jacobsoon, com o melhor salto a ser conseguido a 5.75m. 

    O norueguês, de apenas 18 anos, Jakob Ingebrigtsen, venceu totalmente dominador nos 3.000 metros, mostrando mais uma vez que o  jovem é não só o futuro europeu como o presente do atletismo, na primeira de duas finais disputadas. Deixou o seu irmão Henrik assumir parte da prova, mas a uma volta do final disparou e nunca mais ninguém chegou perto, terminando bastante confortável em 7:56.15. A mais de um segundo e com uma chegada apertadíssima, Chris O’Hare deu uma grande medalha de Prata aos britânicos, de pouco servindo a Henrik Ingebrigtsen o mergulho na meta. Ambos terminaram a 7:57.19, decidindo-se tudo nas milésimas de segundo!

    Jakob é o mais novo campeão de sempre
    Fonte: European Athletics

    Os 400 metros femininos tiveram mais uma chegada ao limite decidida por uma milésima de segundo. Léa Sprunger, da Suíça, provou também ser especialista sem barreiras (ela é a campeã europeia ao ar livre, com barreiras) e terminou em 51.61 segundos, nova marca líder mundial. Bem colada a ela, a belga Bolingo Mbongo em 51.62, um novo recorde nacional da Bélgica. Distante, na luta pelo Bronze, a holandesa Lisanne de Witte levou a melhor, terminando em 52.34 segundos. 

    Já na prova masculina, grande exibição do norueguês Karsten Warholm, provando que também sem barreiras é uma estrela e destacando-se com um dos maiores nomes da velocidade mais longa europeia. Warholm teve, provavelmente, a prestação individual dos campeonatos, ao correr os 400 metros em 45.05, igualando um recorde europeu que dura há 31 anos. Na Prata, Oscar Husillos (ESP), muito forte (mas não tanto como no ano passado em Birmingham) em 45.66 , novo recorde nacional espanhol e com o Bronze ficou Tony van Diepen com 46.13, recorde nacional holandês.

    https://www.youtube.com/watch?v=Vt6m4CTvEJQ

    Já para o final do dia, estavam reservadas as duas finais da velocidade curta, em que os britânicos tinham esperanças em ambas. Na final feminina, vitória para a polaca Ewa Swoboda, sem surpresas, coroando uma grande época indoor da atleta polaca, em 7.09. Com a Prata ficou a holandesa Dafne Schippers, depois de uma temporada indoor e semana muito complicadas, com um tempo de 7.14. Já a britânica, campeã em 2017, Asha Philip teve que se contentar com o Bronze em 7.15. Tudo fechou com a final masculina, onde Jan Volko (SVK) foi campeão com 6.60 segundos (o tempo mais lento a vencer desde…1996!), Emre Zafer Barnes (TUR) Prata com 6.61 e Joris van Gool (NED) fechou em 6.62 no Bronze. 

    https://www.youtube.com/watch?v=rY8AdI7_TiA

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    Pedro Pires
    Pedro Pireshttp://www.bolanarede.pt
    O Pedro é um amante de desporto em geral, passando muito do seu tempo observando desportos tão variados, como futebol, ténis, basquetebol ou desportos de combate. É no entanto no Atletismo que tem a sua paixão maior, muito devido ao facto de ser um desporto bastante simples na aparência, mas bastante complexo na busca pela perfeição, sendo que um milésimo de segundo ou um centimetro faz toda a diferença no final. É administador da página Planeta do Atletismo, que tem como principal objectivo dar a conhecer mais do Atletismo Mundial a todos os seus fãs de língua portuguesa e, principalmente, cativar mais adeptos para a modalidade.                                                                                                                                                 O Pedro escreve ao abrigo do novo Acordo Ortográfico.