Joshua Cheptegei (UGH) – 21 anos
Especialidade: 5.000 / 10.000 Metros
Campeão Mundial Júnior e campeão Africano júnior, estreou-se nos Mundiais aos 19 anos, entrando logo no top-10, algo que viria a repetir no Rio um ano depois, nos 5.000 e nos 10.000. Este ano, nos 10.000, provou que pronto já está e deu luta até ao final a Mo Farah na última prova do britânico nos 10.000 metros e onde Farah conquistou o seu último Ouro. Cheptegei contentou-se com a Prata e que bem que ela soube! Em Março deste ano, Cheptegei liderava em casa (Kampala) nos Mundiais de Cross, com mais de 12 segundos de vantagem sobre os rivais a apenas uma volta do fim. A fadiga associada ao clima quente e húmido tomaram conta do atleta inesperadamente. O mesmo cedeu, chegou a cambalear à meta e ficou apenas no 30º lugar. No momento de falar aos jornalistas em Londres e com a sua medalha ao peito, recordou esse momento. E dizem que é assim que os campeões crescem: na adversidade. Cheptegei conseguirá (pelo menos) um título em eventos globais. Resta apenas saber quando.
Kyron McMaster (BVI) – 20 anos
Especialidade: 400 Barreiras
Vocês sabem que um artigo nosso sem falar nas Barreiras não é algo usual. E aqui falamos do jovem Kyron McMaster que foi o líder mundial do ano na distância da volta à pista com barreiras, depois de ter sido Bronze nos Mundiais júniores da temporada passada. Chegou a Londres como um dos grandes candidatos numa prova muito em aberto, mas acabou por ser desqualificado nas eliminatórias por falsa partida, certamente devido ao nervosismo próprio do momento. Vindo de um país nada habituado a estas andanças, as Ilhas Virgens Britânicas, tem toda a pequena população de cerca de 30.000 habitantes sobre os seus ombros sempre que corre. Mas não desanimou com a decepção de Londres. Menos de um mês depois, foi a Zurique vencer a edição 2017 da Liga Diamante na frente de… Karsten Warholm, o campeão mundial! Poucos dias depois, o seu treinador acabaria por falecer num trágico acontecimento aquando da passagem do furacão Irma. Um trágico acontecimento a fechar um ano de altos e baixos para McMaster. Esperemos que em 2018, apenas os momentos altos se mantenham!